Os marcadores discursivos sabe e entende? na fala de informantes do município de Chapecó

Marcadores Discursivos: 'Sabe?' e 'Entende?'

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Idioma Portuguese
Formato | PDF
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Resumo

I.Objetivos e Metodologia da Pesquisa sobre Marcadores Discursivos

Esta dissertação analisa os contextos de uso dos marcadores discursivos (MDs)sabe? e entende? na fala de informantes monolíngues em português de Chapecó, Santa Catarina. A pesquisa utiliza dados do Banco de Dados VARSUL e do Projeto “Variação e Mudança no Português do Oeste de Santa Catarina”, com uma amostra de 36 entrevistas estratificadas por idade, sexo e escolaridade. A análise teórica baseia-se no sociofuncionalismo, investigando o processo de gramaticalização desses MDs, considerando estudos prévios sobre a mudança semântica e categorial de saber e entender em português brasileiro. O estudo busca contribuir para a descrição desse fenômeno discursivo e verificar se se trata de um processo de variação e/ou mudança linguística na comunidade chapecoense.

1. Enfoque da Pesquisa e Objetivo Principal

O estudo se concentra na análise e descrição dos contextos de uso dos marcadores discursivos (MDs) 'sabe?' e 'entende?' em amostras de fala de informantes monolíngues de português do município de Chapecó, Santa Catarina. O objetivo principal é investigar como e onde esses MDs são empregados na fala dessa comunidade específica. A pesquisa busca detalhar os contextos linguísticos e extralinguísticos que influenciam a escolha e o uso desses marcadores discursivos. A investigação é crucial para compreender a dinâmica da variação e mudança linguística em português brasileiro. A cidade de Chapecó, em Santa Catarina, foi selecionada como local de estudo, representando uma amostra específica para a análise dos MDs.

2. Fontes de Dados e Coleta de Dados

Os dados linguísticos utilizados provêm de duas fontes principais: o Banco de Dados VARSUL (Variação Linguística na Região Sul do Brasil) e o Projeto “Variação e Mudança no Português do Oeste de Santa Catarina”. A combinação dessas bases de dados amplia o alcance e a riqueza da amostra. A amostra final compreende 36 entrevistas sociolinguísticas. Um aspecto fundamental da metodologia é a estratificação dessa amostra com base em três fatores sociais cruciais: idade, sexo e escolaridade dos participantes. Essa estratificação permite uma análise mais precisa da influência de fatores sociais na variação do uso dos MDs em estudo. A metodologia busca garantir a representatividade da amostra em relação às características sociodemográficas da população de Chapecó.

3. Fundamentação Teórica Sociofuncionalismo e Gramaticalização

A pesquisa se baseia na interface do sociofuncionalismo, integrando pressupostos da Teoria da Variação e Mudança Linguística e do Funcionalismo Linguístico. O estudo se concentra no processo de gramaticalização, uma mudança linguística pela qual itens lexicais assumem funções gramaticais. Autores como Naro, Tavares, Görski, e outros, que trabalham com o sociofuncionalismo, fornecem a base teórica para a análise. A trajetória de mudança semântica e categorial dos verbos ‘saber’ e ‘entender’, a sua evolução para o status de MDs, é central, com referência a estudos anteriores em português brasileiro (Martelotta e Leitão, Valle, Martelotta, Görski e Valle). A abordagem teórico-metodológica integra as contribuições de Heine, Claudi, Hünnemeyer, Traugott, Hopper, e Bybee, entre outros, que elucidam o processo de gramaticalização. O objetivo é analisar a gramaticalização dos MDs na fala dos participantes de Chapecó, sem um comprometimento diacrônico, mas focado na evolução semântica e categorial dos itens.

II.Revisão da Literatura sobre Marcadores Discursivos

A pesquisa revisou estudos sobre marcadores discursivos (MDs), incluindo trabalhos sobre you know (inglês), e análises de sabe? e entendeu? em português brasileiro. Autores como Schiffrin (1987), Silva e Macedo (1996), Martelotta e Leitão (1996), Martelotta (2004), e Valle (2001) foram consultados, assim como Risso et al. (2006) e Marcuschi (1989) sobre a classificação dos MDs (Marcadores Conversacionais, Requisitos de Apoio Discursivo, etc.). O estudo considera as diferentes denominações e classificações dos MDs na literatura e busca contribuir com uma análise variacionista específica para sabe? e entende? em Chapecó.

1. Abordagem de Estudos Prévios sobre Marcadores Discursivos

Esta seção da dissertação apresenta uma revisão da literatura científica sobre marcadores discursivos (MDs), focando em pesquisas relevantes para o estudo dos MDs 'sabe?' e 'entende?' em português brasileiro. A revisão inclui trabalhos que investigaram formas similares em outras línguas, como o estudo de Schiffrin (1987) sobre 'you know' em inglês, fornecendo um contexto comparativo. Diversos estudos em português brasileiro sobre 'sabe?' e 'entendeu?' são analisados, destacando-se as contribuições de Silva e Macedo (1996), Martelotta e Leitão (1996), Martelotta (2004) e Valle (2001). A revisão demonstra a existência de diferentes nomenclaturas e classificações para os MDs na literatura especializada, como 'Marcadores Discursivos' (Risso et al., 2006), 'Marcadores Conversacionais' (Marcuschi, 1989), 'Requisitos de Apoio Discursivo' (Silva e Macedo, 1996; Valle, 2001; Görski e Valle, 2013), e 'Buscas de Aprovação Discursiva' (BADs) (Settekorn, apud Urbano). Essa variedade terminológica demonstra a complexidade e a multiplicidade de abordagens no estudo dos MDs, contextualizando a presente pesquisa dentro desse campo de estudos.

2. Classificação e Nomenclatura dos Marcadores Discursivos

A revisão bibliográfica evidencia a diversidade de classificações e nomenclaturas utilizadas para os MDs na literatura. A pesquisa discute as diferentes perspectivas teóricas sobre a categorização e a função dos MDs. A classificação mais genérica de 'Marcadores Discursivos' é contrastada com outras propostas mais específicas, como 'Marcadores Conversacionais', 'Requisitos de Apoio Discursivo' (RADs), e 'Buscas de Aprovação Discursiva' (BADs). A análise das diferentes terminologias - como a utilizada por Risso et al. (2006), Marcuschi (1989), Silva e Macedo (1996), Valle (2001), e Görski e Valle (2013) - permite contextualizar a escolha metodológica da presente pesquisa e justificar a opção pela análise dos MDs 'sabe?' e 'entende?' sob a ótica do sociofuncionalismo. A revisão demonstra que a classificação e nomenclatura dos MDs são temas de discussão contínua na área, destacando a complexidade da análise desse fenômeno linguístico.

3. Lacunas na Pesquisa Variacionista em Chapecó e Relevância do Estudo

Esta parte da revisão justifica a realização da pesquisa em Chapecó, Santa Catarina, destacando a escassez de trabalhos variacionistas com dados linguísticos dessa região. Apesar de existir um acervo de dados linguísticos de Chapecó no VARSUL e o ineditismo da amostra do Projeto “Variação e Mudança no Português do Oeste de Santa Catarina”, o número de pesquisas de natureza variacionista na região é limitado, como exemplificado por algumas dissertações de mestrado (Dal Mago, 2001; Martins, 2003) e uma tese de doutorado (Rost Snichelotto, 2009). A pesquisa justifica-se, portanto, pela contribuição original ao conhecimento da variação linguística local, principalmente considerando a amostra do Projeto VMPOSC, que inclui entrevistas sociolinguísticas inéditas com crianças, jovens e adultos de diferentes níveis de escolaridade (Rost Snichelotto, 2012). O estudo preenche, dessa forma, uma lacuna na pesquisa sociolinguística da região, adicionando dados originais sobre os MDs 'sabe?' e 'entende?'.

III.Análise dos Fatores Linguísticos e Sociais no Uso de Sabe e Entende

A análise investiga os fatores linguísticos (posição no turno, sequências discursivas – narrativa, descritiva e dissertativa, feedbacks, coocorrência com outros MDs e conectores) e sociais (idade, escolaridade, sexo/gênero do informante e dos pares conversacionais) que condicionam o uso de sabe? e entende. O programa estatístico GoldVarb X foi utilizado na análise dos dados do VARSUL (com ajustes devido à alta produtividade de um informante). A amostra do Projeto VMPOSC, com entrevistas de crianças e adultos com escolaridade superior, também foi considerada, embora ainda em fase de coleta completa. A análise explora a variação entre os MDs e seu nível de gramaticalização, com sabe? apresentando-se mais abstrato e entende? mantendo mais traços verbais.

1. Fatores Linguísticos Condicionando o Uso de Sabe e Entende

Esta seção analisa os fatores linguísticos que influenciam o uso dos marcadores discursivos (MDs) 'sabe?' e 'entende?' em entrevistas com falantes de Chapecó. A análise considera a apresentação formal dos MDs, sua posição no turno conversacional (se inicial, medial ou final), as sequências discursivas em que aparecem (narrativas, descritivas e dissertativas), e os contextos discursivos mais amplos. Outros aspectos linguísticos considerados são a presença de feedbacks do ouvinte, a coocorrência com outros MDs, e a presença de conectores. A hipótese é que esses fatores linguísticos, isoladamente ou em conjunto, influenciam a escolha entre 'sabe?' e 'entende?' e a sua frequência de uso. A análise busca identificar padrões de uso que reflitam a funcionalidade desses MDs no contexto da conversa, considerando sua contribuição à coesão e à interação discursiva. A análise detalhada desses fatores contribui para uma compreensão mais completa da gramática em uso e da funcionalidade dos marcadores discursivos.

2. Fatores Sociais e Estilísticos na Variação dos MDs

A análise explora a influência de fatores sociais e estilísticos na variação do uso de 'sabe?' e 'entende?'. As variáveis sociais consideradas são idade, escolaridade e sexo/gênero do informante. Um aspecto importante é a consideração da influência estilística do sexo/gênero do entrevistador, particularmente na amostra do Projeto “Variação e Mudança no Português do Oeste de Santa Catarina”. A hipótese central é que esses fatores extralinguísticos podem estar condicionando a frequência e a escolha entre os dois MDs. A pesquisa busca verificar se há correlação entre esses fatores sociais e o uso diferenciado de 'sabe?' e 'entende?', considerando a possibilidade de variação estilística entre os diferentes grupos sociais e também no contexto da interação entre entrevistador e entrevistado. A relação entre esses fatores e a variação linguística é analisada para buscar regularidades no uso dos MDs.

3. Tratamento dos Dados e Análise Estatística

O tratamento dos dados utilizou o programa estatístico GoldVarb X, aplicado à amostra do VARSUL. A amostra do projeto VMPOSC, ainda em fase de coleta, teve um número menor de entrevistas analisadas. Na análise dos dados do VARSUL, inicialmente foram contabilizadas 259 ocorrências (140 de 'sabe?' e 119 de 'entende?'). No entanto, devido à alta produtividade de um informante, a amostra foi ajustada para 135 ocorrências (115 de 'sabe?' e 20 de 'entende?'), excluindo-se o informante com alta frequência. O MD 'sabe?', por ser mais frequente, foi tomado como referência para a análise estatística. A análise estatística considerou valores percentuais, nocautes (variáveis que não apresentaram variação significativa) e pesos relativos para identificar a influência dos fatores linguísticos e sociais no uso dos MDs, com o objetivo de projetar o uso destes MDs na fala dos chapecoenses. Foram realizadas rodadas cruzadas de análise para identificar interferências entre as variáveis.

IV.Resultados e Discussão Contextos de Uso e Gramaticalização

Os resultados indicam que a posição medial é preferencial para ambos os MDs, com baixa frequência de feedbacks, sugerindo enfraquecimento da carga entonacional. Informantes mais velhos e escolarizados usam mais sabe? e entende. Sabe? é mais frequente e menos marcado que entende. A análise dos contextos de atuação discursiva (contraste, opinião, reformulação, etc.) revela que sabe? é mais sensível a contextos de contraste e reformulação, enquanto entende? é mais frequente em contextos de opinião. O estudo considera diferentes estágios de gramaticalização, com sabe? em estágio mais avançado que entende. A análise da amostra VARSUL/Chapecó totalizou 259 ocorrências (140 sabe? e 119 entende), após a exclusão de um informante com alta produtividade (mulher, nível fundamental II, 25-49 anos). A análise da pequena amostra do Projeto VMPOSC (11 ocorrências) indicou maior sensibilidade ao uso dos MDs entre informantes da faixa etária A com formação universitária, com predominância de sabe.

1. Resultados da Análise do VARSUL Frequência e Posição dos MDs

A análise da amostra VARSUL/Chapecó, após ajustes para eliminar um informante com alta produtividade (mulher, nível fundamental II, 25-49 anos), resultou em 135 ocorrências dos MDs 'sabe?' e 'entende?' (115 de 'sabe?' e 20 de 'entende?'). Os resultados indicam uma preferência pela posição medial dos MDs no turno conversacional, beneficiando a sustentação das falas. Observa-se também uma baixa frequência de feedbacks do ouvinte, sugerindo um progressivo enfraquecimento da carga entonacional desses marcadores. A frequência de outros MDs associados a 'sabe?' e 'entende?' é relativamente baixa, assim como a presença de conectores. Esses resultados apontam para um processo de gramaticalização, com 'sabe?' em estágio mais avançado do que 'entende?'. A análise dos pesos relativos mostra que 'sabe?' é mais sensível a contextos de contraste e reformulação, enquanto 'entende?' é mais frequente em contextos de opinião, confirmando parcialmente as hipóteses levantadas.

2. Contextos de Atuação Discursiva e o Continuum Interacional Textual

A análise dos contextos de atuação discursiva de 'sabe?' e 'entende?' revela que ambos atuam no domínio funcional da manutenção do contato discursivo, combinando propriedades interacionais e intratextuais, conforme proposto por Marcuschi (1989). Dependendo do contexto, podem predominar as nuanças interacionais (mantendo o contato com o ouvinte, checando a participação) ou textuais (demarcando partes relevantes do texto, contribuindo para a coesão). A pesquisa constata a multifuncionalidade dos MDs, com a possibilidade de sobreposição e interseção entre funções, como argumenta Martelotta (2004), devido a um domínio funcional comum, nos termos de Hopper (1991). A análise de pesos relativos reforça esse continuum contextual, mostrando que 'sabe?' é mais sensível a contextos de contraste (0,74) e 'entende?' a contextos de opinião (embora a reformulação inibe 'entende?'). Contextos causal/conclusivo e de especificação mostram maior variação entre os MDs.

3. Resultados da Amostra VMPOSC e Considerações sobre a Gramaticalização

A análise da amostra do Projeto VMPOSC, apesar do reduzido número de ocorrências (11, sendo 10 de 'sabe?' e 1 de 'entende?'), converge para os contextos inicialmente previstos. Observa-se maior sensibilidade ao uso dos MDs entre informantes mais jovens com formação universitária. Entre homens e mulheres, o sexo masculino apresentou variação em ambas as formas, sendo mais sensível ao uso dos marcadores. A comparação entre as amostras revela convergências em relação ao percurso de mudança semântica (sentidos ligados ao processamento mental), a origem em perguntas plenas que perdem sentido referencial e ganham função comunicativa, e a ausência de variação morfológica e acompanhamento pronominal. Considerando esses aspectos e o processo de gramaticalização, a pesquisa conclui que 'sabe?' está num estágio mais avançado de abstração que 'entende?', mantendo-se a hipótese inicial.

V.Conclusão e Sugestões para Pesquisas Futuras

A dissertação conclui que sabe? e entende? atuam na manutenção do contato discursivo, com sabe? mais textual e entende? mais interacional. O estudo sugere pesquisas futuras sobre a análise prosódica do contorno interrogativo, a realização fonética dos itens (considerando a perda de massa fônica), e a variável estilística entre os pares conversacionais nas entrevistas, aprofundando a análise sociofuncionalista e a compreensão dos processos de variação e mudança linguística envolvidos na gramaticalização destes marcadores discursivos.

1. Síntese dos Resultados Contextos de Uso e Gramaticalização de Sabe e Entende

A análise dos dados confirma a hipótese de que 'sabe?' e 'entende?' atuam na manutenção do contato discursivo, combinando aspectos interacionais e textuais. A posição medial nos turnos conversacionais é preferencial para ambos. A baixa frequência de feedbacks indica um enfraquecimento da carga entonacional, sugerindo um processo de gramaticalização. 'Sabe?' demonstra um estágio mais avançado de gramaticalização, sendo mais frequente e menos marcado que 'entende?'. A análise contextual revela maior sensibilidade de 'sabe?' para contextos de contraste e reformulação, enquanto 'entende?' é mais usado em contextos de opinião. A análise quantitativa, considerando as amostras VARSUL/Chapecó (após ajustes) e VMPOSC (com limitações devido à fase de coleta), confirma a predominância de 'sabe?' e aponta para diferenças no uso dos marcadores relacionadas à idade, escolaridade, e sexo/gênero dos informantes e pares conversacionais. A pesquisa identifica 'sabe?' como uma forma menos marcada e mais abstrata, enquanto 'entende?' mantém traços de seu uso original como verbo.

2. Discussão dos Resultados à Luz da Literatura e Hipóteses da Pesquisa

Os resultados obtidos são discutidos à luz de estudos prévios sobre marcadores discursivos, confrontando-os com as hipóteses levantadas na pesquisa. A análise confirma a estabilidade da forma dos MDs na fala chapecoense, com tendência à fixação na segunda pessoa do presente do indicativo, mas sem marcação morfológica de pessoa. A posição medial, a baixa frequência de feedbacks, e o número reduzido de outros MDs e conectores associados reforçam a proposta de um domínio funcional centrado na manutenção do contato discursivo. A análise contextual mostra um continuum entre as atuações interacionais e textuais dos MDs, confirmando sua multifuncionalidade. A comparação entre 'sabe?' e 'entende?' evidencia diferentes níveis de gramaticalização, com 'sabe?' mais abstrato e 'entende?' mantendo traços verbais, refletindo diferentes estágios no processo de mudança linguística. A fidelidade dos informantes a uma das formas ('sabe' na maioria dos casos), observada nos dados, corrobora a hipótese de Valle (2001) sobre a tendência à fixação de uma forma.

3. Sugestões para Pesquisas Futuras Aprofundamento da Análise

A conclusão aponta para a necessidade de aprofundamento da pesquisa em diversas áreas. A análise prosódica do contorno interrogativo dos MDs é crucial para verificar com maior precisão o enfraquecimento entonacional. Uma análise fonética detalhada da realização dos itens, considerando a possível perda de massa fônica (sugerida por Martelotta, 2004), também se apresenta como relevante. Por fim, um estudo mais aprofundado da variável estilística entre os pares conversacionais nas entrevistas poderia trazer importantes contribuições para a compreensão da dinâmica sociofuncional da linguagem. Essas sugestões visam a um maior aprofundamento da análise sociofuncionalista e uma compreensão mais completa dos processos de variação e mudança linguística na gramaticalização dos marcadores discursivos em estudo.