Empreender para crescer – desenvolvimento do conceito de empreendedorismo no 1.º CEB

Empreendedorismo no 1º CEB

Informações do documento

Autor

Diana Sofia Oliveira Torres

instructor Professora Doutora Lina Fonseca
Escola

Não especificado no documento

Curso Mestrado EPE e Ensino do 1º CEB
Tipo de documento Relatório Final de Prática de Ensino Supervisionada
Ano de publicação Não especificado no documento
Local Não especificado no documento
Idioma Portuguese
Formato | PDF
Tamanho 10.76 MB

Resumo

I.Ambiente e Recursos da Sala de Aula

Este relatório de estágio docente descreve o ambiente de aprendizagem do 1º ciclo e pré-escolar, focando-se na organização da sala de aula. Os recursos didáticos incluíam materiais como abecedário, roda dos alimentos, dezenas e unidades, quadro de marcadores, quadros de cortiça e armário com materiais didáticos. A disposição das mesas foi alterada para otimizar a produtividade dos alunos. A rotina diária incluía organização de materiais, uso da casa de banho, escrita no caderno diário (nome, freguesia, data, dia da semana e abecedário) e formação de fila alfabética para o recreio, destacando a educação infantil e a organização do primeiro ciclo.

1. Recursos e Materiais Didáticos

A descrição do ambiente de aprendizagem inicia-se com um detalhamento dos recursos didáticos disponíveis na sala de aula. Observa-se a presença de materiais essenciais para o desenvolvimento infantil no primeiro ciclo e pré-escolar, como um abecedário, uma roda dos alimentos, e materiais para trabalhar dezenas e unidades, demonstrando um ambiente voltado para a aprendizagem prática. Além disso, a sala conta com um quadro de marcadores, dois quadros de cortiça para afixar trabalhos e materiais de apoio, cabides, uma banca, caixotes do lixo e um armário para guardar materiais didáticos e pertences dos alunos. A maioria dos materiais encontra-se em bom estado e é adequada à faixa etária, demonstrando o cuidado na manutenção do espaço e o investimento em recursos pedagógicos apropriados. A disponibilidade desses recursos contribui para um ambiente de aprendizagem estimulante e organizado, favorecendo a educação infantil e o sucesso no primeiro ciclo.

2. Organização do Espaço e Rotina Diária

A organização física da sala de aula é cuidadosamente descrita, salientando a existência de uma rotina diária que contribui para o bom funcionamento da turma. Ao chegarem, os alunos organizam seus materiais, utilizam o banheiro se necessário, sentam-se em seus lugares e registram informações no caderno diário (nome, freguesia da escola, data, dia da semana e abecedário). O uso do caderno diário é um ponto relevante para a educação infantil, promovendo a organização e a autonomia. Uma característica marcante é a organização da fila para o recreio, em ordem alfabética, com o delegado na frente e o subdelegado atrás, por motivos de segurança, demonstrando práticas de gestão e organização do grupo. A disposição das mesas foi alterada em várias ocasiões durante o período de observação e intervenção, com o objetivo de otimizar a produtividade individual de cada aluno, mostrando a flexibilidade da organização do espaço para atender às necessidades da turma. Essa organização contribui para a eficácia das metodologias de ensino.

3. Mudança de Sala e Adaptação

Devido a questões logísticas da escola, a turma mudou de sala durante o período de observação e intervenção. A descrição enfatiza que a segunda sala era muito semelhante à primeira, graças ao cuidado da professora cooperante em manter a estrutura e os materiais presentes na sala anterior. Essa preocupação demonstra a importância da continuidade do ambiente de aprendizagem para os alunos. Além disso, a descrição destaca que, durante as observações e intervenções, a disposição das mesas foi alterada algumas vezes e os alunos mudaram de lugar, visando otimizar a produtividade individual. Essa flexibilidade na organização do espaço demonstra a capacidade de adaptação do ambiente de aprendizagem às necessidades dos alunos, um ponto importante para garantir o sucesso no primeiro ciclo e na educação infantil.

II.Características dos Alunos e Dinâmica da Turma

Os alunos de seis e sete anos mostraram-se organizados e motivados, com boa legibilidade na escrita do caderno diário e organização na fila. Observou-se, contudo, uma diferença na capacidade de aprendizagem, com alguns alunos apresentando maior facilidade que outros. Apesar disso, a turma demonstrou interesse e participação ativa nas atividades de desenvolvimento infantil, evidenciando a importância de metodologias de ensino adequadas para atender à diversidade de aprendizes.

1. Organização e Autonomia dos Alunos

A turma, composta por crianças de seis e sete anos, demonstrou um nível considerável de organização e autonomia. A maioria das crianças mantinha seus cadernos diários bem organizados, com uma letra legível, indicando um bom desenvolvimento de habilidades de escrita e organização pessoal. No deslocamento em grupo, os alunos seguiam a ordem alfabética previamente estabelecida, demonstrando disciplina e respeito pelas regras. Essa organização demonstra um bom nível de desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais essenciais para o sucesso escolar, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento infantil. Esse comportamento positivo contribui para uma dinâmica de turma eficiente e harmoniosa, facilitando o trabalho pedagógico e o processo de aprendizagem. A observação dessas características reforça a importância de se valorizar e apoiar a autonomia e organização desde a educação infantil.

2. Diversidade de Capacidades de Aprendizagem

Apesar da organização e motivação geral, observou-se uma diferença significativa entre os alunos no que se refere à capacidade de aprendizagem. Alguns alunos demonstravam muita facilidade, realizando as tarefas rapidamente e com precisão. Outros, no entanto, apresentavam maior dificuldade na compreensão dos conteúdos, necessitando de mais tempo para concluir as atividades. Essa diversidade de ritmos e estilos de aprendizagem é um aspeto crucial a ser considerado em qualquer metodologia de ensino. A observação dessa diversidade destaca a necessidade de se adotarem metodologias inclusivas e flexíveis que atendam às necessidades individuais de cada aluno, promovendo assim um desenvolvimento infantil adequado a todos. Essa diferenciação demonstra a importância da adaptação das estratégias de ensino, garantindo que todos os alunos possam progredir de acordo com seu próprio ritmo e potencial.

3. Interesse e Participação na Aprendizagem

Apesar das diferenças na capacidade de aprendizagem, a turma demonstrava interesse e curiosidade em aprender, participando ativamente das atividades propostas. Essa participação demonstra motivação e um ambiente de aprendizagem positivo, onde os alunos se sentem confortáveis para interagir e contribuir. A curiosidade e o entusiasmo em aprender são indicadores de um bom desenvolvimento infantil, especialmente quando estimulados por um ambiente acolhedor e atividades desafiadoras, adequadas à faixa etária. O interesse dos alunos evidencia a importância de metodologias de ensino que despertem a curiosidade e a participação ativa, de forma a tornar o processo de aprendizagem mais significativo. Essa dinâmica positiva reflete-se diretamente no processo de ensino-aprendizagem, mostrando a importância da interação e da participação ativa na construção do conhecimento. Essa característica é fundamental para o sucesso escolar no primeiro ciclo.

III.Observação e Intervenção Projeto de Estágio

O estágio, com duração de três meses, incluiu três semanas de observação intensiva e intervenção pedagógica. O objetivo era observar os interesses e características dos alunos, as metodologias da professora titular e os recursos da escola. Durante as planificações didáticas, os conteúdos foram estabelecidos previamente, com exceção da área de expressões, na qual houve liberdade de escolha. A observação participante permitiu avaliar a educação infantil e a eficácia das intervenções para promover as competências empreendedoras.

1. Período de Observação e Intervenção

O estágio teve duração de três meses, com um período inicial de três semanas dedicado à observação e intervenção. Esse período foi fundamental para a compreensão do contexto educativo, permitindo à estagiária conhecer os interesses e características dos alunos, as metodologias da professora titular (PTT) e os recursos disponíveis na escola. A observação tinha como objetivo fornecer subsídios para futuras implementações pedagógicas, mas também estabelecer um contato mais próximo com as crianças. Durante essas três semanas, a estagiária e seu par de estágio auxiliaram os alunos que demonstravam dificuldades na realização dos exercícios ou na compreensão dos conteúdos, demonstrando uma postura de apoio e colaboração. Este período de imersão no contexto escolar proporcionou uma base sólida para o desenvolvimento das atividades subsequentes, demonstrando a importância da observação participante como ferramenta de aprendizagem e planeamento pedagógico, especialmente na área da educação infantil e do primeiro ciclo. A observação permitiu conhecer melhor a dinâmica da turma e as necessidades individuais dos alunos.

2. Planificação e Execução das Atividades

Os conteúdos trabalhados durante o estágio foram estabelecidos previamente, com a colaboração da professora titular (PTT). As professoras estagiárias (PE) então delineariam e selecionariam as atividades para cada semana. Essa divisão de tarefas demonstra a importância da colaboração e da organização do processo de ensino-aprendizagem. Todas as áreas curriculares foram abordadas, com exceção das expressões, onde as PE tiveram total liberdade de escolha. Após a execução das atividades, as PE apresentavam as planificações didáticas à PTT e, posteriormente, aos professores supervisores da ESE-IPVC, garantindo o acompanhamento do processo e a avaliação do trabalho realizado. Essa estrutura de acompanhamento demonstra a importância do rigor e do processo de aprendizagem contínuo inerentes ao estágio docente, especialmente em áreas como a educação infantil, em que a interação entre estagiários e professores experientes é fundamental para o desenvolvimento das competências profissionais. O processo de planeamento e execução demonstra o uso de metodologias de ensino planejadas e acompanhadas.

3. Acompanhamento e Regências

O contato com a turma durou aproximadamente três meses, com as regências sendo intercaladas entre a estagiária e seu par pedagógico de estágio. Esta prática permitiu a ambos vivenciar diferentes etapas do processo de ensino-aprendizagem e a partilha de experiências. A organização do estágio através de um par pedagógico contribuiu para o desenvolvimento das competências individuais e para o enriquecimento mútuo. O trabalho em equipa durante o estágio é crucial, permitindo o desenvolvimento profissional através da partilha de experiências e da colaboração mútua, aspecto fundamental para a formação de futuros docentes. A colaboração entre os estagiários facilitou a realização das tarefas, permitindo maior flexibilidade e o apoio mútuo durante as regências.

IV.Conteúdos Trabalhados Português e Matemática

Em Língua Portuguesa, foram trabalhados conteúdos de gramática (família de palavras, género, sinónimos, antónimos, classificação de sílabas, pontuação e acentos) e iniciação à educação literária, com a utilização de livros do Plano Nacional de Leitura (PNL), como “A Lagartinha muito comilona”, e obras criadas pelas estagiárias. Em Matemática, foram explorados os números naturais até 1000, adição e subtração, utilizando jogos educativos (bingo, dominó) e materiais manipulativos (ábaco, material multibase) para aumentar o interesse e a participação. A ênfase em jogos educativos demonstra uma metodologia de ensino lúdica e eficaz.

1. Conteúdos de Língua Portuguesa

Na área de Língua Portuguesa, o foco esteve na gramática e na iniciação à educação literária. Em gramática, foram explorados temas como família de palavras, gênero, sinônimos e antônimos, classificação de sílabas, sinais de pontuação e acentos gráficos. A abordagem à educação literária incluiu a exploração de diversos livros e excertos de livros infantojuvenis, trabalhando com narrativas, fábulas e poemas. Uma parte significativa das obras utilizadas pertencia à lista do Plano Nacional de Leitura (PNL), incluindo obras como “A Lagartinha muito comilona” (Eric Carle), “Lá de cima, cá de baixo” (António Mota), “O livro das datas” (Luísa Ducla Soares), “A girafa que comia estrelas” (José Eduardo Agualusa) e “A menina capuchinho vermelho no século XXI” (Luísa Ducla Soares). Além disso, foram trabalhadas obras criadas pelas próprias professoras estagiárias, como “Algazarra na selva”, “O avô e a avó” e “Ah, é uma caixa”. A leitura em voz alta foi uma prática recorrente, com as professoras estagiárias realizando a leitura inicial ou apresentando o áudio, promovendo a fluência leitora. Para desenvolver as competências leitoras, foram utilizadas pseudopalavras, como teijão, reda e chatrez, para avaliar o conhecimento das regras do código alfabético.

2. Conteúdos de Matemática

Em Matemática, foram trabalhados dois dos três domínios referentes ao 2º ano de escolaridade. No domínio de Números e Operações, os conteúdos explorados incluíram os números naturais até 1000, números pares e ímpares (com estratégia de identificação através do algarismo das unidades, conforme Bivar et al., 2013), adição e subtração. Para a adição, o foco foi na consolidação, enquanto que na subtração foram introduzidos o sentido do aditivo, subtrativo e do resto, com diferentes estratégias de cálculo. Os alunos também trabalharam com gráficos (de pontos, de barras e diagrama de Venn). Para tornar o ensino mais atrativo e lúdico, foram utilizados jogos e materiais didáticos, como bingo da adição, 'Quem é quem?', dominó dos números pares e ímpares, balões dos quádruplos, ábaco, moldura do 10, material multibase e legos. A utilização de jogos no ensino da matemática foi fundamentada teoricamente nos trabalhos de Groenwald & Timm (2007) e Borin (1996), que destacam o potencial lúdico para potencializar técnicas intelectuais, relações sociais e estimular o gosto pela disciplina. A metodologia empregada visou tornar o aprendizado significativo, motivador e eficiente.

V.Educação para o Empreendedorismo Conceitos e Aplicações

O estudo focou a educação para o empreendedorismo, conceito pouco explorado no ensino básico português. Autores como Dees (2001), Coan (2011), e Mendes (2007) foram consultados para definir o empreendedorismo social e suas diferentes perspetivas (econômica, social, idiossincrática e integracionista). O projeto “Ter ideias para mudar o mundo” (CEAN, 2012) serviu como guia para desenvolver competências empreendedoras nas crianças, explorando a inovação e a capacidade de identificar necessidades e criar soluções. A investigação analisou os conhecimentos prévios dos alunos sobre empreendedorismo social e avaliou o impacto das intervenções pedagógicas no desenvolvimento dessas competências.

VI.Metodologia de Investigação e Resultados

A pesquisa utilizou a observação participante como método principal, complementada por questionários para avaliar os conhecimentos prévios e posteriores dos alunos sobre empreendedorismo. A análise dos dados permitiu identificar as necessidades de intervenção e avaliar o impacto das atividades implementadas no desenvolvimento das competências empreendedoras das crianças. A postura de professora-investigadora permitiu uma abordagem mais holística e reflexiva, integrando a teoria e a prática na pesquisa em educação.

1. Instrumentos e Processo de Coleta de Dados

A metodologia de investigação utilizada no estágio combinou observação participante com a aplicação de questionários. A observação, realizada de forma natural e espontânea durante a maior parte do estágio, permitiu coletar dados sobre a adesão e interesse dos alunos às atividades, bem como o seu progresso nos conhecimentos empreendedores. Os questionários, aplicados antes e depois das intervenções pedagógicas, tinham como objetivo identificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o termo “empreendedorismo” e avaliar a eficácia das atividades. A análise dos resultados iniciais foi fundamental para definir as necessidades de intervenção. O processo de pesquisa seguiu uma abordagem sistemática, incluindo a definição da problemática e dos objetivos do estudo, o planejamento das atividades, a construção da sequência das aulas e a preparação dos materiais. Essa metodologia demonstra uma abordagem qualitativa para a pesquisa em educação, combinando a observação direta com a coleta de dados através de questionários, com o objetivo de avaliar o impacto das intervenções pedagógicas.

2. Análise dos Questionários Iniciais e Necessidades de Intervenção

A análise dos questionários iniciais revelou que os alunos possuíam poucos conhecimentos sobre empreendedorismo. 100% da turma respondeu não conhecer o termo, e apenas 95% conseguiram identificar uma pessoa empreendedora em seu meio social, com justificativas superficiais como “por ser bonita” ou “ela ajuda a fazer as tarefas”. A análise da identificação das características de uma pessoa empreendedora revelou que a maioria dos alunos considerou características como “ter ideias”, “escutar os outros”, “trabalhar em equipa”, “estar bem disposto” e “usar a imaginação”. Menos frequentes foram outras características. Essa análise dos conhecimentos prévios foi crucial para direcionar as intervenções pedagógicas, permitindo ajustar as atividades às necessidades reais dos alunos. O levantamento dos conhecimentos prévios através de questionários foi uma etapa fundamental na metodologia da pesquisa, permitindo a adaptação das atividades às necessidades específicas da turma e fornecendo subsídios para a avaliação da eficácia das intervenções. A pesquisa demonstra a importância da avaliação diagnóstica para planejar as atividades de forma mais eficaz.

3. Resultados da Pesquisa e Conclusões

As respostas obtidas através dos questionários foram consistentes. Os alunos revelaram possuir poucos conhecimentos sobre empreendedorismo. A pesquisa utilizou métodos como a observação participante e questionários para avaliar o impacto das intervenções pedagógicas, buscando compreender a evolução dos alunos em relação ao conceito de empreendedorismo. A análise dos dados permitiu avaliar a adesão e interesse às atividades implementadas e o progresso dos alunos em relação aos conhecimentos empreendedores. A metodologia de professora-investigadora permitiu uma observação mais aprofundada, integrando a teoria e a prática na pesquisa. Os resultados permitiram a avaliação da eficácia das atividades e a identificação de pontos a serem melhorados em futuras intervenções. A pesquisa em educação utiliza métodos variados, e a combinação de observação participante e questionários permitiu uma avaliação mais completa. A análise dos dados demonstra a necessidade de metodologias de ensino adequadas para abordar o tema de forma mais efetiva.

VII.Reflexões Finais e Conclusões

O estágio foi considerado enriquecedor, proporcionando aprendizagens significativas tanto a nível pessoal quanto profissional. A experiência permitiu ao estagiário desenvolver habilidades didáticas, lidar com situações imprevistas e melhorar a planificação didática. A observação foi crucial para adaptar as atividades às necessidades dos alunos, e a colaboração com a professora titular foi fundamental para o sucesso do estágio. A pesquisa destacou a importância da educação para o empreendedorismo no desenvolvimento de crianças, evidenciando a necessidade de abordar o tema de forma contínua no contexto educativo.

1. Experiência Enriquecedora do Estágio

A experiência de estágio é descrita como enriquecedora e gratificante para a formação pessoal e profissional da autora. Ela destaca a aquisição de conhecimentos significativos para sua formação como futura professora/educadora, além de aprendizagens que expandiram sua bagagem de conhecimentos. A autora enfatiza a importância do desenvolvimento constante do conhecimento profissional e a crescente familiaridade com os temas abordados ao longo do estágio. A comparação entre as duas fases do estágio (PES I e PES II) destaca o aumento do rigor científico exigido na segunda fase, enfatizando a diferença entre a abordagem no pré-escolar e no 1º ano do ensino básico. A autora reconhece o desafio inicial na elaboração das planificações didáticas, mas destaca a evolução e o aumento de velocidade e precisão no processo ao longo do tempo. A experiência prática e a oportunidade de aprender com educadoras e professoras experientes são ressaltadas como fatores cruciais de aprendizado.

2. Importância da Observação e Planificação

A autora destaca a importância da observação como método de aprendizagem e ferramenta auxiliar para a elaboração das planificações didáticas. A observação do grupo, antes das semanas de intervenção, é referida como um contributo valioso para o conhecimento das crianças, de suas características, interesses e dificuldades, além do conhecimento da metodologia e dinâmica da sala de aula. Esse processo facilitou a integração da estagiária no contexto educativo e foi essencial para a seleção das atividades nas planificações. A autora relata as dificuldades iniciais na elaboração das planificações, mas destaca uma evolução significativa ao longo do estágio, tanto na escrita quanto na correção científica. A prática de elaborar planificações semanalmente, para três dias e duas semanas completas, foi fundamental para esse desenvolvimento. A autora ressalta a importância da observação não só para conhecer o contexto, mas também para ajustar as atividades às necessidades do grupo.

3. Pontos a Melhorar e Conclusões Finais

Apesar da experiência positiva, a autora identifica alguns pontos a melhorar em suas intervenções, como o controlo do grupo e o tom de voz nas primeiras sessões do estágio, além de uma necessidade de aprofundar seus conhecimentos gerais e científicos. Ela descreve estratégias para solucionar essas dificuldades, como o estudo prévio das matérias em que sentia mais insegurança. A autora conclui que o estágio foi uma experiência enriquecedora, proporcionando-lhe aprendizagens significativas que expandiram seus conhecimentos científicos, gerais e profissionais. Ela destaca a aquisição de saberes para lidar com comportamentos infantis, resolver situações imprevistas e comunicar de forma clara e adequada ao grupo. A autora enfatiza a importância da partilha de ideias e experiências para o crescimento profissional e a observação como método fundamental para adquirir competências e conhecimentos a serem aplicados na prática docente, finalizando com uma afirmação sobre sua satisfação com a escolha profissional e o esforço dedicado à sua formação.