Intenção Suicida e sua Relação com a Psicopatologia, Vergonha, Autocriticismo e Autocompaixão

Intenção Suicida: Fatores de Risco

Informações do documento

Autor

Rosa Maria Fonseca Dos Santos Ferreira

instructor/editor Professora Doutora Sónia Simões
Escola

ISMT

subject/major Psicologia Clínica
Tipo de documento Dissertação de Mestrado
Idioma Portuguese
Formato | PDF
Tamanho 1.01 MB

Resumo

I. Intenção Suicida e Sintomatologia Psicopatológica Fatores de Risco e Proteção

Este estudo investiga a intenção suicida em adultos, explorando sua relação com sintomas psicopatológicos, vergonha, autocriticismo e autocompaixão. A pesquisa revela que depressão, obsessões compulsivas, ansiedade e hostilidade são fortemente correlacionadas com a intenção suicida. O autocriticismo e a vergonha também emergem como fatores de risco significativos, enquanto a autocompaixão atua como fator protetor, mitigando o impacto negativo da psicopatologia na intenção suicida. O estudo destaca ainda o estado civil (viúvos), a solidão e problemas de saúde como fatores de risco adicionais para o suicídio.

1. Associação entre Intenção Suicida e Sintomas Psicopatológicos

O estudo inicia estabelecendo uma forte associação entre intenção suicida e sintomas psicopatológicos, principalmente a depressão. Observa-se que a presença de intenção suicida se correlaciona com um aumento nos sintomas psicopatológicos, vergonha e autocriticismo. Concomitantemente, a capacidade de autotranquilização diminui nestes indivíduos. É crucial notar, porém, que a correlação positiva entre intenção suicida e autocompaixão sugere que a intenção suicida não afeta de forma muito intensa a autocompaixão dos participantes. Esta descoberta aponta para a autocompaixão como um potencial fator de resiliência. Diversos estudos são citados para corroborar a associação entre psicopatologia e comportamento suicida, destacando a depressão como um preditor significativo, tanto em idosos quanto em outras faixas etárias. A complexidade do comportamento suicida, que envolve ideação, planejamento (intenção suicida), tentativas e o ato em si, também é enfatizada, referenciando a classificação do comportamento suicida em suicídio completo, tentativa e ideação.

2. Fatores de Risco Adicionais para Intenção Suicida

Além da psicopatologia, o estudo identifica outros fatores de risco relevantes para a intenção suicida. Indivíduos viúvos demonstram uma maior propensão à intenção suicida, assim como aqueles que enfrentam mais problemas de saúde e relatam níveis elevados de solidão. Esses achados corroboram pesquisas preexistentes que apontam a depressão, solidão e fatores socioeconômicos (como tensão financeira e rede social) como preditores de pensamentos e tentativas de suicídio, particularmente em idosos. A literatura destaca também a influência de fatores psicossociais, como a perda significativa, dificuldades interpessoais, problemas familiares e contexto social, na intensificação da vulnerabilidade ao comportamento suicida. A pesquisa reforça a necessidade de uma avaliação abrangente, considerando não apenas os aspectos psicopatológicos, mas também o contexto psicossocial e as condições de vida dos indivíduos com intenção suicida.

3. Autocompaixão como Fator de Proteção

Contrapondo aos fatores de risco, a autocompaixão emerge como um fator de proteção contra o suicídio e perturbações mentais. Embora a correlação entre intenção suicida e autocompaixão seja positiva, a intensidade dessa influência não é tão marcante, sugerindo um papel de resiliência. A autocompaixão, definida como a capacidade de ser compreensivo, bondoso e gentil consigo mesmo em situações de sofrimento, demonstra relação inversa com sintomas depressivos. A capacidade de autotranquilização, intimamente ligada à autocompaixão, é diminuída em indivíduos com alta intenção suicida. O estudo destaca a importância da investigação futura sobre o papel da autocompaixão em idades mais jovens, uma vez que seu potencial protetor ainda é pouco explorado nesta população. A autocompaixão, com seus três componentes (autoestima vs. autojulgamento, senso de humanidade comum vs. isolamento, e mindfulness vs. sobreidentificação) é vista como um recurso fundamental para lidar com o sofrimento e aumentar a resiliência.

4. Suicídio em Portugal Dados Epidemiológicos e Fatores Contextuais

Dados da OMS (2002) sobre suicídio em Portugal são apresentados, indicando maior prevalência em homens, mas maior número de tentativas em mulheres. Dois grupos etários de maior risco são identificados: jovens entre 15 e 35 anos e idosos acima de 75 anos. O estado civil também é um fator relevante, com viúvos, divorciados e solteiros apresentando maior risco. A pesquisa de Beck & Lester (1976) é citada, destacando similaridades entre tentativas e suicídios completos em termos de planejamento e isolamento, mas com diferenças nos aspectos comunicativos. A perspectiva de Oliveira, Amâncio e Sampaio (2001) é apresentada, considerando o comportamento suicida como uma expressão de sofrimento interno e desespero intolerável. Outros estudos, como o de Li e colaboradores (2016), reforçam a relevância de fatores como depressão, solidão e contexto de residência urbana como preditores de pensamentos e tentativas de suicídio em idosos. A importância de considerar o contexto cultural e a disponibilidade de serviços de saúde mental é também enfatizada.

II. O Papel da Vergonha e do Autocriticismo na Intenção Suicida

A pesquisa aprofunda a influência da vergonha e do autocriticismo na intenção suicida. Indivíduos com alta vergonha, tanto interna quanto externa, e elevado autocriticismo demonstram maior probabilidade de apresentar alta intenção suicida. O medo da rejeição e da avaliação negativa contribuem para esse risco. A capacidade de autotranquilização se reduz significativamente na presença de alta intenção suicida.

1. A Vergonha como Fator de Risco para a Intenção Suicida

O estudo demonstra uma forte ligação entre a vergonha e a intenção suicida. A vergonha, descrita como uma emoção intensa relacionada à autopercepção negativa e ao medo da rejeição social, surge como um fator de risco significativo. Indivíduos com alta intenção suicida frequentemente experimentam altos níveis de vergonha, tanto interna (sentimentos de inadequação pessoal) quanto externa (medo de julgamento pelos outros). A pesquisa destaca a intensidade do medo da vergonha e do ridículo, que pode levar indivíduos a arriscar ferimentos graves ou até mesmo a morte para evitá-los. Estudos como o de Gilbert (2003) são referenciados, mostrando as consequências graves da vergonha na aceitação social e nas relações interpessoais. Por outro lado, a vergonha também pode funcionar como uma emoção funcional em situações de ameaça social, defendendo o eu de ameaças externas, mas este aspecto não é o foco principal neste contexto da pesquisa.

2. Autocriticismo e sua Relação com a Intenção Suicida e a Vergonha

O autocriticismo, um sistema interno de autoavaliação negativa, é outro fator crucial relacionado à intenção suicida. O estudo mostra que quanto maior o nível de intenção suicida, maior o autocriticismo, que se caracteriza pela busca constante por defeitos e falhas, gerando autocondenação e vergonha. A pesquisa destaca a estreita relação entre autocriticismo e vergonha, apontando que indivíduos com alto autocriticismo frequentemente se submetem a pensamentos autodepreciativos, resultando em sentimentos de tristeza e vergonha. Estudos de Whelton (2000) e Gilbert e colaboradores (2010) são mencionados, ligando a função autoperseguidora da autocrítica à depressão, ansiedade e autoflagelação. A incapacidade de se autotranquilizar, consequência do autocriticismo intenso, é apresentada como um mecanismo que potencializa a vulnerabilidade para a depressão e aumenta o risco de intenção suicida. A autocrítica constante e a busca por escapar desses pensamentos intensificam a vulnerabilidade a respostas depressivas.

3. A Interação entre Vergonha Autocriticismo e Autotranquilização

O estudo analisa a dinâmica entre vergonha, autocriticismo e a capacidade de autotranquilização. A pesquisa demonstra que a capacidade dos indivíduos se autotranquilizarem diminui significativamente com o aumento da intenção suicida. Este dado destaca a importância da autotranquilização como um fator protetor. A relação negativa entre intenção suicida e a subescala “eu tranquilizador” (do FSCRS) reforça essa conclusão. A incapacidade de autoconsolo e autocompaixão, em face de situações de fracasso e frustração, intensifica o impacto negativo da vergonha e do autocriticismo. Indivíduos com altos níveis de vergonha e autocriticismo encontram dificuldade em ser gentis e compassivos consigo mesmos. Experiências negativas na infância, como intimidação, abuso ou negligência, podem tornar indivíduos mais vulneráveis a ameaças externas e predispostos a padrões de autoataque, reforçando o ciclo de vergonha e autocriticismo.

III. Autocompaixão como Fator Protetor contra o Suicídio

A autocompaixão surge como um fator crucial na proteção contra o suicídio e as perturbações mentais. Embora a intenção suicida não afete drasticamente os níveis de autocompaixão dos participantes, a pesquisa sugere que a capacidade de compaixão consigo mesmo é reduzida em momentos de sofrimento intenso, mas ainda presente. O estudo destaca a importância da autocompaixão na mitigação do impacto negativo do autocriticismo e dos sintomas depressivos.

1. Conceito e Componentes da Autocompaixão

O estudo define a autocompaixão como a capacidade de ser compreensivo, bondoso e gentil consigo mesmo em situações de fracasso, dor ou inadequação. Ela se contrapõe à autocrítica severa e requer uma compreensão das experiências pessoais como parte da experiência humana. A autocompaixão é apresentada como compaixão voltada para si mesmo, proporcionando resiliência emocional ao lidar com problemas pessoais. Neff (2003) propõe três componentes da autocompaixão: autoestima versus autojulgamento, senso de humanidade comum versus isolamento, e mindfulness versus sobreidentificação excessiva. Esses componentes interagem para criar um estado de espírito autocompassivo, oferecendo apoio emocional em momentos de sofrimento, especialmente quando esse sofrimento não é culpa própria ou quando as circunstâncias da vida são excepcionalmente difíceis.

2. Autocompaixão e sua Relação com a Intenção Suicida

A pesquisa investiga a relação entre autocompaixão e intenção suicida. Embora exista uma correlação positiva entre ambas as variáveis, o estudo sugere que a intenção suicida não afeta de forma muito intensa a autocompaixão dos participantes. Isso indica que, mesmo com a presença de ideação suicida, os participantes mantêm, em certa medida, a capacidade de compaixão consigo mesmos. A diminuição da autocompaixão em momentos de aumento da intenção suicida sugere que a capacidade de se mostrar caloroso e compreensivo em situações de sofrimento ou fracasso reduz, assim como a capacidade de aceitação dos próprios sentimentos dolorosos (Neff, 2003). No entanto, o fato de a autocompaixão total ter aumentado, mesmo na presença da ideação suicida, demonstra a persistência de uma atitude compassiva em relação a si mesmos, mesmo em meio às adversidades e ao sofrimento. Essa resiliência intrínseca, representada pela autocompaixão, merece destaque.

3. Autocompaixão como Fator Protetor contra a Psicopatologia e o Suicídio

O estudo conclui que a autocompaixão atua como fator protetor contra o suicídio e perturbações mentais. A pesquisa aponta para uma relação negativa entre autocompaixão e sintomas depressivos, corroborando estudos que associam a autocompaixão ao funcionamento psicológico adaptativo, bem-estar emocional e satisfação com a vida. A autocompaixão ajuda a proteger contra a ansiedade, depressão e a autoavaliação negativa das próprias fragilidades. É sugerido que a autocompaixão pode mediar a relação entre autocrítica e sintomas depressivos, atenuando o impacto negativo da autocrítica. A pesquisa de Zhang e colaboradores (2017) com afroamericanos com histórico recente de tentativa de suicídio é mencionada, confirmando a correlação negativa entre autocompaixão e sintomas depressivos, e a capacidade da autocompaixão em mediar a relação entre autocrítica e sintomas depressivos. A escassez de estudos sobre o potencial da autocompaixão em idades mais jovens é destacada, reforçando a necessidade de mais pesquisas nesta área.

IV. Implicações para a Prática Clínica e Prevenção do Suicídio

Os resultados ressaltam a necessidade de programas de prevenção do suicídio que abordem a psicopatologia, a vergonha, o autocriticismo e promovam a autocompaixão. Terapias como a psicoterapia focada na compaixão e as psicoterapias cognitivo-comportamentais de terceira geração são apontadas como intervenções promissoras. O estudo destaca a importância de ações interventivas e preventivas, incluindo a redução do estigma relacionado à saúde mental e o desenvolvimento de serviços de apoio especializados. A OMS (Organização Mundial da Saúde) é citada, alertando para os altos números de suicídios anualmente.

1. Implicações dos Resultados para a Prática Clínica

O estudo destaca a importância de se considerar a presença de sintomas psicopatológicos, experiências de vergonha e autocriticismo na avaliação e tratamento da intenção suicida. A pesquisa ressalta a necessidade de se aprofundar o estudo dos fatores de risco associados ao suicídio e suas diferentes formas de manifestação. A identificação da autocompaixão como fator protetor contra o suicídio e perturbações mentais sugere a inclusão de estratégias que promovam o desenvolvimento desta capacidade em intervenções clínicas. A alta correlação entre intenção suicida e sintomas como depressão, ansiedade e hostilidade aponta para a necessidade de abordagem multifacetada, considerando tanto os aspectos emocionais quanto comportamentais. As psicoterapias cognitivo-comportamentais de terceira geração, especificamente a Terapia Focada na Compaixão, são sugeridas como promissoras para auxiliar indivíduos a aceitarem experiências negativas sem autocondenação, cultivando autoaceitação e autotranquilização.

2. Prevenção do Suicídio Necessidade de Programas de Intervenção

Considerando os altos números de suicídios relatados pela OMS (aproximadamente um milhão por ano, com projeção de aumento), o estudo enfatiza a urgência no planeamento e implementação de programas eficazes de prevenção do suicídio. A pesquisa sugere que esses programas devem focar na prevenção e tratamento da psicopatologia, na redução da vergonha e do autocriticismo, e no desenvolvimento da autocompaixão. A abordagem deve ser multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde mental e outros setores da sociedade. A redução do estigma associado a doenças mentais e suicídio é também crucial para a eficácia das intervenções. A Ordem dos Psicólogos Portugueses (2013) é citada, apresentando prioridades para ações interventivas e preventivas, que incluem promoção da saúde mental, redução do estigma, formação nacional sobre suicídio, sistema de encaminhamento para serviços de saúde mental, e serviços de apoio a pessoas com comportamentos suicidas e luto.

3. Limitações do Estudo e Sugestões para Pesquisas Futuras

O estudo reconhece suas limitações, principalmente a natureza transversal da pesquisa, que dificulta o estabelecimento de relações de causalidade entre as variáveis. A amostra, majoritariamente feminina e obtida por amostragem não probabilística de conveniência, limita a generalização dos resultados para a população portuguesa. Para aperfeiçoar pesquisas futuras, sugere-se a inclusão de amostras representativas e mais heterogêneas em relação ao género. A investigação futura poderia também explorar o papel de outras variáveis, como suporte social e afiliação religiosa, na intenção suicida. Considerando o grande impacto familiar e social das tentativas de suicídio, uma análise mais abrangente desses fatores é recomendada. A inclusão de metodologia qualitativa, como entrevistas estruturadas, poderia fornecer uma avaliação mais profunda da natureza e da fenomenologia dos construtos estudados, enriquecendo a compreensão do fenômeno.

V. Metodologia e Limitações do Estudo

O estudo utilizou questionários como o BSI (Inventário de Sintomas de Bray) e o FSCRS (Escala das Formas de Autocriticismo e Autotranquilização) para avaliar sintomas psicopatológicos, autocriticismo e autocompaixão. A amostra, majoritariamente feminina, foi obtida por amostragem não probabilística, limitando a generalização dos resultados para a população portuguesa. Sugestões para futuras pesquisas incluem amostras mais representativas e a inclusão de outras variáveis, como suporte social e afiliação religiosa. A metodologia qualitativa, como entrevistas estruturadas, também é sugerida para aprofundar a compreensão dos construtos estudados. O estudo é transversal, e por isso, não permite a definição de relações de causalidade.

1. Instrumentos Utilizados na Pesquisa

A pesquisa utilizou questionários para coletar dados sobre intenção suicida, sintomas psicopatológicos, vergonha, autocriticismo e autocompaixão. O Inventário de Sintomas de Bray (BSI), em sua versão portuguesa (Canavarro, 1999), foi usado para avaliar sintomas psicopatológicos, apresentando boas propriedades psicométricas, com valores alfa de Cronbach entre 0,62 (psicoticismo) e 0,80 (somatização). A Escala das Formas de Autocriticismo e Autotranquilização (FSCRS), adaptada para português por Castilho & Pinto Gouveia (2005a), avaliou as estratégias de autocrítica e autotranquilização. A escala SELF-Compassion Scale (SCS), de Neff (2003), mediu a autocompaixão em seus três componentes: autocrítica, isolamento e mindfulness. Um questionário específico para esta investigação, com perguntas de resposta fechada e aberta, coletou dados demográficos (idade, sexo, estado civil, profissão), informações familiares e sobre solidão e problemas de saúde. Escalas tipo Likert foram utilizadas para quantificar as respostas.

2. Análise Estatística dos Dados

A análise de dados incluiu o cálculo de frequências absolutas e percentuais, estatísticas descritivas (média e desvio padrão), e o coeficiente de correlação de Pearson para analisar as associações entre a intenção suicida e as outras variáveis (sintomas psicopatológicos, vergonha, autocriticismo e autocompaixão). Os critérios de Pestana e Gageiro (2014) foram usados para classificar a força das correlações (muito baixas < 0,19; baixas 0,20-0,39; moderadas 0,40-0,69; altas 0,70-0,89). Foram calculados três índices globais para avaliar a perturbação emocional com base no BSI: Índice Geral de Sintomas (IGS), Índice de Sintomas Positivos (ISP) e Total de Sintomas Positivos (TSP). Os resultados mostraram, por exemplo, uma correlação positiva alta entre intenção suicida e depressão (r = 0,72) e correlações positivas moderadas com outras dimensões psicopatológicas avaliadas pelo BSI.

3. Limitações da Metodologia e Sugestões para Pesquisas Futuras

O estudo apresenta algumas limitações metodológicas. A natureza transversal da pesquisa dificulta o estabelecimento de relações de causalidade entre as variáveis. A amostra, obtida por amostragem não probabilística de conveniência e majoritariamente feminina, limita a generalização dos resultados para a população portuguesa. A ausência de uma amostra representativa e heterogênea, particularmente em relação ao gênero, é apontada como uma limitação importante. Para pesquisas futuras, sugere-se a inclusão de amostras mais representativas e heterogêneas, considerando também o papel de outras variáveis, como suporte social e afiliação religiosa, e o uso da metodologia qualitativa, como entrevistas estruturadas, para uma avaliação mais completa da natureza e da fenomenologia dos construtos em estudo, permitindo uma compreensão mais profunda da complexa relação entre os fatores investigados e a intenção suicida.