Melhora da Resposta ao Estresse Oxidativo em Modelo Animal de Obesidade

Melhora da Resposta ao Estresse Oxidativo em Modelo Animal de Obesidade

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author

Flávia

school

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - Universidade de São Paulo

major Genética Bioquímica de Plantas
place Piracicaba
document_type dissertação
language Portuguese
pages 101
format | PDF
size 1.27 MB
  • Estresse Oxidativo
  • Obesidade
  • Ciência e Tecnologia de Alimentos

summary

I. Introdução

A obesidade é uma condição crescente globalmente, associada a diversas patologias como resistência à insulina e diabetes tipo 2. O estresse oxidativo crônico, resultante do aumento de espécies reativas de oxigênio (ERO), é um fator crítico que contribui para essas condições. O presente estudo investiga a eficácia do ácido cafeico fenetil éster (CAPE), um composto isolado da própolis, em melhorar a resposta ao estresse oxidativo em um modelo animal de obesidade. A pesquisa utiliza camundongos SWISS alimentados com uma dieta hiperlipídica, analisando a atividade de enzimas antioxidantes como superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GSH-Px). Os resultados indicam que o CAPE pode ser um agente promissor na mitigação dos efeitos do estresse oxidativo induzido pela obesidade.

II. Metodologia

O estudo foi conduzido com camundongos machos da linhagem SWISS, divididos em grupos tratados com diferentes doses de CAPE (13 e 30 mg/kg) por períodos de 15 e 22 dias. A análise incluiu a avaliação da peroxidação lipídica, níveis de peróxido de hidrogênio (H2O2) e a atividade de enzimas antioxidantes nos tecidos hepático e adiposo. Os dados foram coletados para determinar a eficácia do CAPE em reduzir os danos oxidativos. A metodologia rigorosa garante a validade dos resultados, permitindo uma análise detalhada da resposta ao estresse oxidativo em condições de obesidade.

III. Resultados e Discussão

Os resultados demonstraram que o tratamento com CAPE não interferiu significativamente no ganho de peso dos animais, mas melhorou a atividade das enzimas antioxidantes. A dose de 13 mg/kg foi mais eficaz no fígado, reduzindo a produção de H2O2 e a peroxidação lipídica. No tecido adiposo, a dose de 30 mg/kg aumentou a atividade da GSH-Px, embora não tenha afetado outras enzimas. Esses achados corroboram a literatura que destaca o CAPE como um potente antioxidante, sugerindo que ele pode ser uma intervenção eficaz para melhorar a resposta ao estresse oxidativo em modelos de obesidade.

IV. Conclusões

O estudo conclui que o CAPE apresenta potencial significativo na melhora da resposta ao estresse oxidativo em modelos animais de obesidade. A capacidade do CAPE de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes e reduzir a peroxidação lipídica sugere suas aplicações práticas na prevenção de doenças associadas à obesidade. A pesquisa abre caminho para investigações futuras sobre o uso de antioxidantes naturais na terapia de condições metabólicas, destacando a importância de intervenções dietéticas na saúde pública.

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