Extrato aquoso e biofermentados de fumo-bravo (Solanum mauritianum Scop) na proteção do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) ao crestamento bacteriano comum

Bioderivados de fumo-bravo (Solanum mauritianum) para o controle do crestamento bacteriano em feijoeiro

Informações do documento

Autor

FÁBIO JUNIOR TELAXKA

Escola

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS DE LARANJEIRAS DO SUL

Curso CURSO DE AGRONOMIA
Tipo de documento Trabalho de Conclusão de Curso
Idioma Portuguese
Número de páginas 49
Formato | PDF
Tamanho 907.16 KB

Resumo

I.Controle do Crestamento Bacteriano Comum

Esta pesquisa avaliou o extrato aquoso (EA) e biofermentados derivados da espécie vegetal Solanum mauritianum (fumo-bravo) para verificar sua eficácia no controle do crestamento bacteriano comum do feijoeiro, causado pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. O estudo também analisou a indução de fitoalexinas, enzimas de defesa (polifenoloxidase e fenilalanina amônia-liase) e a severidade da doença em plantas de feijão.

1. Controle do Crestamento Bacteriano Comum

O crestamento bacteriano comum é uma doença bacteriana causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli que afeta o feijão. A doença provoca danos nas folhas, apresentando lesões secas e quebradiças rodeadas por um halo amarelo. A sua disseminação ocorre principalmente através das sementes e restos culturais, assim como também por chuvas, ventos e insetos vetores.

2. Métodos de Controle do Crestamento Bacteriano Comum

Devido à dificuldade no controle do crestamento bacteriano comum, o método mais eficiente para minimizar os seus efeitos negativos na cultura do feijão é a utilização de variedades resistentes e sementes sadias. É fundamental também a eliminação das plantas hospedeiras próximas à área de cultivo, como a guanxuma e a ervilhaca. O uso de defensivos químicos ainda é o método mais empregado para controle da doença, apesar da sua baixa eficácia nas lavouras e do risco de acarretar uso indiscriminado e levar à resistência dos fitopatógenos ao princípio ativo utilizado ou mecanismo de ação.

3. Controle Alternativo do Crestamento Bacteriano Comum

Os métodos alternativos de controle do crestamento bacteriano comum incluem a indução de resistência, o controle biológico e o uso de produtos naturais com atividade antimicrobiana e/ou indutora de resistência. Esses métodos praticamente eliminam os riscos de contaminação ambiental, riscos à saúde humana e animal, causam menor impacto na biodiversidade e geram menores desequilíbrios biológicos.

4. Utilização do Extrato Aquoso e Biofermentados de Fumo Bravo no Controle do Crestamento Bacteriano Comum

O extrato aquoso (EA) de fumo-bravo induziu a síntese de faseolina, uma fitoalexina encontrada no feijão. Os biofermentados de fumo-bravo reduziram significativamente o crescimento de X. axonopodis pv. phaseoli, enquanto o extrato aquoso promoveu estímulo.

II.Resultados da Pesquisa

Os biofermentados de fumo-bravo reduziram significativamente o crescimento da bactéria X. axonopodis pv. phaseoli, enquanto o extrato aquoso promoveu estímulo ao crescimento bacteriano. O extrato aquoso e o biofertilizante com adição de açúcar mascavo reduziram a severidade do crestamento bacteriano em folhas tratadas. O extrato aquoso e o biofermentado com 15 e 20 dias de fermentação, com adição de açúcar mascavo, induziram a atividade das enzimas polifenoloxidase e fenilalanina amônia-liase, sendo que esta última também foi induzida sistemicamente.

1 Resultados da Pesquisa

O extrato aquoso (EA) induziu a síntese de faseolina. Os biofermentados reduziram significativamente o crescimento de X. axonopodis pv. phaseoli, mas o extrato aquoso promoveu estímulo.

2 Resultados da Pesquisa

O extrato aquoso e o biofertilizante com adição de açúcar mascavo reduziram a severidade do crestamento bacteriano em folhas tratadas.

3 Resultados da Pesquisa

O extrato aquoso e o biofermentado com 15 e 20 dias com adição de açúcar mascavo induziram a atividade das enzimas polifenoloxidase e fenilalanina amônia-liase. Para a última, também de forma sistêmica.

III.Conclusão

Os resultados indicam o potencial do uso de derivados de fumo-bravo como agentes protetivos contra o crestamento bacteriano comum em plantas de feijão.