Associação de Moradores das Lameiras : relatório de estágio

Análise Socioeconômica em Lameiras

Informações do documento

instructor Doutora Fátima Lobo
Escola

Universidade Católica Portuguesa

Curso Mestre em Psicologia – Especialização em Psicologia do Trabalho e das Organizações
Ano de publicação 2010/2011
Tipo de documento Relatório de Estágio
Idioma Portuguese
Formato | PDF
Tamanho 1.35 MB

Resumo

I.Caracterização da Instituição de Estágio Associação de Moradores das Lameiras AML

Este relatório de estágio descreve o trabalho realizado na Associação de Moradores das Lameiras (AML), uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) localizada em Vila Nova de Famalicão, freguesia de Antas. A AML gere o Bairro Social das Lameiras, um complexo habitacional com 290 casas e cerca de 1500 habitantes, provenientes de diversas freguesias do concelho e ex-colónias. A AML conta com 74 colaboradores e desenvolve diversas ações sociais, incluindo atendimento e acompanhamento social nas freguesias de Antas e Calendário (através de um acordo com a Segurança Social desde 2004), e o projeto PROFIT (contra a pobreza, financiado pelo MTSS). Apesar das melhorias implementadas, persistem desafios como desemprego, trabalho precário, alcoolismo, toxicodependência, violência doméstica, e delinquência juvenil no bairro. A AML possui um Gabinete Social do Edifício (GSE), focado na gestão do bairro e melhoria da qualidade de vida dos moradores, e um Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social, atuando diretamente na ação social e inserção social dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI).

1. AML Descrição Geral e Localização

A Associação de Moradores das Lameiras (AML) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) situada em Famalicão, freguesia de Antas, no Concelho de Vila Nova de Famalicão. Fundada em 1982, a AML administra o Bairro Social das Lameiras, um complexo habitacional com 290 casas, abrigando mais de 320 famílias, num total estimado de 1500 habitantes. A população é diversificada, oriunda das 49 freguesias do concelho e de antigas colónias ultramarinas, refletindo uma diversidade étnica e religiosa. Além das habitações, o complexo inclui 30 lojas comerciais geridas pelos seus proprietários e as instalações sociais da AML, localizadas no rés-do-chão dos blocos. A localização específica é entre a Avenida Marechal Humberto Delgado e a Rua das Lameiras. Apesar dos esforços da AML em conjunto com a Segurança Social e a Câmara Municipal para resolver problemas existentes, persistem desafios sociais como desemprego, trabalho precário, alcoolismo, toxicodependência, prostituição, delinquência juvenil e violência doméstica.

2. AML Estrutura e Equipe de Colaboradores

A AML conta com um total de 74 colaboradores para o funcionamento das suas respostas sociais. A equipa administrativa é composta por um secretário-geral, duas funcionárias administrativas, uma psicóloga, dois técnicos superiores de Serviço Social, dois assistentes sociais, uma socióloga e uma contabilista. A equipa direcionada à geriatria inclui um médico (a tempo parcial), dois enfermeiros, uma animadora social e quatro educadores sociais (dois com formação em cursos profissionalizantes, atuando como auxiliares de ação educativa social). A estrutura da AML demonstra o seu compromisso com um amplo espectro de serviços sociais, atendendo a diferentes faixas etárias e necessidades da comunidade. Esta estrutura e o número de colaboradores refletem o tamanho e complexidade das operações da AML, e sua atuação multifacetada no bairro.

3. AML Acordos e Projetos

A AML mantém diversos acordos e participa em projetos relevantes para a comunidade. Desde 2004, possui um acordo com a Segurança Social para o funcionamento dos gabinetes de atendimento e acompanhamento social nas freguesias de Antas e Calendário, um acordo fundamental para a prestação de serviços sociais à população. Em 2006, tornou-se parceira no projeto PROFIT, financiado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS), através do Instituto da Segurança Social, com o objetivo de combater a pobreza em Famalicão. Este projeto envolve atividades como colónias balneares, atividades em períodos de pausa escolar e ações de formação para técnicos, focando-se principalmente nos jovens do Edifício das Lameiras. Um “Acordo de Gestão do Edifício das Lameiras” com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, também em vigor desde 2004, garante a manutenção e gestão do complexo habitacional. Desde 2002, a AML integra a Comissão inter-freguesias de Antas e Calendário, na Rede Social, contribuindo para a resolução de problemas sociais e a promoção do desenvolvimento social local. Estes acordos e parcerias demonstram a capacidade da AML de articular esforços com entidades públicas e privadas para a melhoria da qualidade de vida no Bairro Social das Lameiras.

4. Gabinete Social do Edifício GSE

O Gabinete Social do Edifício (GSE) surge de um protocolo entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a AML. Suas funções incluem a preservação e conservação do edifício, realizando obras de manutenção e limpeza dos espaços comuns, além da gestão do recinto desportivo e parque infantil. O GSE desenvolve atividades que visam apoiar os residentes do complexo habitacional, tanto socialmente quanto habitacionalmente, incentivando a participação ativa dos moradores na defesa dos seus direitos e deveres. Em 2009, com o apoio do Programa PARES II da Segurança Social, o GSE concluiu a ampliação do Lar de Idosos (de 26 para 35 camas) e construiu uma nova creche com capacidade para mais 33 crianças. Atualmente, o GSE prepara ações para os projetos “Viver com Qualidade no Entardecer da Vida” (financiado pelo Programa Nacional do Plano Nacional de Saúde) e “Eco-Bairro” (financiado pelo CREN), ambos focados na promoção da qualidade de vida e na sensibilização ambiental. O Gabinete, dirigido pela Dr.ª Sandra Lemos, atua como mediador entre os moradores e a administração, visando assegurar a qualidade de vida no bairro, lidando com os problemas que surgem entre os residentes.

II.Análise Socioeconómica do Bairro Social das Lameiras

Uma das principais atividades do estágio consistiu numa análise socioeconómica dos moradores do Bairro Social das Lameiras, utilizando um questionário aplicado a 173 agregados familiares (de um total de 290 habitações). A pesquisa investigou a integração social na comunidade, as condições habitacionais, os transportes, e a percepção dos moradores sobre os principais problemas do bairro. Os resultados revelaram a diversidade de origens dos moradores, com muitos não sendo residentes de longa data, além de identificar as principais preocupações em relação à qualidade de vida no bairro. Apesar da resistência de alguns moradores, a análise foi positiva, fornecendo informações valiosas para a AML.

1. Metodologia da Análise Socioeconômica

A análise socioeconômica do Bairro Social das Lameiras baseou-se num questionário aplicado a 173 agregados familiares, de um total de 290 habitações, utilizando um método de amostragem aleatório estratificado. O questionário abrangeu informações sobre o titular do arrendamento ou proprietário, o agregado familiar, a integração social na comunidade, as condições habitacionais e os transportes. Devido a diversos fatores, como ausência dos moradores em suas residências, recusa em participar ou dificuldades de comunicação com imigrantes, 108 agregados familiares não colaboraram com o estudo. O objetivo era obter um retrato fiel da realidade do bairro e entender os problemas que os moradores gostariam de ver resolvidos, auxiliando na melhoria de sua qualidade de vida. As questões incluíam a duração de moradia no bairro, local de residência anterior, composição familiar, escolarização de crianças, e a percepção dos moradores quanto aos problemas do bairro. A análise dos dados permitiu uma compreensão aprofundada do perfil socioeconômico dos residentes e suas principais necessidades.

2. Resultados Composição Familiar e Integração Social

A análise da composição familiar revelou que 67 (38,7%) dos inquiridos têm agregados com dois ou três elementos, 52 (30,1%) com mais de três, 45 (26%) com apenas dois e 9 (5,2%) moram sozinhos. Em relação à escolarização, apenas um inquirido relatou que seus filhos não frequentavam a escola por terem que ajudar em casa. Sobre o cuidado de crianças menores de seis anos, 15 (8,7%) frequentavam creches/jardins de infância, 11 (6,4%) ficavam em casa com familiares. Quanto à integração social, 122 (70,5%) dos inquiridos não moravam sempre no bairro. Destes, 111 (64,2%) residiam em outras freguesias do concelho de Vila Nova de Famalicão, e 12 (6,9%) em localidades fora do concelho. Esta análise demonstra a mobilidade da população e a necessidade de políticas de integração social mais abrangentes, refletindo a composição familiar e a duração de moradia dos residentes no bairro.

3. Resultados Percepção dos Problemas do Bairro e Reflexão Crítica

A última parte do questionário solicitou aos moradores que descrevessem os principais problemas do bairro. A análise da percepção dos problemas permitiu identificar as principais preocupações dos moradores. A realização da análise socioeconômica no Bairro Social das Lameiras, embora desafiadora, revelou-se positiva, apesar de não ter sido possível alcançar todas as habitações devido à resistência de alguns moradores, possivelmente porque o bairro já é frequentemente alvo de estudos semelhantes devido à existência do Gabinete Social do Edifício. A análise demonstrou que o Bairro Social das Lameiras, ao contrário de bairros sociais tradicionais, dispõe de um gabinete social que auxilia na gestão do bairro. A coleta de dados, embora trabalhosa, permitiu descrever as condições socioeconômicas do bairro, fornecendo subsídios importantes para o planejamento e desenvolvimento de ações sociais que visem a melhora da qualidade de vida dos moradores. A dificuldade na aplicação completa do questionário ressalta a necessidade de métodos alternativos de levantamento de dados para futuros estudos.

III.Análise Social dos Beneficiários da Acção Social e RSI

O estágio incluiu a análise social dos beneficiários da Acção Social e do RSI nas freguesias de Antas, Calendário e Bairro da CAL. Utilizando dados de 113 processos de RSI em Antas, 23 processos de Acção Social no Bairro da CAL, e 162 processos de Acção Social em Calendário, a análise focou-se na caracterização sócio-demográfica dos beneficiários e seus agregados familiares, identificando problemas relacionados com inserção profissional, saúde, aspectos familiares e pessoais, educação, e habitação. A análise em SPSS (versão 16) revelou altas taxas de desemprego e dificuldades de inserção profissional entre os beneficiários. Uma análise similar foi realizada para os beneficiários do RSI em Antas (37 processos) e no Bairro da CAL (22 processos), com foco na caracterização sócio-demográfica, problemas do agregado familiar e o status do acordo de RSI. Resultados demonstram altos níveis de desemprego e problemas de inserção profissional nesses grupos também.

1. Análise dos Beneficiários do RSI em Antas

Esta seção apresenta a análise de 113 processos de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) na freguesia de Antas, realizada com o software SPSS (versão 16). A análise descritiva das 19 variáveis incluiu dados sociodemográficos (nacionalidade, sexo, idade, estado civil, ocupação, habilitações literárias, tipo de família, deficiência) e informações sobre o agregado familiar (número de elementos, número de desempregados, número de estudantes, e existência de problemas nas áreas da saúde, família/pessoal, inserção profissional, economia, educação e habitação). Os resultados indicaram que 89,4% dos agregados não apresentavam problemas de saúde, familiares ou pessoais graves. Na área de inserção profissional, 43,4% dos agregados familiares (49 famílias) demonstravam problemas como desemprego, ausência de proteção social, trabalho irregular, risco iminente de desemprego, rotatividade entre emprego e desemprego, baixa qualificação profissional, salários em atraso, e falta de hábitos de trabalho. A coleta de dados envolveu a análise individual de cada processo para extrair as informações relevantes. A análise destaca a prevalência de dificuldades na inserção profissional entre os beneficiários do RSI em Antas.

2. Análise dos Beneficiários da Ação Social no Bairro da CAL

A análise da Ação Social focou-se em 23 processos de beneficiários do Bairro da CAL, utilizando o SPSS (versão 16) para análise descritiva de 20 variáveis. A análise incluiu dados sociodemográficos similares aos da análise anterior e informações sobre o agregado familiar. Em termos de estado civil, 11 (47,8%) eram casados, 9 (39,1%) solteiros, 1 viúvo, e para 2 não foi possível obter a informação. Relativamente à ocupação, 13 (56,5%) eram desempregados; os restantes tinham ocupações diversas como doméstica, feirante, reformado, pensionista, trabalhador na construção civil e empregado fabril. Em relação à saúde, foram identificados problemas como doença crônica, deficiência, doença psíquica, toxicodependência, HIV, alcoolismo e acidente de trabalho, afetando 13% dos beneficiários. Problemas familiares e/ou pessoais, como dependência, crianças e jovens em risco, idosos em risco, e violência doméstica, também foram identificados em 13% dos casos. A metodologia envolveu a análise individual de cada processo, destacando a alta taxa de desemprego e a diversidade de problemas enfrentados pelos beneficiários da Ação Social no Bairro da CAL.

3. Análise dos Beneficiários da Ação Social em Calendário

Esta análise abrangeu 162 beneficiários da Ação Social residentes na freguesia de Calendário, com 74,1% do sexo feminino e 25,9% do sexo masculino. A maioria (95,7%) era de nacionalidade portuguesa, com uma pequena percentagem de nacionalidades africanas, de países do leste e brasileira. A idade média situa-se entre 35-44 anos (26,5%). Em relação ao estado civil, 53,7% são casados, 23,5% solteiros, 10,5% divorciados, 9,3% viúvos, e para 5 beneficiários a informação não estava disponível. Quanto à ocupação, 74 (45,7%) eram desempregados; outros tinham profissões como feirantes, reformados, pensionistas, trabalhadores na construção civil, empregados fabris e na restauração/limpeza. Em relação ao desemprego nos agregados familiares, 46,9% (67 agregados) não tinham desempregados; 37% (60 agregados) tinham um desempregado; e uma minoria tinha dois, três ou quatro desempregados no agregado. A análise, realizada no SPSS (versão 16), destaca os altos níveis de desemprego e a predominância de mulheres entre os beneficiários da Ação Social em Calendário, fornecendo dados valiosos para o planejamento de políticas sociais.

4. Análise dos Beneficiários do RSI em Antas Calendário e Bairro da CAL

Esta seção apresenta uma análise comparativa dos beneficiários do RSI nas freguesias de Antas, Calendário e no Bairro da CAL. Em Antas, a análise de 37 processos indicou que a idade média dos beneficiários estava entre 45-54 anos (28,7%). A maioria era de nacionalidade portuguesa, com uma pequena percentagem de africanos. Apenas 7 (18,9%) tinham um acordo de RSI ativo. A análise do agregado familiar mostrou uma variedade de tamanhos, com 27% constituídos por apenas um membro. Em relação à inserção profissional, 75,7% dos agregados (28 famílias) apresentavam problemas, como desemprego e falta de qualificação. A análise também identificou outros problemas, como ausência de cobertura por equipamentos sociais e desajustamento psicossocial, afetando 24,3% dos agregados. A análise realizada no Bairro da CAL (22 beneficiários) mostrou que 74,8% eram desempregados. A maioria dos beneficiários integrava famílias nucleares com filhos. Em Calendário, a análise dos 162 beneficiários mostrou um padrão semelhante de desemprego e de desafios na inserção profissional, com 25,2% tendo acordo ativo de RSI. A análise integrada dos dados dos três locais evidencia a prevalência do desemprego e a necessidade de intervenções focadas na inserção profissional.

5. Reflexão Crítica e Conclusão

A análise social dos beneficiários da Ação Social e RSI permitiu uma compreensão profunda das suas realidades, necessidades e problemas. A alta taxa de desemprego em todas as zonas analisadas reflete a grave situação económica e social do país, evidenciando a importância do papel das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) na prestação de apoio a quem mais precisa. A análise permitiu um conhecimento aprofundado dos beneficiários e suas famílias, destacando a importância da atuação das IPSS, principalmente numa época de dificuldades econômicas. O artigo 87º da Lei das Bases da Segurança Social reforça a importância de se diferenciar positivamente o apoio concedido pelas IPSS, considerando a sua qualidade de desempenho e as prioridades da política social, sendo essa uma observação relevante para as conclusões desta análise.

IV.Conclusão

O estágio na AML foi uma experiência positiva, permitindo um contacto direto com a realidade social e as necessidades de uma comunidade carenciada. A análise socioeconómica e as análises sociais dos beneficiários da Acção Social e RSI forneceram dados cruciais para a compreensão das dificuldades enfrentadas e para a definição de estratégias de intervenção para melhorar a qualidade de vida dos moradores. A pesquisa destaca a importância da AML e de outras IPSS na resposta aos desafios sociais e econômicos, particularmente no contexto do alto índice de desemprego e carências sociais.

1. Experiência Positiva e Aquisição de Conhecimento

O estágio na Associação de Moradores das Lameiras (AML) foi descrito como uma experiência muito positiva, proporcionando a aquisição de novos conhecimentos e um contato direto com a realidade social do bairro e com pessoas carenciadas. A vivência prática permitiu a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos, consolidando a formação profissional. O contato direto com as dificuldades enfrentadas pelos moradores possibilitou uma compreensão mais profunda das suas necessidades e realidades, algo fundamental para a formação de um profissional da área social. A experiência prática superou as expectativas, oferecendo uma visão abrangente dos desafios e oportunidades na área de intervenção social. A conclusão enfatiza a importância desta fase de aprendizagem prática para a formação profissional e a preparação para o mercado de trabalho.

2. Importância das Análises Realizadas e Necessidades Identificadas

As análises socioeconômica e social realizadas durante o estágio revelaram-se importantes para conhecer em profundidade a realidade do Bairro Social das Lameiras e dos beneficiários da Ação Social e do Rendimento Social de Inserção (RSI). A compreensão das necessidades da comunidade, resultante dessas análises, é crucial para o planejamento de intervenções eficazes. A identificação de problemas como o desemprego, dificuldades de inserção profissional e a falta de recursos, entre outros, destaca a necessidade de ações que melhorem a qualidade de vida dos moradores. A realização deste trabalho permitiu um aprofundamento do conhecimento sobre as reais necessidades da população assistida e forneceu subsídios para o desenvolvimento de estratégias de intervenção mais adequadas. A conclusão evidencia a utilidade dos dados coletados para o planejamento de ações que visem a melhoria da qualidade de vida dos moradores e o reforço dos serviços oferecidos pela AML.

3. Papel das IPSS e Necessidades Futuras de Intervenção

A conclusão destaca o papel crucial das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), como a AML, na resposta às complexas necessidades sociais e econômicas da população, principalmente em momentos de crise econômica como a descrita no documento. A análise realizada durante o estágio reforça a importância de se estabelecerem acordos e parcerias com o objetivo de prestar um apoio eficaz e abrangente. O estágio permitiu compreender a importância da atuação da AML na comunidade, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos seus moradores. A reflexão final aponta para a necessidade de se desenvolverem estratégias de intervenção que promovam o convívio entre os moradores, o fortalecimento de boas práticas educativas, e ações focadas na conservação e limpeza do bairro. A menção final a um conflito devido à presença de moradores de etnia cigana evidencia a complexidade dos desafios sociais enfrentados e a necessidade de estratégias sensíveis e inclusivas para lidar com essas questões.

Referência do documento

  • O que pode fazer o psicólogo organizacional (Bastos, A. V. B. & Galvão-Martins, A. H. C.)
  • Psicologia Organizacional e do Trabalho no Brasil: Desenvolvimento Científico Contemporâneo (Tonetto, A. M.; Amazarray, M. R.; Koller, S. H. & Gomes W. B.)
  • A inserção e a acção do psicólogo em diversos contextos sociais (Tosi, P. C. S. & Botomé, S. P.)