
Modelagem Ágil: Aprendizado em Projetos
Informações do documento
Autor | Manoel Pimentel Medeiros |
Empresa | Fratech Tecnologia |
Local | São Paulo |
Tipo de documento | Artigo/Material de Treinamento |
Idioma | Portuguese |
Formato | |
Tamanho | 1.09 MB |
Resumo
I.Modelagem Ágil para Aprendizado em Desenvolvimento de Software
Este documento explora a Modelagem Ágil como ferramenta para aprimorar o aprendizado em projetos de desenvolvimento de software. O foco principal é em como técnicas ágeis, como o Scrum, podem facilitar a compreensão de escopos complexos e acelerar o desenvolvimento. São apresentadas propostas práticas para melhorar a aprendizagem, utilizando modelos incrementais e iterativos, baseados em baby steps, e integrando conceitos de Lean Thinking. O documento destaca a importância de modelos compreensíveis, precisos e consistentes, que eliminem o desperdício e promovam a comunicação eficaz dentro da equipe. Técnicas como M3 (Mind Map Modeling) e UML em Cores são sugeridas como ferramentas para facilitar a modelagem de software ágil. A eficácia da Modelagem Ágil é medida por critérios de sucesso específicos para cada sprint, considerando o público-alvo e as metas do projeto.
1. Introdução Modelagem Ágil e Aprendizado em Desenvolvimento de Software
O documento inicia com a apresentação do autor, Manoel Pimentel Medeiros, um engenheiro de software com vasta experiência em TI e especialista em metodologias ágeis. Ele destaca a importância da modelagem ágil para melhorar o aprendizado em projetos de desenvolvimento de software. A introdução estabelece o objetivo central do documento: propor métodos factíveis para facilitar e alavancar o aprendizado através da modelagem ágil, abordando as dificuldades no entendimento de escopos complexos. A ideia principal é usar a modelagem como uma ferramenta para aprendizagem, e não apenas como um artefato final do projeto. O foco está na criação de soluções tecnológicas baseadas em uma compreensão profunda do negócio, utilizando o processo de modelagem como um meio para esse aprendizado, impactando diretamente a memória de curto prazo (MCP) e a memória de longo prazo (MLP) do time de desenvolvimento. O documento busca melhorar a aprendizagem através de um aprendizado seletivo baseado em sentidos e um aprendizado cognitivo baseado em práticas.
2. Proposta Ágil Baby Steps e Sprints
A proposta ágil apresentada se baseia no conceito de 'baby steps', ou pequenos passos, para evolução do aprendizado. A abordagem utiliza sprints (com duração de 2 a 4 semanas) como unidades de trabalho iterativas e incrementais. Cada sprint inclui planejamento, modelagem, desenvolvimento e testes, gerando incrementos de software funcionais. O documento descreve uma estrutura de projeto com múltiplos sprints, incluindo um sprint inicial (Sprint 0) focado em planejamento e desenho de alta-nível da arquitetura, e sprints subsequentes (Sprint 1, 2, 3 e 4) com foco na modelagem incremental e desenvolvimento. A metodologia visa entregar valor de forma gradual, permitindo ajustes e aprendizados ao longo do processo. A iteração contínua é chave para absorver o conhecimento e construir um produto de melhor qualidade. A ideia de um 'Pregame', antes da etapa 'Game' (Sprints), reforça a importância do planejamento prévio para o sucesso de cada iteração.
3. Modelagem de Software Ágil Conceitos e Características
Esta seção define a modelagem ágil, enfatizando que ela é uma atitude, e não um processo prescritivo ou uma metodologia completa. É apresentada como um conjunto de técnicas e práticas que auxiliam na comunicação e no desenvolvimento iterativo. Os modelos ágeis devem ser práticos, compreensíveis, suficientemente precisos e consistentes, atendendo ao seu propósito com o mínimo de detalhes necessários. Os princípios fundamentais se baseiam no Lean Thinking, com foco na eliminação de desperdícios (Eliminate Waste), na criação de conhecimento (Create Knowledge) e na construção de qualidade (Build Quality In). As características dos modelos ágeis são ressaltadas: rapidez, portabilidade, capacidade de combinação com modelos mais complexos, promoção do desenvolvimento iterativo e incremental, priorização da comunicação, baixo custo, flexibilidade e não-ameaçadora para os usuários. O uso de ferramentas simples e inclusivas é enfatizado.
4. Técnicas de Modelagem M3 e UML em Cores
Duas abordagens de modelagem são apresentadas: M3 (Mind Map Modeling), utilizando mapas mentais como ferramenta para a criação de modelos, e UML em Cores, uma variante da UML que introduz cores para adicionar significado semântico ao modelo. A UML em cores, com origem na FDD (Feature Driven Development) e baseada em DNC (Domain Neutral Component), facilita a compreensão e diminui a variação no processo de modelagem. São apresentados quatro arquétipos para a UML em cores: Momento-Intervalo, Papel, Pessoa e Lugar-Coisa. O uso destas técnicas ajuda na modelagem ágil, fornecendo ferramentas visuais e intuitivas para comunicar ideias e estruturar o pensamento, especialmente em projetos que utilizam a metodologia Scrum. A ideia é tornar o processo de modelagem mais leve e adaptável às mudanças, facilitando a comunicação e o entendimento do projeto.
5. Documentação e Critérios de Sucesso
A seção final aborda a importância da documentação, questionando quando e por que documentar. A ideia central é que a documentação só deve ser realizada quando houver um motivo claro e importante, como por exemplo, para atender a pedidos de clientes, definir modelos de contrato, apoiar a comunicação com grupos externos, auxiliar no raciocínio ou suportar uma decisão de negócio. A criação de modelos permanentes deve ser justificada e criteriosa. A seção também menciona critérios de sucesso, público-alvo e a integração de testes como fatores cruciais para a avaliação do progresso em cada sprint. A utilização de ferramentas como M3 e UML em cores contribui para a criação de documentação concisa e facilmente compreensível. O documento cita como referência o site www.agilemodeling.com.
II.O que é Modelagem Ágil
A Modelagem Ágil é apresentada como uma atitude, e não um processo prescritivo rígido. Ela não é uma metodologia completa em si, mas sim um conjunto de práticas que se encaixam perfeitamente em frameworks ágeis como Scrum. Sua principal vantagem é a criação de modelos rápidos, portáteis, baratos e flexíveis que priorizam a comunicação e o desenvolvimento iterativo e incremental. A Modelagem Ágil é inclusiva e não ameaçadora para os usuários.
1. Modelagem Ágil Uma Abordagem Pragmática
O documento define modelagem ágil como uma atitude, e não um processo prescritivo ou uma metodologia completa por si só. É enfatizada a sua natureza prática e flexível, contrastando com abordagens mais rígidas e formais. A modelagem ágil é apresentada como um conjunto de técnicas e práticas que se integram bem com metodologias ágeis como o Scrum, priorizando a comunicação e a colaboração entre os membros da equipe. A ênfase está na criação de modelos que sejam compreensíveis, precisos o suficiente para o propósito, consistentes e com o nível de detalhe necessário, evitando o desperdício de tempo e esforço em detalhes desnecessários. Este enfoque pragmático permite a adaptação às mudanças e a entrega de valor de forma incremental, característica fundamental do desenvolvimento ágil.
2. O que a Modelagem Ágil NÃO É
O documento esclarece explicitamente o que a modelagem ágil não é. Em primeiro lugar, não se trata de uma metodologia completa em si mesma. Não substitui frameworks ágeis como o Scrum, mas atua como um conjunto de práticas complementares que otimizam o processo de desenvolvimento. A modelagem ágil não busca criar modelos excessivamente complexos ou detalhados, mas sim modelos que sejam eficazes na comunicação e na compreensão do problema e da solução. O objetivo é evitar o desperdício de tempo e recursos em modelos desnecessários ou excessivamente detalhados. A simplicidade e a clareza são fundamentais para garantir a comunicação eficaz dentro do time e com as partes interessadas no projeto. A ênfase está na utilização prática dos modelos para melhorar a colaboração e facilitar a tomada de decisões.
3. Características e Princípios dos Modelos Ágeis
Os modelos ágeis são descritos como ferramentas que cumprem seu propósito de forma eficiente. São compreensíveis, suficientemente precisos e consistentes, e possuem o nível de detalhe necessário para facilitar a comunicação e a compreensão do sistema. Seus princípios são alinhados com o Lean Thinking, buscando eliminar o desperdício, criar conhecimento e construir qualidade. As características de modelos ágeis incluem rapidez e facilidade de uso, portabilidade, possibilidade de combinação com métodos mais complexos, promoção do desenvolvimento iterativo e incremental, priorização da comunicação, baixo custo, flexibilidade e ausência de caráter ameaçador para os usuários. O uso de ferramentas simples e inclusivas é fundamental para o sucesso da modelagem ágil. A simplicidade e a flexibilidade são fatores chave para garantir a eficácia desta abordagem, principalmente em ambientes de desenvolvimento ágil.
III.Princípios e Aplicações da Modelagem Ágil
Os princípios da Modelagem Ágil são baseados em Lean Thinking: eliminar o desperdício (Eliminate Waste), criar conhecimento (Create Knowledge) e construir qualidade (Build Quality In). Os modelos ágeis devem ser rápidos de usar, portáteis, combináveis com métodos mais complexos, e devem priorizar a comunicação no projeto. São também baratos e flexíveis, evitando intimidação aos usuários. Ferramentas simples e inclusivas são essenciais para o sucesso da abordagem.
1. Princípios da Modelagem Ágil Baseados em Lean Thinking
A modelagem ágil se fundamenta nos princípios do Lean Thinking, buscando a eficiência e a eliminação de desperdícios. Três princípios principais são destacados: 'Elimine o Desperdício' (Eliminate Waste), 'Crie Conhecimento' (Create Knowledge) e 'Produza com Qualidade' (Build Quality In). Esses princípios orientam a criação de modelos ágeis que sejam concisos, eficazes e que contribuam para a compreensão clara do projeto, sem gerar documentação desnecessária. A aplicação desses princípios busca otimizar o processo de desenvolvimento, reduzindo esforços desnecessários e direcionando os recursos para as atividades que geram maior valor. A priorização da criação de conhecimento e a construção de qualidade desde o início são cruciais para a obtenção de resultados positivos. A eficiência e o foco na entrega de valor são o cerne da aplicação desses princípios no contexto da modelagem ágil.
2. Aplicações e Características dos Modelos Ágeis
A aplicação da modelagem ágil se caracteriza pela utilização de modelos rápidos e práticos. Os modelos são portáteis, podendo ser usados em diferentes contextos e em combinação com outras abordagens mais complexas. Eles promovem um desenvolvimento iterativo e incremental, permitindo ajustes e aprendizados contínuos ao longo do projeto. A comunicação eficaz é priorizada, sendo os modelos ferramentas importantes para a troca de informações entre os membros da equipe e com as partes interessadas. Os modelos ágeis são baratos e flexíveis, se adaptando às mudanças e necessidades do projeto, e não representam uma ameaça para os usuários, sendo inclusivos e acessíveis. Essa abordagem facilita a colaboração e a tomada de decisões, contribuindo para o sucesso do projeto. A simplicidade e a clareza na comunicação são fatores cruciais para o sucesso da aplicação da modelagem ágil.
3. Ferramentas Simples e Inclusivas
O documento enfatiza o uso de ferramentas simples e inclusivas para facilitar a modelagem ágil. Essa simplicidade visa garantir a acessibilidade e a facilidade de uso, permitindo que todos os membros da equipe, independentemente de seu nível de experiência, possam contribuir e entender os modelos. A inclusão é fundamental para garantir a participação ativa de todos os stakeholders no processo de desenvolvimento. A escolha de ferramentas adequadas e acessíveis contribui para a eficácia da modelagem ágil, promovendo a colaboração e a comunicação. Ferramentas visuais, como mapas mentais e UML em cores, são exemplos de abordagens que se encaixam nesse conceito de simplicidade e inclusão, permitindo uma rápida compreensão dos modelos, mesmo por pessoas sem formação específica em modelagem. A simplicidade facilita a adaptação às mudanças inerentes aos projetos ágeis.
IV.Técnicas de Modelagem M3 e UML em Cores
O documento apresenta duas técnicas específicas: M3 (Mind Map Modeling), que utiliza mapas mentais para a modelagem, e UML em Cores, uma abordagem que adiciona significado semântico aos modelos UML, simplificando a modelagem e diminuindo a variação no processo. A utilização de cores na UML em cores, oriunda da FDD (Feature Driven Development) e baseada na DNC (Domain Neutral Component), contribui para uma melhor compreensão dos modelos.
1. M3 Mind Map Modeling Uma Abordagem Visual para Modelagem Ágil
O documento apresenta o M3 (Mind Map Modeling) como uma técnica de modelagem ágil que utiliza mapas mentais para representar informações e estruturar o pensamento. Essa abordagem visual facilita a compreensão de conceitos complexos e a comunicação dentro da equipe. A simplicidade e a flexibilidade dos mapas mentais os tornam ferramentas adequadas para a modelagem ágil, permitindo a rápida criação e adaptação de modelos conforme as necessidades do projeto. A utilização de mapas mentais no contexto da modelagem ágil permite uma visão geral do projeto, facilita a identificação de relações entre diferentes partes e promove a colaboração entre os membros da equipe na construção do modelo. A natureza visual e intuitiva do M3 o torna acessível a diferentes perfis de usuários, facilitando a inclusão e a compreensão por parte de todos os envolvidos no projeto. O uso do M3 em conjunto com outras técnicas, como a UML em cores, pode complementar a modelagem ágil.
2. UML em Cores Adicionando Semântica à Modelagem UML
A UML em cores é apresentada como uma técnica que adiciona um fator semântico à notação UML padrão, utilizando cores para codificar informações e facilitar a compreensão dos modelos. Oriunda da FDD (Feature Driven Development) e baseada na DNC (Domain Neutral Component), essa abordagem visa reduzir a variação no processo de modelagem, tornando-o mais consistente e menos dependente de interpretações individuais. A utilização de cores como elemento semântico permite uma leitura mais rápida e intuitiva dos diagramas UML, facilitando a comunicação e o entendimento do modelo por todos os membros da equipe. São apresentados quatro arquétipos para a utilização de cores na UML: Momento-Intervalo, Papel, Pessoa e Lugar-Coisa. Essa técnica, combinada com a modelagem ágil, possibilita a criação de modelos mais claros, concisos e fáceis de entender, contribuindo para uma colaboração mais eficaz durante todo o ciclo de desenvolvimento do software.
V.Documentação e Modelos Permanentes
A questão da documentação em Modelagem Ágil é abordada, enfatizando que a decisão de tornar um modelo permanente deve ter um motivo claro e importante, relacionado com as necessidades do cliente, contratos, comunicação externa, raciocínio, ou decisões de negócios. O objetivo é evitar documentação desnecessária e focar apenas no que agrega valor.
1. A Necessidade de Documentação em Modelagem Ágil
A seção sobre documentação em modelagem ágil questiona a necessidade de documentar e quando isso é realmente crucial. A abordagem não defende a ausência total de documentação, mas sim a sua aplicação criteriosa, evitando o desperdício de tempo e esforço em documentos desnecessários. A ideia central é documentar apenas quando houver uma justificativa clara e relevante, alinhada com os princípios ágeis de eficiência e valor. A documentação excessiva é vista como um desperdício de recursos, contrariando o princípio Lean de eliminar o desperdício. O foco é na criação de modelos que sejam autoexplicativos e que facilitem a comunicação, minimizando a necessidade de documentação extensa.
2. Justificativas para a Documentação e Modelos Permanentes
O documento lista diferentes razões que justificam a criação de documentação e, consequentemente, a permanência de um modelo. Entre elas, estão: atender a pedidos específicos de clientes; definir formalmente um modelo de contrato; facilitar a comunicação com grupos externos; apoiar o raciocínio e a organização do pensamento da equipe; e servir como base para decisões de negócios cruciais. A decisão de tornar um modelo permanente deve ser consciente e estratégica, não sendo uma prática padrão. A ênfase continua sendo na simplicidade e na eficiência, evitando a criação de documentação desnecessária que possa se tornar obsoleta rapidamente. Somente modelos que garantam um retorno claro em termos de comunicação, compreensão e apoio às decisões devem ser considerados para um status de 'permanente'.
Referência do documento
- Agile Modeling
- Comunidade Visão Ágil