
Formação leitora: Contadores de histórias
Informações do documento
Autor | Kelen Cristina Benjamim Santos |
school/university | Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História (ILAACH) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) |
subject/major | Letras, Artes e Mediação Cultural |
Tipo de documento | Trabalho de Conclusão de Curso |
Idioma | Portuguese |
Formato | |
Tamanho | 3.47 MB |
Resumo
I.Resumo da Pesquisa A Importância da Contação de Histórias para a Formação Leitora
Esta pesquisa-ação investigou a eficácia da contação de histórias, especificamente a lenda das Cataratas do Iguaçu, como ferramenta para o desenvolvimento da leitura em alunos do ensino fundamental. O estudo utilizou uma abordagem performática, explorando a oralidade e a riqueza da narrativa para estimular o prazer pela leitura e a construção de conhecimentos sobre a cultura indígena brasileira. Os resultados indicaram que a metodologia aplicada contribuiu positivamente para o estímulo à leitura, demonstrado pelo aumento no empréstimo de livros e pela melhora na atenção e compreensão dos alunos após as apresentações. A pesquisa destaca a performance do contador como elemento crucial para o sucesso da intervenção pedagógica, enfatizando a importância da escolha adequada de textos literários e a capacidade de envolver o público.
1. Introdução A Contação de Histórias e a Formação do Leitor
A seção introdutória estabelece a importância da contação de histórias para a formação de leitores, apresentando a pesquisa como uma investigação da viabilidade e concretude dessa prática. O objetivo principal é evidenciar a formação de leitores através da oralidade e performance, adicionando valores ao indivíduo a partir da história contada. A pesquisa, caracterizada como uma pesquisa-ação, busca aliar o prazer da leitura à aquisição de novos conhecimentos, utilizando a lenda das Cataratas do Iguaçu como exemplo, que provém da cultura indígena brasileira. A metodologia inclui uma performance utilizando um lenço para recriar sensações, contando com a participação dos alunos da Escola Municipal Adele Zanotto Scalco. A ênfase é na experiência coletiva, onde a convivência com a leitura revela o sujeito leitor. A pesquisa busca mostrar que contar histórias não é apenas uma forma de acalmar crianças, mas um instrumento rico para o desenvolvimento cognitivo e emocional.
2. A Oralidade e a Memória Coletiva
Esta parte discute a importância da oralidade em culturas sem escrita, destacando a necessidade de ritmos, repetições e expressões performáticas para a retenção e transmissão do conhecimento. A forma como a história é contada se torna uma estratégia de assimilação. A pesquisa cita Torres (2008), que afirma que antes da escrita, todo saber era transmitido oralmente, e a memória era o único recurso para armazenar e transmitir conhecimento. Gregório (2013) define a contação de histórias como uma arte de usar palavras, gestos e presença de palco. A pesquisa reforça a importância da contação de histórias para despertar o interesse pela leitura, auxiliar no desenvolvimento psicológico e moral, ampliar o vocabulário e aprimorar habilidades cognitivas, contribuindo para a formação ética e cidadã. A pesquisa justifica-se pela necessidade de auxiliar educadores a reconhecerem o potencial da contação de histórias além da simples distração.
3. A Importância da Contação de Histórias na Educação e os Desafios da Alfabetização
A seção aborda a importância da contação de histórias na formação leitora e os desafios enfrentados nas escolas. A autora Bortolin (2010) é citada, destacando que nem sempre essa prática é estimulada e valorizada nas escolas. Donato (2005) é citado, afirmando que ouvir e contar histórias é um ensinamento, transmitindo valores culturais. A pesquisa-ação se justifica pela contribuição à prática de educadores que ainda não exploram todo o potencial das histórias, ressaltando a capacidade de estimular a imaginação e o desenvolvimento do raciocínio. O trabalho enfatiza a importância da contação de histórias como uma atividade inclusiva, independente de raça, cor ou classe social. Abramovich (1995) destaca que as histórias evocam emoções diversas e contribuem para a predisposição à aprendizagem. O sistema educacional tem a responsabilidade de formar leitores críticos capazes de compreender o contexto atual, e a pesquisa destaca o papel da contação de histórias nesse processo, citando Morais (2013) sobre a necessidade de igualdade de oportunidades no ensino da leitura.
4. O Contador de Histórias Mediação Cultural e a Performance
Esta parte define os conceitos de leitor-narrador e leitor-ouvinte, ressaltando o papel do contador de histórias como mediador entre o texto e o ouvinte. O leitor-narrador utiliza performance corporal para narrar, enquanto o leitor-ouvinte recebe a leitura mediada. Ramos (2011) é citado, mostrando que a contação de histórias no contexto escolar imerge os alunos no mundo da leitura, gerando experiências que transcendem o fim da história. Machado (2001) enfatiza o papel dos símbolos na construção do sentido na leitura e como o contador utiliza técnicas performáticas para cativar os ouvintes. A seção discute os desafios do formador de leitores em um contexto de crise da leitura. O formador deve ter experiência com diferentes textos e performances, escolhendo livros de qualidade para incentivar a leitura. Almeida (2011) é citada, salientando que através da leitura adquirimos valores e experiências. A pesquisa reconhece a contação de histórias como uma prática antiga, presente em diferentes culturas, mostrando sua evolução através dos tempos, inclusive utilizando exemplos de registros como os desenhos rupestres.
5. Família Escola e a Formação do Leitor
A importância da família na formação do leitor é destacada, com a ênfase no ambiente familiar cercado de livros como fundamental. A identificação com os pais e seus hábitos de leitura é crucial para a formação de leitores. Machado (2011) afirma que a formação do gosto pela leitura começa cedo na família, citando cantigas folclóricas e a literatura infantil oral. A pesquisa destaca a contação de histórias como um meio de criar futuros leitores, enfatizando a necessidade de uma performance artística única por parte do narrador. O narrador deve ser um grande leitor e escolher obras de qualidade. Santos (2010) é citado, mostrando que a alfabetização frequentemente se concentra em símbolos sem incentivar a leitura de narrativas. A performance, em conjunto com a contação de histórias, torna o imaginário concreto, utilizando o corpo do contador como ferramenta chave para transmitir a história de forma natural. Busatto (2011) destaca o conto como instrumento de treino auditivo, enfatizando ritmo, sons e musicalidade na narrativa, e Sisto (2005) enfatiza a importância da cumplicidade entre o contador e o ouvinte. A pesquisa também menciona o uso de fundo musical indígena para agregar valor à performance.
II.Metodologia Performance e Análise Qualitativa
A metodologia empregada combinou a performance na contação de histórias da lenda com uma análise qualitativa dos resultados. A performance, que incorporou elementos visuais e sonoros, buscou criar uma experiência imersiva para os alunos. A avaliação qualitativa utilizou questionários e desenhos para avaliar a compreensão, o envolvimento e o estímulo à leitura após a atividade. As observações da pesquisadora e do professor também foram consideradas para analisar a reação dos alunos durante e após a contação de histórias.
1. A Performance na Contação da Lenda das Cataratas do Iguaçu
A metodologia da pesquisa se baseou em uma performance da contação da lenda das Cataratas do Iguaçu. A apresentação utilizou recursos performáticos para criar uma experiência imersiva para os alunos, buscando envolvê-los na narrativa. A descrição da performance inclui o uso de objetos como um lenço de pano para recriar sensações e gerar interesse, promovendo a interação do público com a narrativa. O intuito era tornar a experiência de audição da lenda mais rica e significativa, conectando-se com a cultura indígena brasileira. A escolha da lenda das Cataratas do Iguaçu se justifica pela sua relevância cultural regional e pelo potencial de gerar engajamento, devido à familiaridade do público com o tema. Essa escolha estratégica visa fortalecer a conexão entre a história, a cultura local e a formação de leitores.
2. Análise Qualitativa Instrumentos e Métodos de Coleta de Dados
A pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa para analisar o impacto da performance na formação de leitores. A coleta de dados ocorreu através de diversos instrumentos. Um questionário foi aplicado aos alunos, com perguntas sobre sua reação à performance, sua atenção durante a narrativa e sua intenção em ler livros de histórias após a experiência. O questionário utilizava imagens de 'carinhas' (feliz, séria, triste) para facilitar a compreensão e resposta pelos alunos. Além do questionário, os alunos foram incentivados a expressar sua interpretação da lenda através de desenhos. Os desenhos foram coletados e analisados, buscando identificar elementos da narrativa e a compreensão da história pelos alunos. A percepção do professor também foi considerada na avaliação, observando mudanças no comportamento dos alunos em relação à leitura antes e depois da contação da lenda. O período de observação se estendeu por duas semanas após o evento, permitindo uma avaliação mais completa do impacto da performance.
3. Análise dos Dados Reações Atenção e Estímulo à Leitura
A análise dos dados coletados se concentrou em três eixos principais: a reação imediata dos alunos à performance; o nível de atenção durante a contação da história; e o estímulo à leitura após o evento. A reação dos alunos foi avaliada através das expressões faciais observadas durante e após a performance (espanto, surpresa, riso, indiferença). A atenção foi mensurada pela percepção sensorial do professor, complementada por desenhos feitos pelos alunos, analisando elementos da lenda presentes nas ilustrações. O estímulo à leitura foi avaliado por meio das respostas ao questionário, verificando a intenção dos alunos em pegar livros de histórias após o evento. O percentual de alunos que se mostraram motivados para ler foi significativo, demonstrando o impacto positivo da metodologia. A análise considerou a frequência de leitura dos alunos antes da performance, identificando um grupo já habituado à leitura e outro com menos contato com livros. A análise comparativa da reação de diferentes turmas permitiu uma avaliação mais completa.
III.Resultados Impacto na Formação de Leitores
Os resultados demonstram que a contação de histórias, através da performance, teve um impacto significativo na motivação para a leitura. Um alto percentual de alunos (88%) expressou interesse em pegar livros de contação de histórias após a apresentação da lenda das Cataratas do Iguaçu. A análise dos desenhos e questionários reforçou a compreensão e apreensão do conteúdo, sugerindo a eficácia da metodologia para o desenvolvimento da formação leitora. A pesquisa aponta que a utilização da lenda das Cataratas do Iguaçu , por ser um tema regional, agregou valor à experiência e promoveu uma conexão com a cultura local.
1. Reação Imediata à Performance Expressões e Interação
A análise da reação imediata dos alunos à performance da lenda das Cataratas do Iguaçu se concentrou na observação das expressões faciais e corporais. O objetivo era identificar se houve interação e envolvimento com a narrativa. Expressões como espanto, surpresa, riso ou indiferença foram registradas e analisadas em relação ao andamento da contação. Uma resposta positiva foi considerada quando a maioria dos alunos apresentou reações que indicavam engajamento com a história. Essa análise qualitativa buscou compreender a efetividade da performance em capturar a atenção e o interesse dos alunos, avaliando a capacidade da contadora em criar uma conexão emocional com o público. A observação das reações permitiu verificar a eficácia da metodologia em transmitir a narrativa de forma envolvente e gerar impacto nos alunos.
2. Nível de Atenção e Compreensão Desenhos e Percepção do Professor
A avaliação do nível de atenção dos alunos durante a contação da história foi realizada utilizando a percepção sensorial do professor como um indicador principal. Após a contação, os alunos receberam uma folha para expressarem livremente, por meio de desenhos e ilustrações, sua compreensão do evento. A análise dos desenhos levou em consideração a presença de elementos da história, avaliando a capacidade de apreensão e interpretação da narrativa. A presença de personagens (Naipi, Tarobá, M’boi), elementos da natureza (Cataratas, arco-íris) e outros detalhes relevantes da lenda foram considerados como indicadores de atenção e assimilação do conteúdo. A percepção do professor foi fundamental para complementar a avaliação da atenção durante a contação, considerando aspectos observados durante a performance. A combinação de observação direta com a análise dos desenhos possibilitou uma avaliação mais completa e abrangente da atenção e da compreensão da história pelos alunos.
3. Estímulo à Leitura Questionário e Dados Quantitativos
O estímulo à leitura após a performance foi avaliado através de um questionário que investigou o interesse dos alunos em pegar livros de histórias na biblioteca da escola. O questionário utilizou uma escala com três opções, representadas por 'carinhas': 'sorriso' (indicando motivação imediata), 'séria' (indicando indecisão) e 'triste' (indicando falta de interesse). Os resultados demonstraram um alto percentual (88%) de alunos na opção 'sorriso', indicando que a grande maioria se sentiu motivada a procurar livros após a contação. A análise também incluiu uma pergunta sobre os hábitos de leitura dos alunos antes da apresentação, buscando identificar se já havia um hábito de leitura pré-existente. Esta pergunta permitiu compreender se o evento influenciou os alunos que já liam frequentemente e aqueles que raramente pegavam livros. Os dados quantitativos do questionário são complementados pela análise qualitativa dos desenhos, reforçando a avaliação do impacto da performance no estímulo à leitura.
4. Resultados Gerais e Conclusões sobre o Impacto na Formação Leitora
A grande maioria dos alunos (em todas as turmas) respondeu positivamente aos questionários, indicando aprovação da iniciativa e um impacto positivo na formação de leitores. A análise global dos dados demonstra uma forte correlação entre a performance da contação da lenda das Cataratas do Iguaçu e o estímulo à leitura. A grande maioria dos alunos (93%) relatou que a contação despertou muito a vontade de ler. Os desenhos produzidos pelos alunos demonstraram assimilação satisfatória do conteúdo da lenda. A pesquisa observou, além do estímulo à leitura, o desenvolvimento do raciocínio e da linguagem oral. O uso de lendas regionais adicionou um valor cultural à experiência, fortalecendo a identificação dos alunos com a história. A pesquisa conclui que a contação de histórias com abordagem performática é uma estratégia eficaz para estimular a leitura, principalmente em crianças das séries iniciais do ensino fundamental. Os resultados sugerem a replicação e adaptação do método para outras lendas e histórias.
IV.Contexto da Pesquisa Escola Municipal Adele Zanotto Scalco Foz do Iguaçu
A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Adele Zanotto Scalco, localizada na Av. Javier Koelbl, 1923, Vila Boa Esperança, Foz do Iguaçu. Criada em 1997, a escola oferece educação infantil e ensino fundamental. A pesquisa envolveu alunos das séries iniciais do ensino fundamental, durante o mês de agosto de 2015. A escola possui uma biblioteca com acervo variado, atendendo alunos e comunidade. Mais informações sobre o histórico da escola podem ser encontradas em anexo. (Note que detalhes específicos sobre o número de alunos e turmas são omitidos conforme a instrução de não aprofundar nas subseções).
1. Localização e Histórico da Escola Municipal Adele Zanotto Scalco
A pesquisa foi conduzida na Escola Municipal Adele Zanotto Scalco, localizada na Av. Javier Koelbl, 1923, Vila Boa Esperança, em Foz do Iguaçu. A escola foi criada pelo Decreto Municipal nº 11.318, de 3 de junho de 1997, embora suas atividades tenham iniciado em 17 de fevereiro do mesmo ano. A inauguração oficial ocorreu em 10 de junho de 1997, sendo mantida pela Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. O nome da escola homenageia a mãe do então presidente da Itaipu Binacional, Sr. Euclides Girolamo Scalco. O documento fornece informações adicionais sobre o desenvolvimento da escola ao longo dos anos, incluindo a autorização de funcionamento para as séries iniciais do ensino fundamental em 1998 (Resolução nº 4.429), a instalação de uma biblioteca em 1998, a criação de turmas de classe especial e a implantação do PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) em 2002, a criação de uma Sala de Recursos em 2004 e a instalação de um laboratório de informática em 2005. Essas informações contextualizam o ambiente educacional onde a pesquisa foi realizada.
2. Contexto da Pesquisa na Escola Alunos e Período da Pesquisa
A pesquisa se concentrou nos alunos das séries iniciais do ensino fundamental da Escola Municipal Adele Zanotto Scalco. O período da pesquisa foi o mês de agosto de 2015, durante o qual foram realizadas as performances da contação da lenda das Cataratas do Iguaçu. O documento menciona a participação dos alunos na pesquisa como colaboradores diretos, indicando que as atividades foram integradas à rotina escolar. Não são fornecidos dados específicos sobre o número total de alunos envolvidos ou sobre a divisão em turmas, apenas que a coleta de dados incluiu questionários e desenhos, indicando a participação de um número significativo de estudantes. A escolha do mês de agosto de 2015 como período da pesquisa é um dado relevante para a contextualização temporal do estudo. A informação de que a escola dispunha de uma biblioteca com acervo variado é um dado importante, considerando a temática central da pesquisa, que envolve o estímulo à leitura.
V.Conclusão A Contação de Histórias como Estratégias para o Desenvolvimento da Leitura
A pesquisa concluiu que a contação de histórias com enfoque performático, utilizando lendas regionais como a lenda das Cataratas do Iguaçu, se mostrou uma estratégia eficaz para a formação leitora no ensino fundamental. A metodologia promoveu o prazer pela leitura, o desenvolvimento do raciocínio, e a interação social entre os alunos. A pesquisa sugere que a replicação deste modelo, utilizando outras lendas e histórias, pode contribuir para o estímulo à leitura e a construção de uma prática pedagógica inovadora, reforçando o papel da oralidade e da performance no processo de aprendizagem.
1. Eficácia da Contação de Histórias como Ferramenta Pedagógica
A conclusão principal da pesquisa demonstra que a contação de histórias, especialmente quando realizada com uma abordagem performática, é uma ferramenta eficaz para despertar o interesse pela leitura, principalmente em alunos que leem pouco ou não leem livros. A pesquisa destaca que a introdução da leitura frequente deve acontecer nas séries iniciais do ensino fundamental, com o desenvolvimento de ações que utilizem performances. A metodologia utilizada, com a contação da lenda das Cataratas do Iguaçu, mostrou-se eficaz em despertar a motivação para a leitura e na formação de leitores. O uso de lendas regionais agregou valor à performance, criando uma conexão com a cultura local e gerando empatia nos espectadores. A pesquisa ressalta a necessidade de expandir a metodologia para outras lendas, para uma conclusão mais abrangente. A pesquisa reforça a importância do uso de performances e a oralidade como estratégias para incentivar a leitura e melhorar a compreensão dos alunos.
2. Resultados da Performance na Escola Adele Zanotto Scalco
A performance da lenda das Cataratas do Iguaçu na Escola Municipal Adele Zanotto Scalco demonstrou que, embora os alunos já possuíssem o hábito da leitura, existia espaço para fortalecê-lo. As reações positivas dos alunos após a performance comprovam a aceitação desse tipo de iniciativa pedagógica. A capacidade de assimilação do conteúdo da lenda foi satisfatória, evidenciada pela capacidade criativa demonstradas nos desenhos feitos pelos alunos após a contação. A pesquisa demonstra que contar histórias de forma performática contribui para o desenvolvimento do raciocínio e da linguagem oral, permitindo que os alunos se conectem com o conteúdo, gerando interesse e apreensão do material trabalhado. A combinação de elementos visuais e narrativos, inerentes à performance, contribuiu para uma assimilação mais eficaz da lenda. A integração entre o contador e o ouvinte se mostrou um ponto importante no sucesso da metodologia, corroborando a importância do papel do mediador na construção do conhecimento.
3. Sugestões e Aplicações Futuras da Metodologia
Além do estímulo à leitura, a pesquisa mostrou que a contação da lenda das Cataratas do Iguaçu contribuiu para o desenvolvimento do raciocínio e da linguagem oral dos alunos. A pesquisa sugere a adaptação da metodologia para outras histórias que estimulem o interesse dos alunos pelo estudo. A interação social entre os alunos também foi um fator positivo observado durante a pesquisa. A conclusão reforça a ideia de que a contação de histórias pode ser adotada como uma estratégia eficaz na formação e estímulo de leitores, com o uso de performances como um elemento chave para enriquecer a experiência e garantir uma maior conexão entre o contador e a audiência. A metodologia demonstra grande potencial para ser aplicada em diferentes contextos educativos, reforçando a importância da oralidade, da narrativa e da performance como instrumentos para o desenvolvimento da competência leitora.