
Avaliação Psicológica em Idosos
Informações do documento
Autor | Inês Faria De Sousa Gonçalves |
Escola | ISMT |
Curso | Psicologia Clínica |
Tipo de documento | Dissertação |
Idioma | Portuguese |
Formato | |
Tamanho | 514.00 KB |
Resumo
I.A Avaliação Psicológica em Idosos Desafios e Instrumentos
Este documento aborda a avaliação psicológica de idosos, focando nos desafios de diagnosticar e monitorizar o envelhecimento normal e patológico, incluindo a demência. A pesquisa destaca a crescente necessidade de instrumentos de avaliação psicológica precisos e validados para a população portuguesa, considerando as mudanças cognitivas e funcionais associadas à idade. A qualidade de vida na velhice é um objetivo central, exigindo avaliação geriátrica eficaz para diagnósticos precoces e intervenções adequadas. O estudo explora as diferentes dimensões da avaliação psicológica, incluindo a avaliação da cognição, personalidade, psicopatologia, autonomia, e capacidade funcional em idosos. São apresentados diversos testes neuropsicológicos e outros instrumentos de avaliação relevantes para cada área, alguns já validados para a população portuguesa, enquanto outros necessitam de mais estudos.
1. A Necessidade de Avaliação Psicológica em Idosos
O documento inicia enfatizando a importância da avaliação psicológica em adultos, com foco especial na população idosa (mais de 65 anos). A avaliação funcional completa é apresentada como crucial, dado o aumento da prevalência de doenças crônicas nesse grupo etário. A pesquisa justifica-se pela necessidade de avaliação geriátrica eficaz, com diagnósticos precoces e completos a custos razoáveis (Jr & Reichenheim, 2005). A abordagem considera não apenas o envelhecimento como um processo biológico, mas também como um fenómeno psicológico e social complexo, com impactos na qualidade de vida. O texto destaca a necessidade de superar os estereótipos negativos associados à velhice, frequentemente ligados à perda de poder, papéis sociais e capacidades (Lima, 2010), para uma compreensão mais completa do envelhecimento e suas implicações. A avaliação psicológica torna-se, assim, fundamental para entender e intervir nas diversas dimensões da experiência da velhice, incluindo a demência.
2. Perspectivas Culturais e Sociais do Envelhecimento
A forma como a sociedade encara os idosos varia ao longo da história e entre culturas. Enquanto na Grécia clássica a juventude era privilegiada, em culturas como a japonesa, influenciadas pelo taoismo, os idosos eram valorizados por sua sabedoria e maturidade. O documento contrasta estas visões com a realidade contemporânea, onde a velhice é muitas vezes associada a perdas (poder, identidade, capacidades), reforçando a necessidade de uma abordagem sensível e abrangente na avaliação psicológica. A gerontologia, como ciência multidisciplinar, emergiu para analisar os fenómenos do envelhecimento em seus aspectos biológicos, psicológicos e sociais (Martins, 2013). Compreender as percepções culturais e sociais sobre o envelhecimento é fundamental para realizar uma avaliação psicológica eficaz, que leve em consideração os contextos sociais e individuais de cada pessoa idosa. A avaliação precisa transcender a mera identificação de déficits, considerando o impacto do contexto sociocultural na experiência do envelhecimento.
3. O Envelhecimento como Processo Multifatorial e a Avaliação Psicológica
O envelhecimento é descrito como um processo universal, gradual, irreversível e idiossincrático, influenciando o envelhecimento normal e patológico (demência). A avaliação psicológica é apresentada como uma ferramenta para entender a complexa interação de fatores genéticos e ambientais que moldam esse processo. O ser humano é definido numa perspectiva biopsicossocial, reconhecendo a influência de fatores biológicos, fisiológicos, psicológicos, sociológicos, ecológicos, económicos e religiosos. A avaliação psicológica, focando o aspeto psicológico, é crucial para compreender como a mente humana se adapta e evolui ao longo do envelhecimento. A saúde mental é destacada como fundamental para uma boa qualidade de vida na velhice, o que requer uma avaliação que considere o funcionamento psíquico do indivíduo, incluindo a cognição, personalidade e aspectos emocionais, numa perspetiva holística. É através desta avaliação que se podem compreender e melhor auxiliar os idosos.
4. Instrumentos de Avaliação Psicológica e suas Aplicações
O documento discute a importância dos instrumentos de avaliação psicológica para a descrição objetiva do funcionamento psíquico de uma pessoa, incluindo a estimativa do funcionamento pré-mórbido e a quantificação dos déficits em diferentes domínios (Simões, 2012). A pesquisa descreve o processo de identificação dos autores, data de publicação, aptidões avaliadas e versões em português dos testes. Os testes selecionados foram agrupados em cinco dimensões: funcionamento intelectual, personalidade, psicopatologia e funcionamento emocional, autonomia e capacidade funcional, e qualidade de vida. Essa organização, contudo, não é considerada consensual, dado que alguns testes podem ser integrados em mais de uma dimensão. A escolha dos instrumentos para a avaliação psicológica deve considerar as diferentes dimensões e a necessidade de avaliar tanto pontos fortes quanto fragilidades, incluindo déficits de memória, concentração e a possível presença de demência (como o Alzheimer).
5. Necessidade de Instrumentos Validados para a População Portuguesa
O estudo ressalta a necessidade de instrumentos de avaliação psicológica precisos e validados para a população portuguesa. O texto aponta que alguns instrumentos, como o WAIS-III e WMS-III, ainda carecem de estudos de validação adicionais com grupos clínicos relevantes e normas que considerem, além da idade, a escolaridade (Simões, 2012). O aumento das doenças neurodegenerativas em Portugal reforça a urgência desta necessidade. O processo de adaptação e validação de instrumentos requer cuidados técnicos rigorosos de tradução e retroversão, realizados por especialistas, assegurando a precisão e validade dos resultados. A avaliação psicológica, com instrumentos adequadamente validados, é fundamental para o diagnóstico precoce de condições como a demência, permitindo intervenções que melhorem a qualidade de vida do idoso, reduzam o risco de acidentes e diminuam o stress familiar. A investigação contínua nesta área é, portanto, crucial.
II.Mudanças Cognitivas no Envelhecimento
O documento analisa as alterações cognitivas associadas ao envelhecimento, diferenciando o envelhecimento normal do patológico. É destacado o declínio de algumas funções cognitivas, como memória e processamento de informação, mas também a preservação ou mesmo aprimoramento de outras, como habilidades verbais. Diversos modelos de envelhecimento intelectual são discutidos, do normativo ao patológico (demência), salientando a influência de fatores genéticos, ambientais e culturais. A pesquisa enfatiza que as diferenças no funcionamento cognitivo entre jovens e idosos não são exclusivamente de natureza ontogenética, mas também influenciadas pela educação e experiência cultural. A importância da reserva cognitiva e a possibilidade de intervenção cognitiva para compensar o declínio são consideradas.
1. Declínio Cognitivo e Envelhecimento Normal vs. Patológico
A seção aborda as mudanças cognitivas associadas ao envelhecimento, distinguindo entre o envelhecimento normal e o patológico. Embora haja um declínio em algumas funções cognitivas com a idade, como a memória e o processamento da informação, o texto enfatiza que outras habilidades podem permanecer intactas ou até melhorar, como as habilidades verbais. Autores como Schroots e Birren (1980) diferenciam o envelhecimento biológico (crescente vulnerabilidade e aumento da probabilidade de morte - senescência) do psicológico, dependente da autorregulação e das mudanças nas funções psicológicas, como a memória e a tomada de decisão (Lima, 2010). A distinção entre envelhecimento normal e patológico, como a demência, é crucial para a avaliação e intervenção adequadas. A presença de déficits cognitivos, como problemas de memória imediata e de trabalho, linguagem, cálculo e funções visoespaciais, pode indicar a necessidade de uma intervenção mais específica. A avaliação psicológica se torna fundamental para diferenciar os processos de envelhecimento normal dos patológicos.
2. Modelos de Envelhecimento Intelectual e Fatores Influenciadores
O texto apresenta diferentes padrões de envelhecimento intelectual, desde o patológico ao ótimo, passando pelo normativo, compartilhado pela maioria das pessoas. Este envelhecimento é um processo natural, dependente da programação genética, que inicia após a capacidade reprodutiva e se intensifica entre a quarta e quinta décadas de vida, com alterações anatómicas e funcionais (Fernández-Ballesteros, 1999). O envelhecimento intelectual é uma experiência heterogênea, influenciada por fatores histórico-culturais, intelectuais, de personalidade e pela incidência de patologias. Apesar das mudanças cognitivas de base ontogenética, a capacidade adaptativa não é necessariamente comprometida; as reservas de experiência podem ser otimizadas para compensar o declínio no processamento da informação. A influência de fatores culturais e educacionais na cognição é relevante, impactando o desenvolvimento das competências básicas, embora a inteligência fluida seja menos afetada. O funcionamento intelectual também é fortemente influenciado pelo autoconhecimento, crenças, metas e emoções.
3. Intervenção e Treinamento Cognitivo na Velhice
O documento menciona estudos que demonstram a possibilidade de intervenção e treinamento cognitivo para atenuar o declínio cognitivo na velhice. Em estudos com indivíduos com 60 anos ou mais, foram observados ganhos significativos em relações entre figuras e indução, com maiores progressos em mulheres na orientação espacial. Embora não tenha sido observada generalização de uma capacidade treinada para outra não treinada, estudos de acompanhamento mostraram que os indivíduos treinados declinaram menos sete anos depois do treinamento, especialmente aqueles que haviam declinado mais antes da intervenção. Essa evidência demonstra o potencial da intervenção cognitiva para mitigar os efeitos do envelhecimento sobre a cognição. Para uma eficaz intervenção cognitiva, o conhecimento de si, crenças sobre o comportamento, metas pessoais e emoções devem ser levados em consideração, complementando a abordagem puramente neuropsicológica.
III.Avaliação da Personalidade em Idosos
A avaliação da personalidade em idosos é apresentada como um fator crucial para compreender o envelhecimento bem-sucedido. O documento discute a complexidade do construto “personalidade”, incluindo aspetos visíveis e ocultos, a influência de traços permanentes e a interação com o ambiente. Modelos de personalidade, como o de McGrae e Costa, são referenciados. São listados vários instrumentos de avaliação de personalidade utilizados com idosos, incluindo, mas não se limitando a: GAI-SF, GPP-I, H-T-P, IAS, IMAGEN, ISRA, JAS, JSS, MCMI, MMPI-2-RF, NEO PI-R, PAI, PCL-R, RORSCHACH, SIMS, SIV, SPV, STAI, e STAXI-2. A resiliência e a plasticidade comportamental são destacadas como fatores importantes para o envelhecimento adaptativo.
1. A Personalidade Conceito e Características na Velhice
A seção inicia definindo o conceito de personalidade, relacionando-o com o termo latino persona (máscara), indicando que a personalidade engloba características externas e internas, qualidades sociais e emocionais, algumas visíveis e outras não. As características que moldam a personalidade são consideradas permanentes e relativamente estáveis, embora possam variar de acordo com as circunstâncias, mostrando a interação entre traços pessoais e aspetos situacionais. A personalidade é vista como um agrupamento peculiar de características que mudam em respostas a situações diferentes (Schultz & Schultz, 2006). A avaliação da personalidade em idosos é importante para compreender a sua adaptação ao envelhecimento e à velhice. O documento destaca a importância de considerar a personalidade em conjunto com as mudanças cognitivas e físicas do processo de envelhecimento, criando um perfil completo do indivíduo.
2. Modelos de Personalidade e o Envelhecimento Bem Sucedido
O modelo de personalidade de Mc Crae e Costa é apresentado, destacando as tendências básicas, hereditárias ou de origem nas primeiras experiências, incluindo os traços de personalidade. Estes traços orientam a pessoa na interação com o meio e manifestam-se em adaptações características, como competências, hábitos, atitudes e autoconceito, aprendidos ao longo da socialização. A biografia objetiva, que abarca a totalidade dos sentimentos, pensamentos e ações de um indivíduo ao longo da vida, é crucial para entender a personalidade. Influências externas, como as relações familiares, socialização e educação, também são consideradas. A personalidade é vista como um fator determinante para o envelhecimento bem-sucedido, com maior resiliência e plasticidade comportamental (introduzido por Baltes em 1990) permitindo lidar melhor com as exigências do envelhecimento (Lima & Gail, 2011). A avaliação da personalidade permite identificar recursos e desafios individuais na adaptação ao processo de envelhecimento.
3. Instrumentos para Avaliação da Personalidade em Idosos
A seção lista diversos instrumentos de avaliação de personalidade aplicados em idosos, incluindo: GAI-SF, GPP-I, H-T-P, IAS, IMAGEN, ISRA, JAS, JSS, MCMI, MMPI-2-RF, NEO PI-R, PAI, PCL-R, RORSCHACH, SIMS, SIV, SPV, STAI, e STAXI-2. A inclusão destes instrumentos demonstra a diversidade de abordagens para a avaliação da personalidade na velhice, considerando diferentes aspetos, como traços de personalidade, ansiedade, stress, e outras dimensões relevantes. A escolha do instrumento adequado para a avaliação da personalidade em idosos deve ser feita considerando as necessidades específicas de cada caso e os objetivos da avaliação, lembrando que alguns testes necessitam de adaptações e validações para a população portuguesa. A avaliação deve considerar não apenas os traços de personalidade, mas também a forma como estes interagem com o contexto social e os eventos de vida do indivíduo. A relação entre personalidade e envelhecimento bem-sucedido sugere que a avaliação da personalidade pode ser um elemento crucial na identificação de fatores de proteção e risco.
IV.Autonomia e Capacidade Funcional Avaliação e Intervenção
A autonomia e a capacidade funcional são consideradas essenciais para a qualidade de vida na velhice. O texto destaca a importância de avaliar essas áreas, especialmente em face do aumento da prevalência de doenças crônico-degenerativas que levam à dependência. A avaliação da funcionalidade é crucial para a intervenção e para a promoção da independência dos idosos. São mencionados alguns instrumentos de avaliação da autonomia e capacidade funcional, como MOS SF-36, RBMT, RPAB, SIS, Teste de Desenvolvimento de Perceção Visual e outros. A promoção da autonomia é apresentada como um princípio ético fundamental, baseado no respeito e na liberdade pessoal.
1. Autonomia e Capacidade Funcional Conceitos e Importância na Velhice
Esta seção discute a importância da autonomia e da capacidade funcional na velhice, enfatizando que o envelhecimento não implica, necessariamente, comprometimento funcional. Contudo, o aumento da incidência de doenças crônico-degenerativas em idades avançadas leva a incapacidades físicas e dependência, com consequente perda de autonomia (Diogo, 1997). Hogstel e Gaul (1991) definem a autonomia como um princípio ético, uma forma de liberdade pessoal baseada no respeito e no livre arbítrio, desde que não infrinja a autonomia dos outros. Para ser autônomo, o indivíduo deve pensar racionalmente e se autogerenciar. A avaliação da autonomia e capacidade funcional é crucial para a intervenção e para a promoção da independência dos idosos. A preservação da autonomia é fundamental para a qualidade de vida e o bem-estar na velhice, tornando-se um foco importante na avaliação e intervenção.
2. Instrumentos de Avaliação da Autonomia e Capacidade Funcional
A seção apresenta uma lista de instrumentos usados para avaliar a autonomia e capacidade funcional em idosos. Estes instrumentos incluem o MOS Short Form Health Survey – 36 Item (version 2), Rivermead Behavioural Memory Test (RBMT), RPAB (Rivermead Bateria de Avaliação Perceptiva), SIS (Escala de Intensidade de Apoios), e Teste de Desenvolvimento de Percepção Visual. A escolha de um ou vários instrumentos dependerá dos objetivos da avaliação e das necessidades específicas de cada indivíduo. Além de parâmetros objetivos, a avaliação considera critérios subjetivos de satisfação individual e bem-estar coletivo, levando em conta fatores políticos e de desenvolvimento humano. A abordagem biopsicossocial é enfatizada, integrando aspetos físicos, psicológicos e sociais na avaliação da autonomia e capacidade funcional. A correta utilização destes instrumentos é fundamental para que a avaliação reflita a realidade e permita intervenções adequadas.
V.Qualidade de Vida no Envelhecimento Uma Perspectiva Multidimensional
A qualidade de vida na velhice é um conceito multidimensional, integrando aspetos objetivos e subjetivos, desde a satisfação das necessidades básicas até ao bem-estar emocional e social. O modelo de Spilker, que estrutura a qualidade de vida em níveis (global, domínios e aspetos específicos), é discutido. São listados diversos instrumentos de avaliação da qualidade de vida utilizados com idosos, incluindo ADEQL, BELS, CAN, CSCV, CUBRECAVI, EEB, EQ-5D, Escala de incapacidade física e mental da Cruz Vermelha, Escala de sobrecarga do cuidador de Zarit, GHQ, IADL, e ICF. A abordagem biopsicossocial é enfatizada como essencial para entender e melhorar a qualidade de vida dos idosos.
1. Conceito Multidimensional de Qualidade de Vida na Velhice
A seção define qualidade de vida na velhice como um conceito multidimensional, integrando aspetos objetivos e subjetivos. Os parâmetros objetivos estão ligados à satisfação das necessidades básicas, determinadas pelo desenvolvimento económico e social da sociedade. Os aspetos subjetivos incluem bem-estar, felicidade, amor, prazer e realização pessoal. O texto discute a mudança de uma abordagem predominantemente biomédica para uma biopsicossocial na área da saúde, o que reflete na avaliação da qualidade de vida. São definidos diferentes níveis de conceituação: qualidade de vida global, dimensões da qualidade de vida (domínios) e componentes de cada dimensão. O modelo de Spilker é apresentado, estruturando a qualidade de vida em três níveis: o primeiro nível é a qualidade de vida global, o segundo engloba domínios como o psicológico, social e físico, e o terceiro nível engloba os aspetos específicos de cada domínio. Outros domínios podem ser incluídos, como produtividade, ambiente, cognição, ocupação e situação financeira (Pereira, 2006).
2. Instrumentos para Avaliação da Qualidade de Vida em Idosos
A seção lista vários instrumentos usados para medir a qualidade de vida em idosos, incluindo: ADEQL (qualidade de vida na doença de Alzheimer), BELS (questionário de habilidades básicas da vida diária), CAN (questionário de avaliação de necessidades de Camberwell), CSCV (questionário Sevilha de qualidade de vida), CUBRECAVI (questionário breve de qualidade de vida), EEB (escala de equilíbrio de Berg), EQ-5D (questionário de saúde EuroQol-5D), Escala de incapacidade física e mental da Cruz Vermelha, Escala de sobrecarga do cuidador de Zarit, GHQ (questionário geral de saúde de Goldberg), IADL (índice de atividades instrumentais da vida diária), e ICF (inventário da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde). A diversidade de instrumentos reflete a complexidade da qualidade de vida, exigindo diferentes abordagens para uma avaliação completa. A escolha do(s) instrumento(s) mais apropriado(s) dependerá dos objetivos da avaliação e das características da população em estudo. A utilização destes instrumentos, devidamente adaptados e validados para a população portuguesa, é crucial para a monitorização e intervenção, com o intuito de promover o bem-estar e dignidade dos idosos.