
Emissões em Sistemas Tetracombustíveis
Informações do documento
Autor | Aline Fernanda Amaral Melo |
Escola | Centro Paula Souza, Faculdade de Tecnologia (FATEC) Santo André |
Curso | Tecnologia em Autotrônica |
Tipo de documento | Monografia |
Idioma | Portuguese |
Formato | |
Tamanho | 2.74 MB |
Resumo
I.Objetivos da Pesquisa Redução de Emissões com Veículos Flexíveis e GNV
Este trabalho investiga a tecnologia tetracombustível, combinando combustíveis líquidos (gasolina e etanol) e combustíveis gasosos (GNV - gás natural veicular) para reduzir emissões de poluentes. A pesquisa se concentra em veículos flexíveis e conversores a gás natural, avaliando experimentalmente a eficiência na diminuição de emissões através de testes oficiais do Brasil e dos Estados Unidos. O objetivo principal é demonstrar que a utilização combinada de GNV com um sistema ciclo Otto movido a combustíveis líquidos reduz significativamente as emissões veiculares.
1.1 Objetivos e Motivação
O principal objetivo da pesquisa é estudar as tecnologias de veículos flexíveis e conversores que permitem a utilização de gás natural veicular (GNV) em veículos originalmente movidos a gasolina e/ou etanol, aproximando-se do conceito de tecnologia tetracombustível. A motivação central reside na busca por alternativas para reduzir emissões de poluentes, impulsionada por leis de emissões cada vez mais rígidas e a necessidade de combustíveis economicamente viáveis. O trabalho visa verificar experimentalmente os resultados das emissões de um motor alimentado por um combustível líquido e um combustível gasoso, utilizando testes de emissões oficiais do Brasil e dos Estados Unidos. A expectativa é que a combinação de GNV com combustíveis líquidos em um sistema ciclo Otto resulte em uma significativa redução dos níveis de emissão veicular, contribuindo para um meio ambiente mais sustentável e atendendo às crescentes demandas por tecnologias mais limpas e eficientes no setor automobilístico. A crescente preocupação global com a poluição ambiental e as normas de emissões mais rigorosas impulsionam a busca por tecnologias inovadoras de combustíveis, como a combinação de sistemas de combustíveis líquidos e gasosos, visando a otimização do desempenho do motor e a redução significativa dos níveis de emissão de poluentes. A pesquisa contribuirá para o avanço do conhecimento em tecnologias de combustíveis alternativos e para a promoção de soluções mais sustentáveis no setor de transporte.
Contexto da Pesquisa Evolução dos Combustíveis e Leis de Emissões
O estudo é contextualizado pela crescente rigidez das leis de emissão e pela busca por combustíveis mais econômicos. A crise do petróleo de 1973, que elevou drasticamente o preço da gasolina (principal combustível na época, segundo Milhor, 2002), forçou a indústria automobilística a priorizar a redução de emissões e o menor consumo de combustível, além do desempenho e conforto. A introdução de veículos bicombustíveis (flex fuel), que permitem a mistura de gasolina e etanol em qualquer proporção, representou um avanço significativo, reduzindo a dependência do petróleo e oferecendo ao consumidor maior flexibilidade. Mais de 60% da frota brasileira era bicombustível em 2005 (Teixeira, 2005), e a tendência é alcançar 100%. O GNV, por seu baixo custo e redução de emissões de poluentes, apresenta-se como uma alternativa complementar aos combustíveis líquidos, apesar de sua menor potência e autonomia. A instalação de conversores de gás natural permite a adaptação de veículos monocombustíveis ou bicombustíveis para o uso do GNV, abrindo caminho para novas tecnologias, como a ambicionada tecnologia tetracombustível. A pesquisa se insere nesse contexto, buscando explorar o potencial da combinação de tecnologias para reduzir significativamente as emissões de poluentes no setor de transportes. A combinação de sistemas de combustíveis líquidos e gasosos é uma resposta direta à necessidade de cumprir regulamentações ambientais cada vez mais rígidas e à busca por alternativas mais econômicas e eficientes no que se refere ao consumo de combustível.
II.Revisão Bibliográfica Etanol GNV e Sistemas Eletrônicos
A revisão bibliográfica aborda a evolução dos combustíveis no Brasil, com foco no etanol e seu impacto na indústria automobilística desde a crise do petróleo de 1973 e o programa Proálcool. Analisa as características do GNV (composição, relação H/C, e impactos nas emissões) e seu potencial para reduzir emissões de poluentes comparado à gasolina. Descreve também os sistemas eletrônicos de gerenciamento de motores, incluindo o funcionamento de sensores como a sonda lambda, essenciais para otimizar a queima do combustível e diminuir emissões. Dados sobre a produção e distribuição de etanol e GNV no Brasil e mundial são apresentados, incluindo informações sobre o número de postos de abastecimento de GNV (aproximadamente 1434 em 2007) e a penetração de veículos bicombustíveis (mais de 60% da frota brasileira em 2005).
2.1 Motores de Combustão Interna e Sistemas de Controle
A seção inicia definindo motores de combustão interna como aqueles que convertem energia química (do combustível) em energia térmica, gerando trabalho mecânico através da expansão de gases após a combustão (Bosch, 2005). Essa introdução contextualiza a importância de sistemas de controle eletrônico para otimizar o rendimento do motor, assegurando o torque desejado pelo condutor, minimizando o consumo de combustível, aumentando a vida útil do motor e reduzindo emissões de poluentes (Barbosa, 1997). A combustão ideal requer oxidação uniforme da mistura ar-combustível, mas na realidade, a combustão incompleta gera poluentes como dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio, enxofre e hidrocarbonetos não queimados (Bosch, 2005; Cetesb, 2010). A busca por eficiência e redução de emissões impulsiona o desenvolvimento de sistemas de gerenciamento eletrônico sofisticados, capazes de monitorar e controlar diversos parâmetros do motor em tempo real, através de sensores que fornecem informações cruciais sobre as condições operacionais. A compreensão do funcionamento desses motores é fundamental para a análise posterior dos impactos da utilização de diferentes combustíveis e sistemas de conversão na emissão de poluentes. A complexidade da combustão, com a possibilidade de detonação e combustão incompleta, acentua a importância dos sistemas de gerenciamento eletrônico para otimizar a performance e minimizar os impactos ambientais.
2.2 Sistemas de Gerenciamento Eletrônico Sensores e Controle
A seção detalha o funcionamento dos sistemas de gerenciamento eletrônico, destacando a importância dos sensores para o controle otimizado do motor. O sensor de oxigênio (sonda lambda) monitora a quantidade de oxigênio na mistura queimada, permitindo a correção da mistura ar-combustível durante a operação do motor (Pujatti, 2007). O sensor de fase e o sensor de rotação do motor fornecem informações cruciais para o cálculo do tempo de injeção e o momento ideal de injeção de combustível (Milhor, 2002). Esses sensores, baseados em princípios de relutância magnética, garantem um controle preciso da combustão. O objetivo principal desses sistemas é otimizar o rendimento do motor, fornecendo o torque demandado pelo condutor com baixo consumo de combustível e redução de emissões. A complexidade desses sistemas eletrônicos demonstra a busca constante por um equilíbrio entre desempenho e eficiência ambiental. A integração de múltiplos sensores e a capacidade de processamento de dados em tempo real são fundamentais para um controle preciso dos parâmetros de funcionamento do motor, contribuindo para a otimização da combustão e a redução de emissões.
2.3 Utilização de Etanol e GNV Histórico e Características
Esta seção apresenta o histórico da utilização do etanol e do GNV como combustíveis no Brasil, destacando as características de cada um. A utilização do etanol no Brasil começou em 1921 e foi intensificada após a crise do petróleo de 1973, com a criação do Proálcool em 1975 (Diaz, 2002). O etanol apresenta alta resistência à detonação e baixo poder calorífico (Volci, 2007), permitindo altas taxas de compressão, mas exigindo misturas mais ricas para obter a mesma potência que a gasolina. Em relação ao GNV, a sua composição básica inclui 80 a 99% de metano (CH4) (Bosch, 2005). A relação H/C (hidrogênio/carbono) do GNV é aproximadamente 4:1, superior à da gasolina (2:1), o que resulta em uma combustão mais limpa e menor formação de depósitos no motor (Bosch, 2005; Machado, 2007). No Brasil, a expansão do uso do GNV, com aumento significativo do número de postos de abastecimento (de 50 em 1997 para 1434 em 2007), evidencia o potencial do GNV como uma alternativa de combustível. Dados sobre a produção e reservas de gás natural no Brasil e mundial são apresentados para contextualizar a viabilidade e o potencial dessa opção de combustível, confrontando-a com os dados e o crescimento da utilização do etanol como combustível no país.
III.Metodologia Testes de Emissões em Veículo Convertido para GNV
A metodologia envolveu testes de emissões em um veículo originalmente a gasolina, convertido para uso de GNV. Detalhes sobre o veículo, o kit de conversão a gás (5ª geração Zavoli), e o software de calibração Alisei são descritos. Os testes seguiram os padrões regulamentadores brasileiros e americanos (Tier2 e SFTP), medindo níveis de CO, HC, NOx. A comparação das emissões entre o uso da gasolina e o GNV será realizada para analisar a eficácia da tecnologia na redução de emissões.
3.1 Características do Veículo Combustíveis e Testes
Esta seção descreveria as características específicas do veículo utilizado nos testes de emissão: modelo, ano, motor, etc. Seriam detalhados os combustíveis utilizados: gasolina, etanol, e GNV, especificando suas propriedades relevantes para a análise das emissões. O kit de conversão a gás instalado no veículo seria descrito, incluindo informações sobre o fabricante e o tipo de conversor. Finalmente, a seção detalharia os testes utilizados para a avaliação das emissões de gases, especificando os parâmetros medidos (CO, HC, NOx, CO2) e os métodos empregados para a coleta e análise dos dados. A descrição precisa dos equipamentos e procedimentos usados garante a reprodutibilidade dos resultados e a validade da comparação entre os diferentes combustíveis, assegurando a confiabilidade da metodologia empregada na pesquisa. O rigor na descrição dos materiais e métodos é fundamental para a credibilidade e reprodutibilidade dos resultados obtidos, permitindo que outros pesquisadores possam replicar o estudo e validar as conclusões.
3.2 Instalação e Calibração do Sistema de Conversão a Gás
Esta seção focaria na instalação e calibração do sistema de conversão a gás natural veicular (GNV) no veículo de teste. Os procedimentos de instalação do kit de conversão seriam detalhados, incluindo a conexão dos componentes e a integração com o sistema de combustível original do veículo. A calibração do sistema, utilizando o software Alisei da Zavoli, seria descrita passo a passo. O texto explicaria como os parâmetros do sistema a gás são ajustados para otimizar o funcionamento do motor com GNV, considerando fatores como as características do veículo, as condições climáticas e as expectativas do usuário final. Seriam mencionados os sensores envolvidos na calibração (sensor MAP, sensor de nível de gás, sonda lambda) e como seus dados são utilizados para controlar a injeção de gás. A calibração adequada é crucial para garantir a eficiência e a segurança do uso do GNV, buscando o melhor desempenho do motor, a menor emissão de poluentes e a otimização do consumo de combustível. A precisão na calibração garante que os resultados dos testes de emissões sejam representativos do desempenho real do sistema de conversão a gás.
3.3 Preparação dos Equipamentos para os Testes de Emissões
Nesta seção, a preparação dos equipamentos para a realização dos testes de emissões seria detalhada. Isso incluiria a descrição dos equipamentos de medição de emissões utilizados, seus calibrações e procedimentos de verificação antes dos testes. Os procedimentos de preparação do veículo para os testes seriam descritos, garantindo que o veículo estivesse em condições operacionais ideais para a realização dos ensaios. A preparação dos equipamentos e do veículo é fundamental para garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados obtidos. A seção destacaria os protocolos de segurança seguidos durante a preparação e a realização dos testes de emissão. Um detalhamento preciso da metodologia empregada, incluindo a preparação dos equipamentos e os protocolos de segurança, garante a reprodutibilidade dos resultados e a validade científica do estudo.
3.4 Procedimentos dos Testes de Emissões Gasolina e GNV
Esta seção descreveria os procedimentos detalhados dos testes de emissões realizados no veículo, tanto com gasolina quanto com GNV. Os métodos de coleta de dados, o controle das condições dos testes e os protocolos de operação do motor seriam explicitados. A seção explicaria como as medições foram realizadas, incluindo o tempo de aquecimento do motor, as rotações por minuto (RPM) utilizadas durante os testes (2500 ± 200 RPM, conforme Portaria nº 147, 2009), e os procedimentos de descontaminação do equipamento entre os testes com diferentes combustíveis. Os testes seguiram as normas regulamentadoras brasileiras (Portaria nº 147, 2009) e americanas (Tier2 e SFTP), garantindo a comparabilidade e a validade dos resultados. A conformidade com as normas regulamentadoras garante a confiabilidade dos resultados e sua comparabilidade com outros estudos, permitindo uma análise precisa e consistente do desempenho dos combustíveis testados. A descrição minuciosa dos procedimentos garante a transparência da pesquisa e a possibilidade de reproduzir os testes.
IV. Gasolina
Esta seção apresenta e discute os resultados dos testes de emissões, comparando os níveis de HC, CO e CO2 gerados pelo veículo utilizando gasolina e GNV. A análise focará na redução de emissões obtida com o uso do GNV, considerando fatores como a temperatura do motor e a eficiência da mistura ar-combustível. A superior homogeneidade da mistura GNV/ar em relação a gasolina/ar é explorada, justificando os diferentes níveis de HC não queimados. A influência da temperatura do motor na eficiência do conversor catalítico e sensor lambda é discutida.
4.1 Análise Comparativa das Emissões GNV vs. Gasolina
Esta seção apresentaria os resultados quantitativos dos testes de emissões, comparando os níveis de poluentes (CO, HC, NOx, CO2) emitidos pelo veículo utilizando gasolina e GNV. Seriam apresentados gráficos e tabelas mostrando a variação das emissões em diferentes condições de operação do motor, como em diferentes faixas de RPM e em diferentes temperaturas do motor. A análise comparativa focaria nas diferenças significativas entre as emissões geradas por cada combustível, destacando os pontos fortes e fracos de cada um. A homogeneidade da mistura ar-GNV, em contraste com a mistura heterogênea ar-gasolina, seria discutida como um fator relevante para explicar as diferenças nas emissões de hidrocarbonetos (HC). A influência da temperatura do motor na eficiência do conversor catalítico e do sensor lambda seria analisada, justificando as variações nas emissões observadas em diferentes fases de operação do veículo. A apresentação clara e concisa dos resultados, com o auxílio de gráficos e tabelas, facilita a compreensão e a interpretação dos dados, permitindo uma análise objetiva do desempenho de cada combustível em termos de emissões de poluentes.
4.2 Discussão dos Resultados Influência das Características do Combustível
A discussão dos resultados se concentraria na interpretação das diferenças nas emissões de poluentes observadas entre o uso da gasolina e o GNV. A seção exploraria os fatores que contribuem para a redução das emissões com GNV, como a sua composição química e a forma de mistura com o ar na câmara de combustão. A natureza gasosa do GNV permite uma mistura mais homogênea com o ar, resultando em uma oxidação mais eficaz dos hidrocarbonetos e uma queima mais limpa, o que é evidenciado pela diminuição das emissões de HC. Em contraste, a natureza líquida da gasolina leva à formação de uma mistura heterogênea, com possibilidade de condensação nas paredes do cilindro e emissões maiores de HC não queimados. A influência da temperatura do motor na eficiência do sistema de pós-tratamento de emissões, como o conversor catalítico e o sensor de oxigênio (lambda), também seria discutida para explicar as variações nas emissões observadas em diferentes fases de operação do veículo. A análise consideraria a temperatura do motor, a RPM e o tempo de aquecimento do motor, analisando a eficiência dos sistemas de controle de emissões em diferentes condições operacionais. A discussão dos resultados e suas implicações para a redução de emissões, aliada aos dados obtidos nos testes, proporcionaria uma análise abrangente e bem fundamentada sobre as vantagens da utilização do GNV em relação à gasolina.
4.3 Implicações Ambientais e Considerações sobre o GNV no Brasil
Esta seção abordaria as implicações ambientais dos resultados, destacando a importância da redução de emissões de HC e CO para a melhoria da qualidade do ar, principalmente em centros urbanos como São Paulo, onde a frota de veículos é significativa (aproximadamente 14 mil veículos de passeio em abril de 2011, com 5 mil na capital, segundo o DETRAN-SP). A discussão incluiria também a influência das emissões de CO2, um gás causador do efeito estufa, no contexto do aquecimento global. Por outro lado, a seção abordaria as limitações do uso do GNV no Brasil, como a menor disponibilidade de postos de abastecimento em comparação com a gasolina e o etanol. A menor autonomia dos veículos movidos a GNV e a necessidade de abastecimento mais frequente também seriam discutidas como fatores que podem influenciar na adoção dessa tecnologia pelos consumidores. A análise destacaria a importância de políticas públicas que promovam o aumento da infraestrutura de abastecimento de GNV e incentivem o uso de tecnologias mais limpas. A discussão das implicações ambientais e das limitações práticas do uso do GNV no Brasil contribui para uma avaliação completa do potencial dessa tecnologia na busca por um transporte mais sustentável no país.
V.Conclusão Potencial da Tecnologia Tetracombustível para Redução de Emissões
A conclusão resume os principais achados da pesquisa sobre a viabilidade da combinação de combustíveis líquidos e gasosos para a redução de emissões veiculares. A eficácia do GNV em reduzir emissões de HC em comparação à gasolina é ressaltada. O trabalho discute as limitações do uso de GNV no Brasil, como a menor disponibilidade de postos de abastecimento, e apresenta a tecnologia tetracombustível como uma potencial solução para melhorar a eficiência energética e reduzir o impacto ambiental dos veículos, destacando a importância dos avanços na tecnologia de conversores a gás natural e veículos flexíveis para um futuro mais sustentável.
5.1 Resultados dos Testes de Emissão
Esta seção apresentaria os dados quantitativos obtidos nos testes de emissão, comparando o desempenho do veículo utilizando gasolina e GNV. Tabelas e gráficos seriam utilizados para exibir os resultados de emissões de poluentes como HC, CO, e CO2 em diferentes condições de operação do motor. A análise focaria em apresentar as diferenças observadas nas emissões entre os dois combustíveis, com uma ênfase na redução de emissões alcançada com o uso do GNV. A influência da temperatura do motor no resultado dos testes seria analisada, considerando-se que, em baixas temperaturas, os sistemas de pós-tratamento (catalisador e sensor lambda) não atingem sua plena eficiência. A seção também mencionaria a figura nº 49, que visualmente representaria os dados coletados. A apresentação clara e concisa dos resultados quantitativos, com auxílio de gráficos e tabelas, é fundamental para a interpretação dos resultados e a validação das conclusões do trabalho.
5.2 Discussão da Eficiência do GNV na Redução de Emissões
A discussão se concentraria nas razões pelas quais o GNV apresentou menores emissões de poluentes em comparação à gasolina. A homogeneidade da mistura ar-combustível no caso do GNV, devido à sua natureza gasosa, seria destacada como um fator-chave para a oxidação mais completa dos hidrocarbonetos e a consequente redução das emissões de HC. A diferença na relação H/C (hidrogênio/carbono) entre o GNV e a gasolina também seria analisada como um fator relevante na produção de CO2. A análise consideraria a temperatura do motor e a influência do conversor catalítico e do sensor lambda na redução de emissões, explicando as diferenças observadas nos resultados. A comparação seria feita levando em consideração as diferentes características físicas e químicas dos combustíveis, a eficiência da combustão e os efeitos dos sistemas de pós-tratamento de emissões. A discussão aprofundada dos resultados, relacionando-os com as características dos combustíveis e os sistemas do veículo, justificaria as conclusões sobre a eficácia do GNV na redução de emissões.
5.3 Limitações do GNV e o Potencial da Tecnologia Tetracombustível
A seção reconheceria as limitações do uso do GNV no Brasil, como a infraestrutura de abastecimento ainda pouco desenvolvida em comparação à gasolina e ao etanol. A menor autonomia de veículos movidos a GNV e a necessidade de abastecimento mais frequente seriam apontados como desafios para a ampla adoção dessa tecnologia. No entanto, a pesquisa mostraria como a combinação de GNV com combustíveis líquidos (gasolina e etanol) numa tecnologia tetracombustível pode superar algumas dessas limitações, combinando as vantagens de cada tipo de combustível. A conclusão destacaria o potencial da tecnologia tetracombustível em reduzir emissões de poluentes de forma mais eficaz, contribuindo para um sistema de transporte mais sustentável. A discussão das limitações e a proposição da tecnologia tetracombustível como solução inovadora para superar os obstáculos à adoção do GNV complementam a análise dos resultados, propondo alternativas para um futuro mais sustentável no setor de transportes.