Geradores de Corrente Alternada

Geradores Elétricos: Funcionamento e Construção

Informações do documento

Idioma Portuguese
Formato | PDF
Tamanho 0.97 MB
Curso Engenharia Elétrica
Tipo de documento Apostila/Material de Aula

Resumo

I.Princípios de Funcionamento de um Gerador CA Alternador

Este documento descreve os princípios de funcionamento de um gerador de corrente alternada (gerador CA ou alternador). Um alternador transforma energia mecânica em energia elétrica. Seu funcionamento básico envolve uma bobina girando dentro de um campo magnético, gerando uma força eletromotriz (f.e.m.) senoidal. A frequência da corrente gerada depende do número de polos e da velocidade de rotação (RPM). A quantidade de tensão gerada depende da intensidade do campo magnético e da velocidade. A regulação de um gerador CA refere-se à variação de tensão em função da carga, mantendo a velocidade e a excitação constantes.

1. Modelo Simplificado de um Gerador CA

Para facilitar a compreensão do funcionamento de um gerador de corrente alternada (CA), o texto inicia com um modelo simplificado: uma única espira imersa em um campo magnético gerado por um ímã permanente. A análise foca na geração de uma força eletromotriz (f.e.m.) senoidal. Um formato adequado da sapata polar permite uma distribuição senoidal das induções, resultando em uma f.e.m. também senoidal ao longo do tempo. Ilustrações mostram a bobina em doze posições diferentes, com variação angular de 30°, facilitando a visualização do processo de geração de eletricidade. Este modelo introdutório serve como base para entender os princípios fundamentais da conversão de energia mecânica em energia elétrica em geradores CA.

2. Gerador Elementar com Armadura Fixa

O documento apresenta um esquema de funcionamento de um gerador elementar com armadura fixa. Nesse tipo de gerador, a tensão de armadura é extraída diretamente do enrolamento de armadura, sem passar pelas escovas, simplificando o design e a manutenção. Uma característica importante é que a potência de excitação nesses geradores costuma ser cerca de 5% da potência total. Esta configuração particular demonstra um método alternativo de extração de energia, eliminando a necessidade de um sistema de escovas, o que poderia ser benéfico em termos de durabilidade e redução de manutenção. A explicação deste modelo complementa a compreensão dos princípios de funcionamento de geradores CA.

3. Número de Polos e Frequência

O texto destaca a relação entre o número de polos de um gerador síncrono, a sua velocidade de rotação (RPM), e a frequência da corrente gerada. Para que haja a formação de pares de polos, o número de polos precisa ser par. Exercícios práticos ilustram o cálculo do número de polos com base na frequência e na velocidade de rotação, demonstrando a aplicação prática da relação fundamental entre esses parâmetros para o projeto e a operação de geradores síncronos. A compreensão desta relação é crucial para o dimensionamento e operação de geradores CA de diferentes aplicações e frequências.

4. Tensão Gerada e Regulação

A quantidade de tensão gerada em um gerador CA depende da intensidade do campo magnético e da velocidade de rotação. Como a velocidade é frequentemente constante, a tensão gerada depende principalmente da excitação do campo. A regulação de um gerador CA é definida como a variação percentual na tensão do terminal, quando a corrente de carga varia de zero até a carga máxima, mantendo a velocidade e a excitação constantes. A explicação sobre a regulação complementa a discussão sobre a geração de tensão, destacando um aspecto importante para a operação e o controle de geradores CA em sistemas elétricos reais. Esta seção é crucial para entender as características de saída de tensão de um gerador sob diferentes condições de carga.

II.Aspectos Construtivos de um Gerador Elétrico

A construção de um gerador elétrico pode variar, mas geralmente envolve uma bobina rotativa dentro de um campo magnético ou um elemento de excitação rotativo. O contato entre as escovas e os anéis é contínuo, o número de conjuntos sendo equivalente ao número de fases. Em geradores trifásicos, a obtenção de um sistema equilibrado (VL1 = VL2 = VL3) requer um número igual de espiras em cada bobina.

1. Rotação da Bobina ou Elemento de Excitação

No contexto da construção de um gerador de corrente alternada (CA), o documento descreve duas configurações principais: a primeira envolve uma bobina rotativa imersa em um campo magnético estático. A segunda configuração apresenta uma situação onde o elemento responsável pela geração do campo magnético (gerador de campo magnético) é o componente rotativo, enquanto a bobina permanece estacionária. Ambas as abordagens resultam na geração de corrente alternada, porém com diferentes arranjos mecânicos e potenciais vantagens e desvantagens em termos de projeto e manutenção. A escolha entre esses dois designs dependerá de fatores como tamanho, eficiência, e requisitos específicos da aplicação.

2. Sistema de Escovas e Anéis

Um aspecto crucial na construção de geradores CA é o sistema de escovas e anéis. O documento destaca que o contato entre as escovas e os anéis, fixos no eixo do gerador, é contínuo. A quantidade de conjuntos de anéis e escovas corresponde diretamente ao número de fases geradas pelo gerador. Esta parte do design é fundamental para a extração da corrente gerada na bobina rotativa, transferindo a energia elétrica para o circuito externo. A durabilidade e o desempenho desse sistema são fatores importantes a serem considerados no projeto e manutenção do gerador, influenciando diretamente na confiabilidade e vida útil do equipamento.

III.Geração de Corrente Trifásica

A geração de corrente trifásica proporciona equilíbrio no sistema. Para obter VL1 = VL2 = VL3, cada bobina deve ter o mesmo número de espiras. Existem duas formas comuns de se obter um sistema trifásico. O entendimento da relação entre as tensões de linha e de fase, assim como as correntes de linha e de fase, é crucial para sistemas em ligação estrela ou triângulo.

1. Equilíbrio em Sistemas Trifásicos

A geração de corrente trifásica visa alcançar um sistema equilibrado, onde as tensões de linha (VL1, VL2, VL3) são iguais. Para garantir esse equilíbrio, é fundamental que cada bobina do gerador trifásico seja composta por um número igual de espiras. Essa condição de equilíbrio é essencial para a operação eficiente e estável de sistemas trifásicos, minimizando desequilíbrios que podem levar a problemas operacionais e danos aos equipamentos. A igualdade no número de espiras garante a distribuição simétrica da corrente e tensão, assegurando o funcionamento adequado de motores e outros equipamentos trifásicos.

2. Métodos para Obtenção de Sistemas Trifásicos

O documento menciona que existem duas maneiras usuais de obter um sistema trifásico, embora não as detalhe. Essa informação introduz a existência de diferentes arquiteturas e métodos de conexão para a geração de corrente trifásica, sugerindo uma gama de opções de design e configuração dependendo das necessidades específicas da aplicação. A ausência de detalhes específicos sobre esses métodos indica a necessidade de uma investigação mais aprofundada em materiais adicionais para se obter uma compreensão completa da diversidade de abordagens na engenharia de sistemas trifásicos. A menção a essas duas formas serve como um gancho para pesquisas adicionais no assunto.

IV.Sincronização de Geradores

A sincronização de geradores é essencial em sistemas interligados para atender à demanda. A sincronização garante que os geradores operem na mesma tensão e frequência, e em fase. Métodos de verificação de sincronismo incluem o uso de lâmpadas, com funcionamento intermitente indicando falta de sincronismo. A correção de fase e defasagem pode ser feita invertendo fases ou ajustando a velocidade do motor.

1. Necessidade e Importância da Sincronização

A sincronização de geradores é crucial em sistemas interligados para garantir que a demanda total seja atendida. Para que geradores diferentes possam ser interconectados, eles devem operar sob a mesma tensão e frequência. Este processo garante a estabilidade e a continuidade do fornecimento de energia, evitando problemas como quedas de tensão ou sobrecargas nos equipamentos. A interligação de diferentes fontes geradoras é essencial para garantir a confiabilidade e a resiliência do sistema elétrico, permitindo que as fontes se complementem e compartilhem a carga, de forma a prevenir interrupções no fornecimento de eletricidade.

2. Verificação do Sincronismo

Um método descrito para verificar o sincronismo entre geradores envolve o uso de lâmpadas. Se as lâmpadas indicadoras estiverem apagadas, indica que os sistemas possuem o mesmo nível de tensão e frequência e estão em fase. Por outro lado, se não houver sincronismo, o funcionamento da lâmpada será intermitente. Este método simples, porém eficaz, permite uma verificação visual rápida do estado de sincronia entre os geradores, facilitando a operação e garantindo que a interconexão seja feita de forma segura e eficiente. A visualização direta do estado de sincronia é fundamental para a segurança do processo de interconexão de geradores.

3. Correção de Fase e Defasagem

Para corrigir a fase, o documento sugere inverter duas fases. Já a correção da defasagem requer o ajuste da velocidade do motor que fornece a força motriz ao gerador. A capacidade de corrigir desvios de fase e defasagem é crucial para garantir a operação estável e eficiente de sistemas interligados. Estas ações de correção garantem que a interconexão dos geradores ocorra de forma segura e sem causar instabilidades ou danos aos equipamentos. A precisão no ajuste da velocidade e na inversão de fases é fundamental para a boa performance do sistema.