Noções de Astronomia e Cosmologia: Estudo das Galáxias

Noções de Astronomia e Cosmologia: Estudo das Galáxias

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language Portuguese
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  • Astronomia
  • Cosmologia
  • Galáxias

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I. Grupos e Superaglomerados de Galáxias

Os grupos de galáxias são fundamentais para entender a estrutura do universo. A maioria das galáxias se encontra em grupos, com massas variando entre 10^12 e 10^14 M☉. Exemplos notáveis incluem o Grupo Local e o Quinteto de Stephan, que está a aproximadamente 300 milhões de anos-luz de distância. A interação entre galáxias em grupos pode levar a fenômenos como a formação de galáxias elípticas cD, que possuem alta luminosidade central e envoltórios difusos. A análise dos superaglomerados de galáxias revela que estas são as maiores estruturas do universo, embora estejam fora de equilíbrio. A dimensão típica de um superaglomerado é cerca de 30 Mpc, e não se encontram estruturas maiores que 100 Mpc, sugerindo uma homogeneidade do universo em escalas maiores. Essa informação é crucial para a cosmologia, pois ajuda a mapear a distribuição de matéria e a evolução do cosmos.

II. Lentes Gravitacionais e Redshift

A medição da massa de galáxias e aglomerados é um desafio na astronomia. A teoria da relatividade geral de Einstein, proposta em 1915, fornece a base para entender como a matéria e a energia deformam o espaço-tempo. O fenômeno do redshift, descrito por Slipher em 1914, indica que a maioria das galáxias está se afastando de nós, resultando em espectros deslocados para comprimentos de onda maiores. Este deslocamento, interpretado como um efeito Doppler, é uma evidência da expansão do universo. A correção K é um conceito importante ao observar galáxias distantes, pois o redshift altera a parte do espectro que é observada. Esses conceitos são fundamentais para a cosmologia moderna, pois ajudam a entender a dinâmica do universo e a evolução das galáxias ao longo do tempo.

III. Galáxias Ativas e Quasares

As galáxias ativas são um campo fascinante de estudo na astronomia. Os núcleos ativos de galáxias (AGNs) apresentam uma variedade de formas e características, incluindo os quasares, que são fontes de radiação extremamente brilhantes. Os quasares, ou QSRs, foram inicialmente confundidos com estrelas devido às suas linhas espectrais desconhecidas. A evolução dos quasares é notável, pois a densidade de quasares no passado era significativamente maior do que a observada atualmente. A atividade de um quasar está intimamente ligada à presença de buracos negros supermassivos, que podem ser alimentados por material em queda. A interação entre galáxias pode reativar a atividade de quasares, demonstrando a complexidade das dinâmicas galácticas. O estudo dos AGNs e quasares é vital para compreender a formação e evolução das galáxias no universo.

IV. Modelo Unificado de AGNs

O Modelo Unificado de AGNs propõe que as galáxias ativas compartilham características fundamentais, independentemente de suas aparências. A fonte de energia dessas galáxias é a acreção de material em um buraco negro supermassivo. As diferenças observadas entre as galáxias ativas podem ser atribuídas a fatores como a massa do buraco negro, a taxa de acreção e a presença de jatos. A análise das escalas de tempo das variações espectrais fornece insights sobre o tamanho do emissor e a dinâmica interna das galáxias. O modelo sugere que a acreção ocorre através de um disco, cuja temperatura e pressão do gás influenciam a radiação emitida. Este entendimento é crucial para a astrofísica moderna, pois permite uma melhor compreensão dos processos que governam a atividade galáctica e a evolução do universo.

document reference

  • Modelo Unificado de AGNs
  • Mecanismo de Blandford-Znajek
  • Estudos detalhados das linhas de emissão
  • Regiões HII
  • Polarização de jato