Assessment of biological properties and applications of extracts obtained from agroindustrial subproducts

Subprodutos Agroindustriais: Propriedades Biológicas

Informações do documento

Autor

Diana Margarida Andrade Moreira

Escola

Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa

Curso Microbiologia Aplicada
Tipo de documento Dissertação de Mestrado
Idioma Portuguese
Formato | PDF
Tamanho 1.71 MB

Resumo

I. Avaliação da Atividade Antioxidante de Extratos Naturais

Este estudo investigou a atividade antioxidante de quatro extratos obtidos de resíduos agroindustriais: bagaço de uva (GP), cascas de amêndoa (AS), madeira de eucalipto (EW) e sabugos de milho (CC). A análise da capacidade antioxidante, utilizando métodos como ORAC, DPPH e ABTS, revelou que o extrato de bagaço de uva (GP) apresentou a maior atividade antioxidante, enquanto o extrato de cascas de amêndoa (AS) mostrou a menor. A identificação dos compostos presentes indicou perfis distintos em cada extrato, com alguns compostos em comum, como ácido vanílico, quercetina e vanilina. Esses resultados demonstram o potencial de antioxidantes naturais de fontes renováveis na preservação de alimentos.

1. Avaliação Comparativa da Atividade Antioxidante

A principal descoberta desta seção é a variação significativa na atividade antioxidante entre os quatro extratos testados. O extrato de bagaço de uva (GP) demonstrou a maior capacidade antioxidante, enquanto o extrato de cascas de amêndoa (AS) exibiu a menor. Essa diferença na atividade antioxidante sugere a presença de diferentes concentrações e tipos de compostos bioativos em cada extrato. A análise detalhada da composição química de cada extrato será crucial para compreender melhor a relação entre a composição e a atividade antioxidante observada. A identificação dos compostos presentes mostrou perfis distintos, embora alguns compostos fossem comuns a todos os extratos, incluindo ácido vanílico, 3,4-dihidroxibenzaldeído, vanilina, quercetina, hidroximetilfurfural e 2-furfuraldeído. Essa diversidade na composição química ressalta a complexidade dos mecanismos envolvidos na atividade antioxidante e a necessidade de investigação mais aprofundada para determinar quais compostos específicos contribuem mais significativamente para a capacidade antioxidante global de cada extrato. A variação observada na atividade antioxidante reforça a importância de investigar diferentes fontes de antioxidantes naturais para otimizar sua aplicação em sistemas alimentares.

2. Métodos de Análise da Atividade Antioxidante

A avaliação da atividade antioxidante dos extratos foi realizada utilizando diferentes ensaios, permitindo uma análise mais completa. Embora o documento não detalhe todos os métodos utilizados, é mencionado o ensaio ORAC (Oxygen Radical Absorbance Capacity), um método amplamente reconhecido para avaliar a capacidade de um composto capturar radicais livres. Este ensaio, baseado na capacidade de captura do radical peroxil, reflete a capacidade antioxidante clássica através da transferência de átomos de hidrogênio. A utilização de múltiplos métodos analíticos, como ORAC, DPPH e ABTS, permite uma avaliação mais robusta da capacidade antioxidante, uma vez que cada método pode fornecer informações complementares sobre diferentes mecanismos de ação dos antioxidantes. A escolha desses métodos é justificada pela necessidade de uma avaliação completa da capacidade antioxidante, considerando diferentes mecanismos de ação e diferentes alvos oxidativos. A incorporação de albumina de soro bovino (BSA) em alguns ensaios também é mencionada, sugerindo a investigação da influência de proteínas na atividade antioxidante dos compostos fenólicos, um aspecto complexo que merece maior atenção em futuras pesquisas. A utilização de diferentes métodos e controle de variáveis como a inclusão de BSA fornecem informações mais robustas sobre a capacidade antioxidante de cada extrato, destacando a importância de um estudo multifacetado nessa área.

3. Fontes e Obtenção dos Extratos

Os quatro extratos analisados foram obtidos a partir de subprodutos e resíduos agroindustriais: bagaço de uva, cascas de amêndoa, madeira de eucalipto e sabugos de milho. A obtenção dos extratos envolveu um processo de auto-hidrólise, utilizando água quente e pressurizada em temperaturas na faixa de 200-240°C. Este método, além de aproveitar resíduos industriais, demonstra a busca por alternativas sustentáveis para a produção de antioxidantes. A escolha dos resíduos agroindustriais como fonte de antioxidantes justifica-se pela busca por alternativas mais baratas, renováveis e ecologicamente corretas em comparação com os antioxidantes sintéticos. As fases aquosas resultantes foram extraídas com acetato de etila, e os sólidos solúveis foram redissolvidos em 80% de etanol para obter um produto mais hidrofílico, e posteriormente liofilizados. Essa metodologia de extração, baseada em auto-hidrólise, garante a obtenção de extratos com características adequadas para testes e aplicações subsequentes. A utilização de etanol para redissolução dos sólidos e posterior liofilização contribui para a obtenção de extratos estáveis e com maior pureza.

II. Análise da Atividade Antimicrobiana dos Extratos

A atividade antimicrobiana dos quatro extratos foi avaliada contra bactérias patogênicas como Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus e Salmonella spp. Todos os extratos inibiram o crescimento dessas bactérias patogênicas, mas não houve seletividade entre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. O extrato de madeira de eucalipto (EW) apresentou a maior atividade antimicrobiana, determinada pela concentração mínima bactericida (MBC), enquanto os extratos de cascas de amêndoa (AS) e sabugos de milho (CC) foram menos ativos. O efeito antimicrobiano não foi imediato, sendo observado após aproximadamente 24 horas de exposição. A pesquisa investigou o impacto dos antioxidantes naturais na inibição do crescimento de bactérias patogênicas em alimentos.

1. Espectro de Atividade Antimicrobiana

Os extratos de resíduos agroindustriais demonstraram atividade antimicrobiana contra um painel de bactérias patogênicas relevantes para a segurança alimentar. As cinco bactérias testadas – Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus e Salmonella spp – tiveram seu crescimento inibido pelos quatro extratos (bagaço de uva, cascas de amêndoa, madeira de eucalipto e sabugos de milho). No entanto, uma análise mais detalhada revelou a ausência de uma tendência clara em relação à atividade contra bactérias Gram-positivas ou Gram-negativas, indicando que o mecanismo de ação pode não estar diretamente relacionado com a estrutura da parede celular bacteriana. Essa falta de seletividade sugere a atuação por mecanismos de ação múltiplos, não dependentes exclusivamente das diferenças entre as paredes celulares das bactérias. A observação da inibição do crescimento bacteriano destaca o potencial desses extratos como agentes antimicrobianos naturais, especialmente considerando a crescente preocupação com a resistência a antibióticos e a busca por alternativas naturais para a preservação de alimentos.

2. Determinação da Concentração Mínima Bactericida CMB

A avaliação da concentração mínima bactericida (CMB) permitiu determinar a eficácia antimicrobiana de cada extrato. Através da análise das CMBs, observou-se que o extrato de madeira de eucalipto (EW) se mostrou o mais ativo contra as bactérias testadas, enquanto os extratos de cascas de amêndoa (AS) e sabugos de milho (CC) apresentaram menor eficácia. A determinação da CMB é fundamental para estabelecer a concentração necessária para eliminar as bactérias-alvo, garantindo a eficácia do extrato como agente antimicrobiano. As diferenças na CMB entre os extratos podem ser atribuídas às variações na composição química, com diferentes concentrações e tipos de compostos bioativos presentes em cada um. Esses resultados fornecem dados quantitativos sobre a atividade antimicrobiana dos extratos, permitindo comparações diretas e auxiliando no desenvolvimento de aplicações práticas, como a formulação de filmes comestíveis ou aditivos alimentares com ação antimicrobiana.

3. Cinética do Efeito Antimicrobiano e Considerações sobre o Mecanismo de Ação

As curvas de sobrevivência/morte evidenciaram que o efeito antimicrobiano dos extratos não é imediato, com a maior parte da atividade sendo observada após aproximadamente 24 horas de exposição. Essa cinética sugere a necessidade de um tempo de contato suficiente entre o extrato e as células bacterianas para que o efeito antimicrobiano seja completo. Embora o mecanismo preciso de ação não tenha sido completamente elucidado, é proposto que os compostos presentes nos extratos possam estar causando danos à membrana citoplasmática das bactérias. Esta hipótese, baseada em estudos anteriores, sugere que a alteração da permeabilidade e integridade da membrana celular seja um dos mecanismos envolvidos na ação antimicrobiana desses extratos. No entanto, a complexa composição dos extratos, com diversos compostos fenólicos e não fenólicos, indica que outros mecanismos de ação podem estar envolvidos simultaneamente, tais como interações com componentes intracelulares, inibição enzimática ou alterações no DNA bacteriano. A complexidade do mecanismo de ação justifica estudos mais aprofundados para elucidar completamente como os extratos atuam nas bactérias.

III. Efeito dos Extratos no Crescimento de Bactérias Probióticas

O estudo avaliou o impacto das concentrações de 0,025% e 0,1% dos extratos no crescimento de bactérias probióticas (Lactobacillus e Bifidobacterium). As concentrações testadas não causaram alterações significativas no crescimento dessas bactérias, exceto por uma ligeira inibição observada com o extrato de madeira de eucalipto (EW) em concentrações mais elevadas. Este dado ressalta a importância da escolha de concentrações adequadas de antioxidantes naturais para garantir a viabilidade dos microrganismos benéficos à saúde.

1. Efeito dos Extratos em Bactérias Probióticas Concentrações e Resultados

Esta seção foca no impacto dos extratos vegetais, a concentrações de 0,025% e 0,1%, no crescimento de bactérias probióticas, especificamente Lactobacillus e Bifidobacterium. Os resultados obtidos demonstram que, nas concentrações testadas, os extratos não provocaram alterações significativas no crescimento dessas bactérias benéficas. Esta observação é crucial para a segurança e viabilidade da aplicação desses extratos em alimentos, pois a preservação de bactérias probióticas é desejável para a saúde humana. A ausência de efeitos negativos sobre o crescimento probiótico sugere um possível uso conjunto de extratos com propriedades antioxidantes e antimicrobianas, sem comprometer a população de microrganismos benéficos presentes em produtos alimentícios. A análise da influência da concentração dos extratos no crescimento das bactérias probióticas demonstra a importância de avaliar diferentes dosagens para garantir a compatibilidade entre a atividade antimicrobiana e a preservação das bactérias benéficas à saúde intestinal. A metodologia utilizada, incluindo a utilização de meio MRS, foi adequada para avaliar o crescimento das culturas probióticas.

2. Observações Específicas sobre o Efeito de Alguns Extratos

Embora a maioria dos extratos não tenha demonstrado efeito significativo no crescimento probiótico, algumas observações específicas merecem destaque. O extrato de madeira de eucalipto (EW), nas concentrações mais elevadas (0,1%), apresentou uma ligeira inibição no crescimento de Lactobacillus acidophilus e, em menor grau, de Lactobacillus casei. Essa inibição sutil pode ser atribuída à presença de compostos derivados de açúcar, como o hidroximetilfurfural e o 2-furfuraldeído, relatados em maior quantidade neste extrato. Em contraste, o extrato de cascas de amêndoa (AS) exibiu uma ligeira inibição apenas em Lactobacillus acidophilus na concentração de 0,1%, mas não afetou significativamente o crescimento de Lactobacillus casei. Essas observações sugerem que, embora geralmente os extratos não comprometam a população probiótica, concentrações mais elevadas de alguns extratos podem apresentar efeitos inibitórios em algumas espécies, reforçando a necessidade de otimização da dosagem para garantir a compatibilidade entre a atividade antimicrobiana e a preservação das bactérias probióticas.

3. Implicações para a Indústria Alimentar

Os resultados sobre o efeito dos extratos no crescimento de bactérias probióticas são relevantes para aplicações na indústria de alimentos. A demonstração da não-toxicidade em relação a microrganismos benéficos para a saúde humana abre caminho para a incorporação desses extratos em alimentos como agentes conservantes naturais. Considerando a crescente demanda por produtos funcionais que preservem tanto a qualidade nutricional quanto a segurança microbiológica, a compatibilidade entre a atividade antimicrobiana e o crescimento de bactérias probióticas é fundamental. A pesquisa indica que é possível, através da escolha adequada das concentrações e tipo de extrato, aliar a inibição de patógenos ao suporte do crescimento de microrganismos benéficos, resultando em produtos de melhor qualidade e mais saudáveis. Mais estudos são necessários para otimizar a utilização desses extratos, garantindo a eficácia antimicrobiana sem comprometer as características benéficas dos alimentos.

IV. Aplicação em Filmes Comestíveis

A pesquisa explorou a incorporação dos extratos em filmes comestíveis à base de alginato para potencializar a preservação de alimentos. Os resultados mostraram que os compostos ativos dos extratos foram eficazmente imobilizados nos filmes e liberados gradualmente, inibindo o crescimento de microrganismos patogênicos. Essa abordagem demonstra o potencial dos antioxidantes naturais em embalagens ativas para aumentar o tempo de prateleira e segurança de alimentos. A utilização de resíduos agroindustriais como matéria-prima reforça a sustentabilidade da inovação.

1. Desenvolvimento de Filmes Comestíveis com Extratos

Esta seção descreve a incorporação dos extratos vegetais em filmes comestíveis, explorando uma aplicação prática na indústria de alimentos. A matriz escolhida para a formulação dos filmes foi o alginato de sódio, um biopolímero natural e biodegradável. Para garantir a formação do filme, utilizou-se cloreto de cálcio como agente reticulante, criando uma estrutura sólida e adequada para a encapsulação dos extratos. Além disso, glicerol e PEG 400 foram usados como plastificantes para aumentar a flexibilidade e maleabilidade dos filmes, melhorando as propriedades texturais. A incorporação de glucuronooxilo-oligossacarídeos de madeira de Eucalyptus globulus, um subproduto agroindustrial rico em hemicelulose, também contribuiu para as propriedades do filme, explorando a utilização de fontes renováveis e sustentáveis. A combinação desses componentes visa a criação de um filme comestível que, além de atuar como barreira física, também forneça atividade antimicrobiana, graças à presença dos extratos.

2. Avaliação da Atividade Antimicrobiana dos Filmes

A atividade antimicrobiana dos filmes comestíveis foi avaliada utilizando o método de difusão em ágar, com discos de filme colocados em placas inoculadas com as bactérias patogênicas. O método permitiu avaliar a capacidade dos filmes em inibir o crescimento bacteriano por meio da liberação gradual dos compostos ativos dos extratos vegetais. Os resultados mostraram consistência com os testes in vitro realizados previamente em caldo MH, evidenciando que os compostos ativos presentes nos extratos são eficazmente imobilizados no filme de alginato e liberados para inibir o crescimento das bactérias. Essa observação corrobora a aplicabilidade dessa tecnologia para a conservação de alimentos, oferecendo um método inovador de proteção contra a deterioração microbiana. O estudo ressalta a importância da liberação controlada de compostos antimicrobianos no filme, assegurando a eficácia contra microrganismos patogênicos durante o tempo de armazenamento dos alimentos. A utilização do método de difusão em ágar se mostrou adequada para determinar a atividade antimicrobiana dos filmes.

3. Considerações sobre a Aplicação em Embalagens e Perspectivas

A utilização de filmes comestíveis antimicrobianos representa uma tendência crescente na indústria de alimentos, oferecendo vantagens significativas em termos de segurança, sustentabilidade e qualidade sensorial. A integração de extratos vegetais com atividade antioxidante e antimicrobiana nesses filmes potencializa a proteção dos alimentos contra a oxidação lipídica e o crescimento de microrganismos, contribuindo para aumentar o prazo de validade e a segurança dos produtos. A utilização de biopolímeros, como o alginato, destaca-se pela biodegradabilidade e menor impacto ambiental. Os resultados demonstram que essa estratégia se mostrou eficiente, inibindo o crescimento das bactérias testadas, e está alinhada com a busca por embalagens ativas e sustentáveis. Entretanto, estudos futuros podem explorar diferentes formulações para otimizar a liberação dos compostos ativos, garantindo a eficácia antimicrobiana ao longo de todo o período de armazenamento e explorar outras matrizes de filmes comestíveis. A consistência entre os resultados in vitro e in situ reforça o potencial desta abordagem para aplicações na indústria de alimentos.

V. Identificação de Compostos e Conclusões

A identificação dos compostos presentes nos extratos revelou a presença de diversos compostos fenólicos e não fenólicos, com variações na composição entre os extratos. O extrato de bagaço de uva (GP) destacou-se pela alta concentração de antioxidantes naturais, enquanto o extrato de cascas de amêndoa (AS) apresentou menor atividade. As diferenças na composição química podem explicar as variações observadas na atividade antimicrobiana. Esses resultados contribuem para um melhor entendimento do potencial dos antioxidantes naturais de resíduos agroindustriais para aplicações na indústria de alimentos e a necessidade de estudos adicionais para elucidar os mecanismos de ação e otimizar as formulações.

1. Identificação dos Compostos nos Extratos

A análise da composição química dos quatro extratos (bagaço de uva, cascas de amêndoa, madeira de eucalipto e sabugos de milho) revelou perfis distintos, embora com alguns compostos em comum. Foram identificados ácido vanílico, 3,4-dihidroxibenzaldeído, vanilina, quercetina, hidroximetilfurfural e 2-furfuraldeído em todos os extratos. No entanto, algumas diferenças significativas na composição foram observadas: o extrato de sabugos de milho (CC) não continha ácido gálico e ácido siríngico, enquanto o ácido elágico foi encontrado apenas nos extratos de madeira de eucalipto (EW) e bagaço de uva (GP). Ácido p-cumárico e ácido ferúlico foram identificados exclusivamente no extrato CC. Essas variações na composição química podem explicar as diferenças observadas nas atividades antioxidante e antimicrobiana de cada extrato. Uma análise mais aprofundada da composição, possivelmente utilizando espectrometria de massas, seria benéfica para identificar os compostos responsáveis pela atividade inibitória e determinar interações sinérgicas ou antagônicas entre eles. A identificação detalhada de cada componente permitirá uma melhor compreensão dos mecanismos de ação.

2. Conclusões e Perspectivas Futuras

O extrato de bagaço de uva (GP) apresentou a maior atividade antioxidante, enquanto o extrato de cascas de amêndoa (AS) demonstrou a menor. Todos os extratos inibiram o crescimento das bactérias patogênicas testadas, porém sem seletividade entre Gram-positivas e Gram-negativas. O extrato de madeira de eucalipto (EW) mostrou a maior atividade antimicrobiana. O efeito antimicrobiano não foi imediato, manifestando-se após aproximadamente 24 horas. As concentrações testadas dos extratos não afetaram significativamente o crescimento das bactérias probióticas. As diferenças na composição química dos extratos, como a ausência de ácido gálico e siríngico no extrato CC, e a presença de ácido elágico apenas nos extratos EW e GP, podem justificar as variações nas atividades antimicrobianas. A pesquisa sugere que estudos futuros com técnicas como a espectrometria de massas podem auxiliar na elucidação dos mecanismos de ação antimicrobiana, analisando o dano à membrana celular por meio de microscopia eletrônica de varredura (SEM) ou técnicas de fluorescência.