PLURALIDADE DE SABERES Volume V. Josiane Müller Luciane Cortiano Liotti Elaine Márcia Souza Rosa (organizadoras)

Pluralidade de Saberes: Volume V

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Autor

Josiane Müller

Tipo de documento Coletânea
city_where_document_was_published Chapecó
Idioma Portuguese
Formato | PDF
Tamanho 3.53 MB

Resumo

I.A Importância dos Jogos Afro Brasileiros na Educação Étnico Racial

Este estudo investiga a influência de jogos afro-brasileiros no ambiente escolar, buscando descrever como eles podem despertar interesse e combater o preconceito e a violência relacionados à diversidade racial. A pesquisa se baseia na Lei 10639/2003, que torna obrigatório o ensino da História da África e dos Africanos, e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais. O trabalho destaca a importância de reconhecer e valorizar a cultura afro-brasileira, incluindo exemplos como a canção 'Escravos de Jó' e o rap, para promover a inclusão e uma sociedade mais justa e democrática. A pesquisa também serve como um importante recurso para professores e profissionais da educação.

1. Descrição da Pesquisa e Objetivo

A pesquisa é classificada como descritiva, buscando descrever as características e comportamentos que os jogos afro-brasileiros podem despertar no âmbito escolar. O foco principal é a investigação teórica sobre a influência desses jogos na promoção da reflexão, reconhecimento e convivência com a diversidade humana racial nas escolas públicas. O trabalho pretende contribuir para a educação étnico-racial, oferecendo subsídios para profissionais da educação. Segundo Vergara (2004, p. 47), a pesquisa descritiva não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, mas serve de base para futuras explicações. Este trabalho, portanto, busca mapear e descrever a potencialidade dos jogos afro-brasileiros na promoção da inclusão e combate ao preconceito.

2. A Influência da Cultura Afro Brasileira na Sociedade

O texto destaca a profunda influência da cultura negra na formação da cultura brasileira, com exemplos como a canção 'Escravos de Jó', conhecida também em Gana, e o rap, que muitas vezes denuncia a opressão e marginalização da população negra. Abramowicz, Silvério e Oliveira (2006) reforçam a intensa contribuição dos negros na construção da cultura brasileira, frequentemente passando despercebida em nosso cotidiano. A pesquisa ressalta a importância de reconhecer e valorizar essa contribuição cultural, destacando sua presença marcante em diversos aspectos da vida brasileira, como na música e nas tradições populares. Essa valorização é fundamental para a construção de uma educação intercultural respeitosa e inclusiva.

3. A Lei 10639 2003 e as Diretrizes Curriculares Nacionais

As alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 9394/1996, promovidas pela Lei nº 10639/2003, estabeleceram a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos Africanos no currículo escolar. O Conselho Nacional de Educação aprovou as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (Parecer CNE/CP nº 3, de 10 de março de 2004), orientando a inclusão de conteúdos específicos e as necessárias modificações curriculares. A Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004, detalha os direitos e obrigações dos entes federados para a implementação da Lei 10639/2003. A pesquisa se ancora nesses documentos legais e normativos para fundamentar a importância da inclusão de jogos afro-brasileiros como estratégia pedagógica.

4. Políticas Públicas e a Necessidade de Mudanças Étnico Raciais

O sucesso das políticas públicas para reparação, reconhecimento e valorização da identidade, cultura e história dos negros brasileiros depende de condições favoráveis no ensino e aprendizagem, envolvendo aspectos físicos, materiais, intelectuais e afetivos. É fundamental que alunos negros e não negros, assim como professores, se sintam valorizados e apoiados. A pesquisa enfatiza a necessidade de uma reeducação das relações étnico-raciais, que envolva trabalho conjunto entre escolas, políticas públicas e movimentos sociais. As mudanças éticas, culturais, pedagógicas e políticas nas relações étnico-raciais não se limitam à escola (Brasil, 2004, p. 13). A inclusão de jogos afro-brasileiros é vista como parte desta transformação necessária.

5. Jogos Africanos e a Educação Física

A pesquisa destaca a importância dos jogos africanos nas aulas de Educação Física, alinhada à Lei 10639/2003 e ao Parecer 003/2004 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais. Apesar da importância desses jogos, o estudo aponta uma lacuna no cumprimento da lei nas instituições educacionais, especialmente no componente curricular de Educação Física. A pesquisa visa fornecer material para reflexão aos profissionais da educação sobre a importância do cumprimento da lei, o respeito à diversidade cultural e a utilização de metodologias diversificadas. A inclusão dos jogos afro-brasileiros é vista como uma forma de preencher essa lacuna e promover a diversidade cultural dentro da escola.

6. Exemplos de Jogos Afro Brasileiros Borboleta e Shisima

O texto apresenta dois exemplos de jogos: o jogo 'Borboleta' (conhecido como LauKataKati na Índia e Bangladesh), jogado com tampinhas, e o jogo 'Shisima', originário do Quênia. As regras de cada jogo são detalhadas, incluindo os materiais necessários e a duração estimada. A inclusão de jogos como estes, com origens diversas, é proposta como estratégia para enriquecer as práticas escolares e promover o conhecimento de outras culturas. A descrição desses jogos fornece exemplos práticos de como a cultura africana pode ser integrada ao currículo escolar, contribuindo para uma educação mais rica e inclusiva.

II.A Educação Inclusiva e o Direito à Infância

O texto defende a educação inclusiva na educação infantil, enfatizando o direito de todas as crianças, incluindo aquelas com necessidades educacionais especiais, a uma infância plena e de qualidade. Aborda a importância de uma formação adequada dos professores para lidar com as diferenças e promover o protagonismo infantil. A pesquisa destaca a necessidade de superar uma visão assistencialista e adotar uma abordagem centrada nas competências e potencialidades de cada criança, celebrando a diversidade e a beleza da infância. A escuta ativa das crianças e a construção de uma ética de trabalho baseada na celebração da infância são cruciais para uma escola mais inclusiva.

1. A Educação Inclusiva e a LDBEN

O texto discute a educação inclusiva na perspectiva da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96. O Capítulo V, dedicado à Educação Especial, estabelece a educação inclusiva como modalidade de ensino transversal, presente em todos os níveis, ciclos e modalidades de ensino. A lei garante o direito de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação a estarem matriculados preferencialmente na rede regular de ensino e no atendimento educacional especializado – AEE. A LDBEN representou um avanço, mas a discussão se estende para além do acesso (matrícula), exigindo a garantia de permanência e educação de qualidade para todos. Fernandes (2011, p. 124) destaca a necessidade de integração entre serviços educacionais especializados e regulares, demonstrando que a inclusão não pode ser dissociada da estrutura político-pedagógica geral. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008) reforça esse compromisso com um processo educativo justo e igualitário.

2. A Necessidade de Formação Docente para a Inclusão

Estudos de Girotto e Castro (2011), Souza (2013), Pereira e Matsukura (2013), David e Capellini (2014), Carvalho, Coelho e Tolocka (2016), e Souza e Ramella (2018) apontam para a escassez de um repertório teórico-prático sobre educação infantil inclusiva, refletindo na precária formação dos profissionais da área. A falta de formação adequada implica em maiores chances da infância ser negligenciada, afetando a qualidade do atendimento. O texto defende que a formação docente é crucial para garantir o direito da criança a viver sua infância com plenitude e qualidade dentro do contexto da escolarização infantil. A ênfase está na necessidade de produção de conhecimento e reflexões sobre a inclusão na educação infantil, especialmente sobre o direito das crianças com necessidades educacionais especiais.

3. A Educação Inclusiva e a História da Educação Especial

A trajetória da educação especial é marcada pela discriminação e segregação institucional, conforme relatado por Carmo (1991). Embora o Renascimento tenha trazido maior valorização do homem, pessoas com deficiência ainda eram discriminadas. A institucionalização ou segregação institucional que marcou o final do século XVIII e início do século XIX, segundo Carmo (1991), caracterizou-se por atendimento em instituições assistenciais e filantrópicas, sem foco pedagógico. A educação inclusiva, por sua vez, busca romper com esse paradigma, valorizando as diferenças individuais e oportunizando a aprendizagem conjunta. O texto demonstra a evolução histórica do tratamento de indivíduos com deficiência e posiciona a educação inclusiva como uma mudança paradigmática necessária.

4. A Dimensão Estética da Inclusão e o Protagonismo Infantil

O texto destaca a importância de resgatar uma dimensão estética na perspectiva da inclusão, celebrando a potência e a beleza da infância, como proposto por Ostetto (2011). A proposta é que o docente perceba as competências e potencialidades das crianças, suas formas diferenciadas de brincadeiras, participação, comunicação, interação e expressão, reconhecendo que a aprendizagem pode ocorrer para além do que é considerado normativo. A inclusão deve reconhecer, valorizar e promover o protagonismo das crianças, público-alvo da educação especial. Almeida Júnior (2019) reforça que o objetivo não é o reforço da deficiência, mas uma educação centrada nas competências do sujeito, celebrando conquistas e avanços. A escuta das crianças e a valorização de suas diversas formas de comunicação e expressão são elementos fundamentais para uma pedagogia inclusiva.

5. A Escuta Infantil e a Construção de uma Ética de Trabalho

Uma pedagogia da infância eficaz requer a escuta atenta das crianças e suas demandas reais, compreendendo que esta escuta é fundamental na profissionalização docente. Agostinho (2014) destaca a importância da participação das crianças, que muitas vezes permanece apenas como discurso, representando um desafio a ser enfrentado. As crianças possuem opiniões, ideias, vivências e sentimentos a compartilhar, e ouvi-las é reconhecer seu protagonismo e promover sua participação ativa no processo educativo. Agostinho (2014) ressalta a necessidade de diálogo, sensibilidade e conhecimento para acolher as diferentes formas de comunicação infantil, promovendo um clima de receptividade e compartilhamento. A inclusão demanda a implementação constante deste aspecto político na educação infantil.

6. A Inclusão como um Percurso e a Ética Profissional

A inclusão educacional é apresentada como um percurso que requer planejamento cuidadoso, partindo da premissa de que todas as crianças têm direito a uma infância transformadora, positiva e afetiva. A criança deve ter espaço para escuta, construção e compartilhamento de seus saberes. Martins, Albres e Souza (2015) argumentam que a finalização de um texto abre novos diálogos, e o texto convida a mais estudos e produções sobre a educação infantil inclusiva. O texto finaliza enfatizando a necessidade de uma ética de trabalho baseada na celebração da infância e na construção de uma escola mais inclusiva, onde os profissionais devem estar conscientes de sua responsabilidade na promoção do desenvolvimento integral de todas as crianças.

III.A Colônia de Férias como Espaço para a Educação Ambiental e Atividade Física

Este estudo analisa o potencial das colônias de férias como um ambiente privilegiado para a educação ambiental e a promoção da atividade física. O contato com a natureza é apresentado como um fator crucial para o desenvolvimento integral da criança, impactando positivamente a saúde física e mental, reduzindo sintomas de TDAH, estresse e sedentarismo. A pesquisa destaca a importância de criar espaços com diversidade de elementos naturais que estimulem a criatividade, a experimentação motora, e o desenvolvimento de habilidades como resiliência e pensamento sistêmico. A inclusão de jogos e brincadeiras ao ar livre, em ambientes não controlados, é enfatizada como forma de promover a participação inclusiva e atender às necessidades de crianças com diferentes habilidades e gostos.

1. A Origem e Evolução das Colônias de Férias

O texto contextualiza o surgimento das colônias de férias no Brasil na década de 1930, em um contexto higienista e militar, com o objetivo de manter os filhos dos militares ocupados e disciplinados. A Educação Física ganha visibilidade nesse contexto, com foco na formação de corpos fortes e sadios. As colônias, em parceria com os Centros Militares de Educação Física, contribuíam para a formação de professores de Educação Física e influenciavam tendências e abordagens metodológicas na docência. Bonorino (apud Berto; Neto e Schneider, 1933) é citado como referência para a influência dessas colônias na formação docente. A evolução histórica da colônia de férias é apresentada como um ponto de partida para discutir o seu potencial atual na educação ambiental e atividade física.

2. A Educação Ambiental e o Surgimento do ProNEA

A publicação de Rachel Carson, 'Primavera Silenciosa' (1962), é apontada como um marco inicial para a discussão sobre Educação Ambiental, gerando debates sobre os impactos das ações humanas no meio ambiente e na saúde. A partir de 1968, com a criação de um Conselho no Reino Unido, a temática ganha força. Em 1988, muitos professores se consideravam ambientalistas e buscavam incorporar a educação ambiental nas práticas pedagógicas. A criação da Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA) em 1992, seguida pelo Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) em 1994, e sua inclusão nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) em 1997, demonstram a crescente importância dada à educação ambiental. A atuação conjunta dos Ministérios do Meio Ambiente e da Educação contribuiu para o aumento de Centros de Educação Ambiental (CEAs) e Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental (CIEAs), fortalecendo a discussão sobre o tema (Pires; et al, 2014).

3. Benefícios do Contato com a Natureza para a Saúde e Desenvolvimento

O contato com a natureza nas colônias de férias é apresentado como propiciador de uma educação integral, melhorando a relação do ser humano com o seu ambiente e promovendo a saúde. São mencionados benefícios como melhoria do sono, aumento da imunidade, melhora da memória, e desenvolvimento da sociabilidade e das capacidades físicas. Taylor e Kuo (2009) são citados sobre a influência na redução de sintomas de TDAH e TODA. Wells e Evans (2003) são mencionados no contexto da redução de sintomas de estresse. O contato com a natureza é considerado fundamental para o bem-estar físico e mental, além de contribuir para uma educação que considera o ser humano como um ente biológico, animal e social. O texto enfatiza os benefícios do contato com a natureza para o desenvolvimento infantil e a importância de ambientes estimulantes.

4. Espaços Verdes e Atividade Física nas Escolas

A presença de áreas verdes e elementos naturais em ambientes escolares favorece a prática de atividades físicas por meio de jogos e brincadeiras, atendendo aos desejos e necessidades das crianças. Barros e Tiriba (2018) destacam a complexidade de informações sensoriais nesses ambientes, facilitando a participação de pessoas com diferentes habilidades e idades. Elementos como pedras, degraus, árvores e troncos estimulam atividades como correr, pular, escalar e equilibrar-se, desenvolvendo confiança e resiliência nas crianças (Barros e Tiriba, 2018; Domingues, 2011). A interação com a natureza promove o conhecimento sobre a diversidade natural e a compreensão das relações entre os seres vivos e seus contextos, estimulando o pensamento sistêmico e holístico. A integração de espaços naturais com estruturas tradicionais de parquinhos também é destacada como forma de enriquecer as experiências de movimento.

5. Educação Ambiental e a Percepção da Natureza

A percepção da natureza não se limita às sensações, mas envolve outras formas de interpretação do meio ambiente, conforme Melazo (2005). É importante buscar novas formas de despertar diferentes sentidos para compreender o ambiente e integrar o ser humano com a natureza. A educação ambiental deve incentivar a reflexão sobre a responsabilidade com a vida, quebrando com a racionalidade moderna (Oliveira e Vargas, 2009). A riqueza sensorial de ambientes naturais, incluindo iluminação, cores, sons, texturas, cheiros e sabores, estimula a criatividade e o desenvolvimento infantil (Ceppi e Zini, 2013). A colônia de férias, com sua diversidade de elementos, é um espaço ideal para trabalhar a percepção sensorial e promover a integração com a natureza.

6. Atividades na Colônia de Férias e a Educação Ambiental

As colônias de férias, por serem atividades extracurriculares, oferecem oportunidades para experiências e vivências com elementos naturais, aproximando-se da proposta da Educação Ambiental. Barros e Tiriba (2018) citam atividades simples, como assar alimentos em fogueira, queimar objetos de barro, plantar, construir cabanas e brincadeiras diversas, que estimulam a criatividade e a interação com o ambiente. Essas atividades promovem o desenvolvimento integral da criança, envolvendo o corpo, o movimento, a interação com os outros e a resolução de problemas. A colônia de férias, portanto, pode ser um espaço privilegiado para a educação ambiental, oferecendo experiências práticas e significativas para as crianças.

7. Formação Docente e Educação Ambiental

Domingues, Kunz e Araújo (2011) apontam a necessidade de abordar a educação ambiental no ensino superior para formar profissionais preparados para solucionar problemas ambientais. No entanto, o currículo atual é muitas vezes fragmentado, com poucas disciplinas relacionadas à educação ambiental, formando professores despreparados (Inácio; Moraes; Silveira, 2013). Na Educação Física, a formação tende a ser tecnicista, sem contemplar a educação ambiental de forma interdisciplinar, limitando a fundamentação pedagógica e a elaboração de projetos que articulem corpo, movimento e mundo (Domingues, Kunz, Araújo, 2011). A colônia de férias como ambiente de aprendizagem em educação ambiental é fundamental para a formação do professor de educação física, exigindo conhecimentos básicos e específicos para planejar, elaborar e realizar atividades, incluindo fundamentos de recreação e lazer, desenvolvimento humano, e conteúdos específicos de jogos e esportes. A colônia de férias como ambiente de aprendizagem na dimensão da Educação Ambiental é uma oportunidade de vivenciar a relação entre o ser humano e a natureza.

IV.O Papel da Tecnologia na Educação Inclusiva e a Distância

A seção discute o uso da tecnologia na educação inclusiva, enfatizando a importância de recursos acessíveis e adaptados às necessidades de alunos com deficiências. A internet e as tecnologias digitais são apresentadas como ferramentas que podem ampliar a acessibilidade e a autonomia. No entanto, o texto destaca a necessidade de metodologias inovadoras e de uma atuação docente que utilize intencionalmente esses recursos para personalizar o ensino e promover a aprendizagem significativa. A seção também aborda o ensino remoto e a educação a distância, contextualizando sua importância no contexto atual. O texto reforça que o professor deve ser um mediador do processo de aprendizagem, orientando os alunos na utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, e que o conhecimento deve ser apresentado de forma atrativa, criativa e desafiadora.

1. Tecnologia como Recurso na Educação Inclusiva

O texto destaca o uso de tecnologias como recursos importantes no processo de ensino e aprendizagem para pessoas com deficiência. Ele enfatiza que a tecnologia não se limita a equipamentos computacionais, mas abrange estratégias, serviços e metodologias que promovem a autonomia e a qualidade de vida. Para pessoas com mobilidade reduzida, por exemplo, a tecnologia pode facilitar a participação em atividades e melhorar as interações sociais. A utilização de tecnologias deve ser intencional, com recursos atrativos, criativos e desafiadores que estimulem o pensamento diferenciado. A ênfase está na adaptação de recursos tecnológicos às necessidades específicas dos alunos, garantindo a acessibilidade e a participação inclusiva. O uso da tecnologia na educação inclusiva deve ser pensado para promover a autonomia e a inclusão social.

2. O Novo Papel do Professor na Era Digital

Com a disponibilidade de informações na internet, o papel do professor na era digital se transforma. Ele não atua mais apenas como transmissor de conhecimento, uma vez que este está acessível por meio de enciclopédias online e vídeos de universidades. O papel do professor é o de mediador, guiando os estudantes na utilização intencional dos recursos tecnológicos, sejam jogos, animações ou fontes de pesquisa. A personalização do ensino é fundamental, permitindo que os educandos realizem atividades diferentes, com níveis de dificuldade variados e recursos diferenciados. O objetivo é que a tecnologia potencialize a aprendizagem personalizada e atenda às necessidades individuais, mesmo em um mesmo ambiente de aprendizagem.

3. Ensino Remoto e Educação a Distância Conceito e Contexto

O texto introduz o conceito de internet, baseado na definição de Rabaça e Barbosa (2014, pp. 140-141): uma rede global de computadores interligados, permitindo a troca de informações. Sua origem nos Estados Unidos na década de 1960, com a Arpanet, é mencionada. A internet é definida como um espaço vasto de circulação de informações via computador. O texto sugere a necessidade de integração da tecnologia nos currículos escolares, incluindo disciplinas como robótica, informática e eletrônica, e habilidades para a vida cotidiana como cozinhar, costurar e administrar finanças, além de incentivar a leitura de livros e artigos. A discussão sobre tecnologia é contextualizada com a realidade atual da educação, indicando a necessidade de adaptação e inovação.