Apoio Social e Estilos de Enfrentamento no Bem-Estar de Doentes Mentais
Informações do documento
| authors | VÂNIA FILIPA BONITO MARQUES |
| Escola | INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGA |
| Curso | Psicologia Clínica Ramo Psicoterapia |
| Tipo de documento | Dissertação de Mestrado |
| Idioma | Portuguese |
| Número de páginas | 32 |
| Formato | |
| Tamanho | 307.24 KB |
Resumo
I.Apoio Social e Bem estar
O apoio social e suas dimensões (satisfação com amizades, intimidade, satisfação com a família e atividades sociais) têm uma correlação positiva e estatisticamente significativa com o bem-estar subjetivo. Esse apoio é considerado um recurso importante na recuperação de doenças e no enfrentamento de desafios.
II.Estilos de Enfrentamento e Bem estar
O estilo de enfrentamento racional está relacionado negativamente com sintomas depressivos, ao contrário do estilo emocional, que está associado a estados emocionais negativos (depressão, ansiedade e estresse) e inversamente ao bem-estar. Os pacientes institucionalizados usam com mais frequência o enfrentamento desadaptativo (emocional) e apresentam maiores níveis de ansiedade.
III.Relação entre Apoio Social Estilos de Enfrentamento e Bem estar
O apoio social está positivamente correlacionado com o estilo de enfrentamento racional e negativamente com o estilo emocional. Quanto maior o apoio social, menor a utilização do enfrentamento emocional e maior a utilização do enfrentamento racional. O apoio social também está positivamente correlacionado com a satisfação com a vida e negativamente com depressão, ansiedade e estresse.
1. Relação do Suporte Social com os Estilos de Coping Bem estar Subjetivo e Sintomatologia Psicopatológica
Correlação entre suporte social, estilos de enfrentamento e bem-estar subjetivo:
O valor global de suporte social e suas dimensões “satisfação com amizades”, “intimidade”, “satisfação com a família” e “atividades sociais” têm uma correlação positiva, estatisticamente significativa, com o bem-estar subjetivo.
O estilo de enfrentamento racional está negativamente relacionado à sintomatologia depressiva, ao contrário do estilo de enfrentamento emocional que apresenta uma correlação positiva com os estados emocionais negativos (depressão, ansiedade e estresse) e uma relação inversa com o bem-estar.
Doentes institucionalizados vs. não institucionalizados:
- Os doentes institucionalizados, em comparação com os não institucionalizados, apresentam o uso mais frequente de enfrentamento desadaptativo (emocional) e níveis mais elevados de ansiedade.
IV. Não Institucionalizados
Os pacientes institucionalizados têm menor percepção de apoio social e utilizam estilos de enfrentamento desadaptativos mais frequentemente do que os não institucionalizados. Eles também apresentam maiores níveis de ansiedade, o que pode ser devido à gravidade de sua condição clínica e vulnerabilidade emocional.
1. Pacientes Institucionalizados vs. Não Institucionalizados
A hipótese deste estudo previu que os pacientes institucionalizados perceberiam menos suporte social e utilizariam com maior frequência estilos de enfrentamento desadaptativos em comparação com os pacientes não institucionalizados. Os resultados parcialmente confirmaram esta hipótese, revelando que os pacientes institucionalizados tinham níveis mais altos de ansiedade e usavam com mais frequência estilos de enfrentamento emocionais (mal-adaptativos), mas não diferiam significativamente dos pacientes não institucionalizados em termos de suporte social percebido.
V.Uso de Estilos de Enfrentamento Negativos e Bem estar
O estilo de enfrentamento emocional, que visa reduzir estados emocionais negativos, está inversamente relacionado à satisfação com a vida e positivamente relacionado a estados emocionais negativos. Isso sugere que esse estilo de enfrentamento desadaptativo pode influenciar negativamente o bem-estar e aumentar a vulnerabilidade a problemas de saúde mental.
1. Uso de Estilos de Enfrentamento Negativos e Bem estar
O estudo demonstra que o uso de estilos de enfrentamento negativos está relacionado a um menor bem-estar subjetivo e maior sintomatologia depressiva, ansiosa e de estresse.