Desenvolvimento de método para a determinação de silício em combustíveis empregando espectrometria de absorção atômica de alta resolução com fonte contínua

Determinação de Silício em Combustíveis

Informações do documento

Autor

Carolina Goulart De Oliveira

instructor Alexandre Luis Parize
Escola

Universidade Federal De Santa Catarina

Curso Química - Bacharelado
Tipo de documento Relatório de Estágio Supervisionado II
Idioma Portuguese
Formato | PDF
Tamanho 785.78 KB

Resumo

I.Metodologia para Determinação de Silício em Combustíveis por Espectrometria de Absorção Atômica de Alta Resolução

Este estudo apresenta uma nova metodologia para a quantificação de silício em amostras de etanol, óleo diesel, e biodiesel, utilizando espectrometria de absorção atômica de alta resolução com fonte contínua (HR-CS GF AAS) e forno de grafite. A técnica empregou o procedimento dilute-and-shoot, requerendo apenas diluição das amostras antes da análise. Modificadores químicos foram utilizados para otimizar a sensibilidade e o perfil do pico analítico: tântalo para amostras de etanol e uma mistura de paládio e magnésio para amostras de biodiesel e óleo diesel. A determinação do silício ocorreu a 251,611 nm, com limites de detecção (3σ, n=10) entre 2 e 6 µg L⁻¹ para etanol e biodiesel, e 1 e 4 µg L⁻¹ para óleo diesel. A exatidão do método foi confirmada por testes de adição e recuperação, apresentando valores entre 85 e 100,6%, dentro do aceitável pela AOAC. Reagentes de grau analítico foram usados, incluindo ácido nítrico (Neon, São Paulo), etanol (LabSynth, Diadema, SP), n-propanol (Vetec, Rio de Janeiro), e solução padrão de silício (SpecSol, São Paulo). O equipamento utilizado foi o espectrômetro ContrAA 700 (Analytik Jena, Alemanha), com tubos de grafite (Analytik Jena) e argônio (White Martins, São Paulo).

1. Introdução à Metodologia

Esta seção introduz a metodologia desenvolvida para a quantificação precisa de silício em diferentes tipos de combustíveis: etanol, óleo diesel e biodiesel. O método proposto utiliza a espectrometria de absorção atômica de alta resolução com fonte contínua (HR-CS GF AAS), combinada com a técnica de forno de grafite. Um ponto crucial é o emprego do procedimento ‘dilute-and-shoot’, simplificando o preparo da amostra para uma simples diluição em solventes apropriados. A escolha da HR-CS GF AAS se justifica pelas suas vantagens em relação à atomização por chama, principalmente o aumento de sensibilidade e a capacidade de eliminar a matriz da amostra por meio de um programa de temperatura controlado. O método se baseia na detecção da linha primária de silício em 251,611 nm. Os parâmetros de mérito, como o limite de detecção (LOD), o desvio padrão relativo (RSD) e a faixa linear de trabalho, são determinados para cada tipo de combustível. A alta frequência analítica é também destacada como uma vantagem do método proposto. A exatidão dos resultados é validada por testes de adição e recuperação, garantindo a confiabilidade das quantificações. A metodologia visa atender aos parâmetros exigidos pelas normas da legislação brasileira para controle de qualidade de combustíveis automotivos.

2. Instrumentação e Reagentes

A instrumentação utilizada neste estudo inclui um espectrômetro de absorção atômica de alta resolução com fonte contínua, modelo ContrAA 700 (Analytik Jena, Alemanha), equipado com tubos de grafite aquecidos transversalmente e com recobrimento pirolítico (Analytik Jena). Argônio 99,996% (White Martins, São Paulo) é usado como gás de purga e proteção. A seção detalha os reagentes empregados, todos de grau analítico, incluindo água deionizada (sistema Mili-Q), ácido nítrico (65%, Neon, São Paulo), etanol absoluto P.A. (99,5%, LabSynth, Diadema, SP), n-propanol P.A. (99,5%, Vetec, Rio de Janeiro), e solução padrão de silício 1000 mg L⁻¹ (SpecSol, São Paulo). Os modificadores químicos utilizados são: tântalo (100%, Spex Industries, Edison, New Jersey), nitrato de magnésio (10 g L⁻¹, Darmstadt, Alemanha), e nitrato de paládio (10 g L⁻¹, Perkin Elmer, Massachusetts, EUA). A descrição dos reagentes enfatiza a pureza e a rastreabilidade dos materiais utilizados para garantir a qualidade dos resultados analíticos. A escolha de fornecedores de renome no mercado garante a confiabilidade das substâncias utilizadas em todas as etapas da análise.

3. Preparo da Amostra e Modificadores Químicos

O preparo das amostras se baseia no método ‘dilute-and-shoot’, simplesmente diluindo as amostras em solventes apropriados (água deionizada para etanol e n-propanol para biodiesel e óleo diesel) antes da análise por HR-CS GF AAS. A escolha do solvente apropriado é crucial para garantir a compatibilidade com o método analítico. Para cada tipo de combustível são usados modificadores químicos para otimizar a análise. O tântalo (Ta) é utilizado como modificador permanente para amostras de etanol, enquanto uma solução contendo nitrato de paládio (Pd(NO3)2) e nitrato de magnésio (Mg(NO3)2) é adicionada às amostras de biodiesel e óleo diesel. A adição dos modificadores químicos visa melhorar o perfil do pico analítico, aumentar a sensibilidade e eliminar interferências matriciais. A concentração e o volume dos modificadores são otimizados para cada tipo de amostra. O uso de modificadores permanentes (como o tântalo) envolve a deposição do modificador sobre a plataforma de grafite, enquanto os modificadores em solução são adicionados diretamente junto com a amostra.

4. Otimização do Programa de Temperatura e Curvas de Calibração

Esta seção descreve a otimização das condições de análise, incluindo a determinação das temperaturas ótimas de pirólise (Tp) e atomização (Ta) para cada tipo de combustível. Curvas de pirólise e atomização foram construídas variando-se as temperaturas para soluções aquosas, etanol e biodiesel, utilizando modificadores químicos. A escolha das temperaturas ótimas visa a completa eliminação da matriz sem perda de analito. A seção também detalha o desenvolvimento e a avaliação de diferentes curvas de calibração: aquosa para etanol (utilizando tântalo como modificador permanente), e por adição de analito para biodiesel e óleo diesel, considerando a complexidade da matriz destes combustíveis. As concentrações de silício utilizadas nas curvas de calibração variam de 50 a 250 µg L⁻¹. As Figuras 2, 3 e 4 ilustram os resultados obtidos na otimização do programa de temperatura e a influência dos modificadores químicos. A escolha do tipo de curva de calibração é crucial para garantir a exatidão e a precisão dos resultados.

5. Avaliação da Exatidão do Método

A exatidão do método desenvolvido é avaliada por testes de adição e recuperação de analito, um procedimento padrão para validar métodos analíticos. Nesse teste, quantidades conhecidas de silício são adicionadas às amostras, e a recuperação do analito é calculada. A aceitabilidade dos resultados é comparada com os critérios estabelecidos pela AOAC (Association of Official Analytical Chemists), que define um intervalo de 80 a 110% de recuperação como aceitável para a faixa de concentração de µg L⁻¹. O método desenvolvido apresentou taxas de recuperação entre 85% e 101% para todas as amostras analisadas, indicando alta exatidão e ausência de interferências significativas da matriz. Os resultados, apresentados na Tabela 3, demonstram que o método é preciso e fornece resultados confiáveis para a quantificação de silício em amostras de etanol, biodiesel e óleo diesel, mesmo utilizando um procedimento simples de preparo de amostra.

II.Otimização do Método e Avaliação de Modificadores Químicos

A otimização do método incluiu a avaliação de diferentes temperaturas de pirólise e atomização, utilizando curvas de calibração aquosa para etanol e curvas por adição de analito para óleo diesel e biodiesel. O uso de modificadores químicos, como o tântalo como modificador permanente para etanol e a mistura de paládio e magnésio em solução para biodiesel e óleo diesel, foi fundamental para melhorar a sensibilidade e a reprodutibilidade das medidas, reduzindo interferências da matriz. A escolha das temperaturas ótimas (Tp e Ta) foi baseada em curvas de pirólise e atomização, buscando a melhor eliminação da matriz sem perda de analito. A Figura 2 (padrão aquoso), Figura 3 (etanol), e Figura 4 (biodiesel) ilustram os resultados dessas otimizações.

1. Otimização do Programa de Temperatura

A otimização do método começou com a construção de curvas de pirólise e atomização para soluções aquosas, etanol e biodiesel. Utilizando um espectrômetro HR-CS GF AAS e tubos de grafite com plataforma (para sinais mais reprodutíveis), foram avaliadas diferentes temperaturas de pirólise (400-1800 °C) e atomização (2300-2700 °C). Para soluções aquosas, a estabilidade do analito permitiu o uso de altas temperaturas de pirólise (até 1500 °C), sendo escolhidas Tp=1200 °C e Ta=2650 °C. No caso do etanol, o objetivo foi encontrar temperaturas que maximizassem o sinal e minimizassem as perdas de analito durante a pirólise, resultando na escolha de Tp=1200 °C e Ta=2650 °C, com o uso de tântalo como modificador químico permanente. Para amostras de biodiesel, a otimização buscou as melhores temperaturas para eliminar a matriz complexa sem perda de analito, com resultados demonstrados na Figura 3 para etanol e Figura 4 para biodiesel. A escolha das temperaturas ótimas é crucial para a sensibilidade e a precisão do método, buscando um balanço entre a eliminação eficiente da matriz e a preservação do analito para quantificação precisa de silício.

2. Avaliação e Seleção de Modificadores Químicos

A escolha dos modificadores químicos foi crucial para melhorar a sensibilidade e o perfil do pico analítico do silício. Foram avaliados diferentes modificadores, incluindo tântalo, tungstênio e zircônio. Para amostras de etanol, o tântalo se mostrou o modificador mais eficaz como modificador permanente, utilizado com Tp=1200°C e Ta=2650°C. Para amostras de biodiesel e óleo diesel, uma mistura de paládio e magnésio em solução demonstrou ser a melhor opção, adicionada a cada injeção da amostra. O tântalo, utilizado como modificador permanente para o etanol, foi depositado na plataforma do forno de grafite por meio de injeções sucessivas de solução de Ta. A utilização dos modificadores químicos se justifica pela capacidade de aumentar a estabilidade térmica do analito, permitindo o uso de temperaturas de pirólise mais altas para eliminar a matriz da amostra de forma mais eficiente. A escolha do modificador adequado e a sua otimização são passos essenciais para garantir a exatidão e a precisão do método de quantificação de silício, visando resultados confiáveis e livres de interferências.

3. Efeito dos Modificadores na Sensibilidade e Perfil do Pico Analítico

A seção demonstra o impacto dos modificadores químicos na sensibilidade e no perfil do pico analítico obtido para o silício. As curvas de pirólise e atomização (Figuras 2, 3 e 4) mostram claramente a influência dos modificadores, tanto o tântalo (permanente) para etanol quanto a mistura de paládio e magnésio (em solução) para biodiesel e óleo diesel. Com a adição dos modificadores, observa-se um pico mais estreito e um aumento na altura do pico, indicando aumento de sensibilidade. Esse efeito é explicado pela estabilização térmica do silício na presença dos modificadores, o que reduz as perdas durante a pirólise e melhora a eficiência da atomização. A melhor definição do pico também reduz a interferência de outros componentes presentes na matriz, garantindo uma quantificação mais precisa. A comparação dos resultados com e sem os modificadores químicos reforça a importância da sua utilização para otimizar a metodologia de análise de silício em combustíveis.

III.Resultados e Discussão Curvas de Calibração e Exatidão do Método

Curvas de calibração aquosa, por adição de analito, e por simulação de matriz foram avaliadas. Para etanol, uma curva de calibração aquosa com tântalo como modificador permanente se mostrou adequada. Para biodiesel e óleo diesel, a calibração por adição de analito foi mais apropriada devido à complexidade da matriz. A exatidão do método foi avaliada por testes de adição e recuperação, demonstrando valores de recuperação entre 85% e 101% para todas as amostras, indicando a ausência de efeito de matriz significativo e a boa performance do método, conforme demonstrado na Tabela 3. As concentrações de silício encontradas nas amostras variaram significativamente, com alguns combustíveis apresentando teores acima do limite de quantificação, sugerindo contaminação durante o processo de produção, transporte e armazenamento. O diesel S-10 e o biodiesel de óleo de soja apresentaram concentrações abaixo do limite de detecção.

1. Curvas de Calibração Etanol Biodiesel e Óleo Diesel

A avaliação das curvas de calibração foi crucial para garantir a precisão da quantificação de silício. Para o etanol, uma curva de calibração aquosa se mostrou adequada, considerando a completa eliminação da matriz durante a pirólise. Entretanto, para o biodiesel e o óleo diesel, cujas matrizes são mais complexas, a calibração por adição de analito foi necessária, pois a matriz não era completamente eliminada na pirólise. Foram preparadas curvas de calibração aquosa, por adição de analito e por simulação de matriz para concentrações de silício de 50 a 250 µg L⁻¹. As amostras de etanol foram diluídas 1:5 (v/v) em água deionizada, enquanto as de biodiesel e óleo diesel foram diluídas 1:2 (v/v) em n-propanol. A utilização de tântalo como modificador permanente para o etanol e a mistura de Pd/Mg(NO3)2 como modificador em solução para biodiesel e óleo diesel influenciaram diretamente na construção e na escolha do tipo de curva de calibração mais adequada para cada combustível. A Figura 5 exemplifica uma curva de calibração para etanol utilizando tântalo como modificador. A escolha do tipo de curva de calibração foi baseada na eficácia de eliminação da matriz para cada tipo de combustível.

2. Avaliação da Exatidão do Método Teste de Adição e Recuperação

A exatidão do método foi rigorosamente avaliada utilizando testes de adição e recuperação de analito. Este teste consiste em adicionar uma concentração conhecida de silício às amostras e verificar se a resposta em absorvância é proporcional ao aumento da concentração. Os resultados foram analisados de acordo com os critérios da AOAC (Association of Official Analytical Chemists), que estabelece um intervalo aceitável de 80 a 110% de recuperação do analito para concentrações na faixa de µg L⁻¹. O método proposto apresentou taxas de recuperação de silício entre 85% e 101% para todas as amostras (etanol, biodiesel e óleo diesel), demonstrando alta exatidão e confiabilidade. A Tabela 3 apresenta os resultados detalhados desse teste. Esses valores, dentro da faixa aceitável pela AOAC, demonstram a ausência de efeito de matriz significativo nas condições de calibração empregadas. A análise dos dados de recuperação permitiu concluir sobre a eficácia do método proposto para quantificação de silício em diferentes tipos de combustíveis, mesmo com um processo simples de preparo da amostra.

3. Discussão dos Resultados e Conclusões sobre as Concentrações de Silício

A análise dos resultados revelou variações significativas nas concentrações de silício encontradas nas amostras de combustíveis. O etanol, o diesel S-500 e um tipo de biodiesel apresentaram teores consideravelmente altos de silício, possivelmente devido à contaminação durante o transporte e armazenamento ou à adição de agentes antiespumantes durante o refino (como o PDMS). Para o biodiesel e etanol, a presença de silício também pode estar relacionada à presença do elemento na matéria-prima. Em contraponto, amostras de diesel S-10 e biodiesel de óleo de soja apresentaram concentrações abaixo do limite de detecção. A interpretação desses resultados destaca a importância do controle de qualidade em todo o processo de produção e distribuição de combustíveis, visando minimizar a presença de silício e seus impactos negativos no funcionamento de catalisadores automotivos e na emissão de poluentes. A metodologia demonstrou ser capaz de detectar variações importantes na concentração de silício, contribuindo para o monitoramento e controle de qualidade dos combustíveis.

IV.Conclusões e Implicações

O método desenvolvido para a determinação de silício em combustíveis utilizando HR-CS GF AAS provou ser eficaz, preciso e exato. A utilização de modificadores químicos, tanto permanentes quanto em solução, foi crucial para melhorar a sensibilidade e reduzir as interferências da matriz. O método atende aos requisitos da legislação brasileira, apresentando limites de quantificação abaixo das concentrações de silício encontradas na maioria das amostras. A alta frequência analítica e o preparo de amostra simplificado ( dilute-and-shoot) destacam as vantagens da técnica HR-CS GF AAS para análise de combustíveis. A presença significativa de silício em alguns combustíveis ressalta a importância do controle de qualidade para minimizar os impactos ambientais e a degradação de catalisadores automotivos.

1. Eficácia e Precisão do Método

O método proposto demonstra alta eficácia na quantificação de silício em etanol, óleo diesel e biodiesel, utilizando a técnica de HR-CS GF AAS. A combinação de temperaturas ótimas de pirólise e atomização, juntamente com o uso estratégico de modificadores químicos, resulta em alta exatidão e boa precisão. O emprego do tântalo como modificador permanente para o etanol e a mistura Pd/Mg(NO3)2 para biodiesel e óleo diesel proporcionou um perfil de pico mais estreito e aumento do sinal, melhorando a sensibilidade do método. Esses resultados demonstram a capacidade do método em fornecer resultados confiáveis para a determinação de silício em diferentes matrizes de combustíveis, atendendo às exigências de precisão e exatidão necessárias para análises de controle de qualidade. A utilização do procedimento ‘dilute-and-shoot’ simplifica o processo, tornando-o eficiente para análises de rotina.

2. Adequação à Legislação Brasileira e Limites de Quantificação

O método desenvolvido apresenta limites de quantificação (entre 4 e 6 µg L⁻¹) abaixo da concentração de silício presente na maioria dos combustíveis analisados, demonstrando sua adequação às normas da legislação brasileira. Apesar disso, alguns combustíveis, como o diesel S-500, etanol e um tipo de biodiesel apresentaram teores de silício significativamente altos, acima dos limites de quantificação. Esses altos teores de silício podem gerar material particulado, danificando catalisadores automotivos e aumentando a emissão de poluentes. Já o diesel S-10 e o biodiesel de óleo de soja apresentaram teores de silício abaixo do limite de detecção. A capacidade do método em quantificar concentrações de silício abaixo dos limites de quantificação reforça sua utilidade em análises de controle de qualidade e monitoramento ambiental, alertando para potenciais problemas relacionados à presença de silício em combustíveis.

3. Tipos de Curvas de Calibração e Adequação da HR CS AAS

A escolha do tipo de curva de calibração dependeu da matriz do combustível: uma curva de calibração aquosa foi adequada para o etanol, enquanto uma curva por adição de analito foi necessária para biodiesel e óleo diesel. Esta diferença demonstra que a matriz do etanol é completamente eliminada durante a pirólise, enquanto a matriz complexa do biodiesel e do óleo diesel exige uma abordagem diferente na calibração para compensar as interferências. A HR-CS AAS se mostrou altamente apropriada para a quantificação de silício em combustíveis devido à sua capacidade de correção de fundo e à boa visibilidade do espectro ao redor da linha analítica. A técnica também se destacou pela alta frequência analítica e a facilidade no preparo da amostra, simplificando o procedimento analítico. Sua capacidade de fornecer resultados precisos e exatos, comprovados pelos testes de adição e recuperação, reforça sua aplicabilidade em análises de rotina e controle de qualidade.