
Rede Social e Família: Estudantes do Ensino Superior
Informações do documento
Autor | Mariana Filipa Raínho Couceiro |
Escola | Instituto Superior Miguel Torga (ISMT) |
Curso | Psicologia Clínica (Ramo de Especialização em Terapias Familiares e Sistémicas) |
Tipo de documento | Dissertação de Mestrado |
Idioma | Portuguese |
Formato | |
Tamanho | 1.17 MB |
Resumo
I.Percepção do Funcionamento Familiar e Satisfação dos Estudantes Universitários
Este estudo investigou a percepção dos estudantes universitários (n=247) sobre o funcionamento familiar e sua rede social, analisando a relação entre ambos e o ajustamento ao ensino superior. Os resultados indicam que os estudantes, em geral, percebem suas famílias como equilibradas, com pontuações altas em coesão e flexibilidade familiar, embora demonstrem baixa satisfação familiar. Estudantes de famílias nucleares intactas e alargadas apresentaram percepções mais positivas do funcionamento familiar. A frequência de contato com a família influenciou a percepção de emaranhamento.
1. Percepção Geral do Funcionamento Familiar
O estudo iniciou com a avaliação da percepção dos estudantes universitários sobre o funcionamento de suas famílias. A metodologia empregou instrumentos como a Escala de Avaliação da Flexibilidade e da Coesão Familiar (FACES-IV) e a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). De forma geral, os resultados indicaram que os estudantes percebiam suas famílias como equilibradas, com altas pontuações em coesão e adaptabilidade equilibradas. Entretanto, um ponto crucial foi a insatisfação expressa pelos estudantes em relação às suas famílias, apesar da percepção de equilíbrio. Essa aparente contradição aponta para a necessidade de uma análise mais aprofundada dos fatores que contribuem para a satisfação familiar, indo além da simples avaliação da coesão e flexibilidade. Estudos anteriores, como o de Anjos (2017), com 516 estudantes portugueses, também apontaram para uma percepção de famílias equilibradas pelos estudantes, corroborando, em parte, os achados desta pesquisa. No entanto, a diferença crucial reside na constatação da insatisfação, indicando uma possível lacuna na compreensão da dinâmica familiar em relação à satisfação dos estudantes.
2. Influência da Frequência de Contato com a Família
Uma análise detalhada revelou uma relação significativa entre a frequência de contato com a família e a percepção do seu funcionamento. Estudantes que mantinham contato mais frequente com a família tendiam a percebê-la como mais emaranhada. Essa constatação sugere que a proximidade física pode influenciar a percepção do emaranhamento familiar. A intensidade do contato, portanto, não garante a satisfação ou uma percepção positiva do funcionamento familiar. A pesquisa de Cerveira (2015), envolvendo 1089 sujeitos de 387 famílias, já havia demonstrado a influência da estrutura familiar na percepção do funcionamento, com famílias nucleares intactas apresentando percepções mais positivas. O presente estudo complementa essa pesquisa ao destacar a influência da frequência de contato como um fator adicional na percepção do emaranhamento familiar, reforçando a complexidade da relação entre contato físico e satisfação familiar. A análise dos diferentes níveis de contato (semanal, quinzenal, mensal e apenas algumas vezes por ano) e suas implicações na percepção familiar será um ponto importante para aprofundar os resultados.
3. Tipo de Família e Percepção do Funcionamento
A pesquisa investigou a influência do tipo de família na percepção do seu funcionamento. Os resultados demonstraram que estudantes provenientes de famílias nucleares intactas e alargadas apresentavam uma percepção significativamente mais positiva do funcionamento familiar. Este achado corrobora estudos anteriores que apontam para a importância da estrutura familiar na dinâmica e bem-estar dos seus membros. A comparação entre famílias nucleares intactas e alargadas com famílias monoparentais evidenciou diferenças significativas, indicando que a estrutura familiar monoparental pode apresentar desafios adicionais à percepção de um funcionamento positivo. A pesquisa considerou, ainda, as famílias reconstituídas. A análise comparativa entre os diferentes tipos de famílias apontou diferenças estatisticamente significativas na coesão, flexibilidade e no nível de emaranhamento familiar percebidos pelos estudantes. Entretanto, a análise do tamanho do efeito mostrou que, apesar das diferenças estatísticas, a magnitude dessas diferenças não foi substancial em muitos casos, o que aponta para a necessidade de uma investigação mais aprofundada desses dados. A análise dos fatores que contribuem para essa diferença entre os tipos familiares será um ponto relevante para futuras explorações.
II.Características das Redes Sociais dos Estudantes
As redes sociais dos estudantes universitários apresentaram tamanho médio de 8 membros, compostas principalmente por familiares e amigos, demonstrando coesão e alta reciprocidade no apoio social percebido. A entrada no ensino superior não alterou significativamente o tamanho da rede. Uma correlação positiva foi observada entre o tamanho da rede e a coesão e flexibilidade familiar, sugerindo que redes maiores se associam a famílias mais coesas e adaptáveis. A composição da rede foi majoritariamente familiar e amigável, indicando homogeneidade relacional.
1. Tamanho e Composição das Redes Sociais
A pesquisa analisou as características estruturais das redes sociais dos estudantes universitários. O estudo constatou que o tamanho médio das redes era de 8 elementos, compostas predominantemente por familiares e amigos. Essa composição indica uma homogeneidade relacional significativa, com a família e amizades representando a maior parte dos laços sociais. A durabilidade média dessas relações foi de 14 anos, indicando estabilidade nos vínculos ao longo do tempo. A frequência de contato entre os participantes e os membros de suas redes situou-se entre contatos semanais e plurisemanais, com a maioria relatando contatos diários. A análise da dispersão geográfica mostrou que, em média, os membros da rede residiam na mesma localidade ou bairro. Esses dados sugerem que as redes sociais dos estudantes universitários são relativamente pequenas e concentradas em laços familiares e de amizade próximos, geograficamente próximos, e estáveis. Os resultados contrastam, em parte, com estudos que apontam para um alargamento das redes sociais na transição para o ensino superior, sugerindo a necessidade de investigações complementares sobre as dinâmicas contemporâneas de formação de laços sociais.
2. Coesão Reciprocidade e Apoio Social nas Redes
As redes sociais dos estudantes se mostraram coesas, com alta percepção de reciprocidade e apoio percebido/recebido. Essa coesão indica uma forte interconexão entre os membros da rede, reforçando a ideia de uma rede de apoio sólida e próxima. A percepção de reciprocidade no apoio social demonstra que os estudantes não só recebem, mas também oferecem apoio aos membros de suas redes (90,7% dos participantes). A entrada dos estudantes para o ensino superior não provocou mudanças significativas no tamanho de suas redes sociais, contrariando algumas expectativas de expansão relacional neste período de transição. Apesar disso, uma correlação foi observada entre o tamanho da rede e a coesão e flexibilidade familiar. Redes maiores podem estar associadas a famílias percebidas como mais coesas e flexíveis. A pesquisa de Pinheiro (2003) e Ferreira (2012) é referenciada, destacando a família e o grupo de pares como importantes fontes de apoio para a adaptação ao ensino superior, corroborando a importância dos laços familiares e amigáveis evidenciados neste estudo. A análise da densidade e da função das redes (apoio emocional, informativo etc.) é mencionada e seria explorada com mais detalhes em estudos futuros.
3. Implicações da Transição para o Ensino Superior na Rede Social
Um aspecto importante investigado foi a influência da transição para o ensino superior na rede social dos estudantes. Contrariando expectativas de um alargamento da rede social neste período, a maioria dos estudantes (39,7%) reportou que a entrada no ensino superior não alterou o tamanho de sua rede. Este achado difere de estudos que apontam para a fase do ensino superior como um momento importante para o alargamento das redes relacionais, sugerindo a necessidade de uma análise mais contextualizada. A hipótese levantada para esse resultado é a possibilidade de os participantes terem selecionado somente relações de maior proximidade e significância na sua rede, justificando a estabilidade dos vínculos. Também se levanta a hipótese de uma maior continuidade entre amigos do ensino secundário e da universidade, ou até mesmo as características do ensino superior atual, em muitos casos com cursos mais curtos (3 anos), como fatores que podem influenciar a expansão da rede social, além da possível dificuldade de criação de novos laços de confiança num ambiente competitivo. Estudos futuros, com enfoque qualitativo, poderiam aprofundar a compreensão dessa dinâmica relacional e os fatores que influenciam a construção e manutenção das redes sociais dos estudantes universitários.
III.Relação entre Funcionamento Familiar e Rede Social
O estudo revelou uma correlação entre as características da rede social e o funcionamento familiar. Embora algumas correlações fossem moderadas, outras foram fracas. A coesão e a flexibilidade familiar apresentaram correlação positiva com o tamanho da rede, sugerindo interação entre esses fatores. A satisfação familiar, no entanto, não se correlacionou diretamente com a percepção de funcionalidade familiar, indicando que outros fatores podem influenciar a satisfação dos estudantes com suas famílias. A percepção de um funcionamento familiar ajustado não se traduz necessariamente em alta satisfação familiar.
1. Correlação entre Tamanho da Rede Social e Funcionamento Familiar
O estudo investigou a relação entre o tamanho da rede social dos estudantes e a percepção do funcionamento familiar. Uma correlação foi observada entre o tamanho da rede e a coesão e flexibilidade familiar, indicando que redes sociais maiores tendem a estar associadas a famílias percebidas como mais coesas e flexíveis. Essa relação sugere uma interdependência entre a diversidade de recursos disponíveis na rede social e a capacidade da família de se adaptar às mudanças e desafios. A não linearidade dessa relação é mencionada, indicando a necessidade de investigações adicionais para esclarecer a complexidade da interação entre tamanho da rede e dinâmica familiar. A pesquisa também destacou uma associação negativa entre o tamanho da rede e as dimensões de funcionamento familiar desequilibrado, sugerindo que redes maiores podem estar relacionadas com uma percepção mais positiva do funcionamento familiar, ao menos em seus aspectos equilibrados. É importante notar que a pesquisa, nesta fase, limita-se a observar uma correlação e não estabelece uma relação de causa e efeito.
2. Discrepância entre Percepção de Funcionalidade e Satisfação Familiar
Um achado relevante foi a discrepância entre a percepção de funcionalidade familiar (coesão e adaptabilidade) e a satisfação familiar relatada pelos estudantes. Embora os estudantes percebessem suas famílias como coesas e flexíveis em termos de funcionamento, eles demonstraram baixa satisfação com suas famílias. Essa divergência sugere que fatores além da coesão e flexibilidade influenciam a satisfação familiar. Fatores desenvolvimentais relacionados ao ciclo de vida familiar, indicadores contextuais (econômicos, culturais e sociais) e eventos de vida específicos (doenças, desemprego, etc.) são apontados como potenciais explicações para essa discrepância. Olson (2000) é citado, destacando a multidimensionalidade da satisfação familiar e a necessidade de flexibilidade familiar diante da mudança de objetivos dos seus membros, especialmente na transição da adolescência para a idade adulta. A pesquisa sugere que a etapa do ciclo de vida familiar, a família com filhos adultos, pode ter uma influência significativa nesse resultado, considerando os diversos desafios e dificuldades que a família e os jovens enfrentam durante o contexto acadêmico (rotina, despesas, etc.).
3. Implicações para a Prática Clínica e Pesquisas Futuras
As conclusões do estudo sugerem a importância da consideração conjunta do funcionamento familiar e da rede social na compreensão do ajustamento dos estudantes universitários. O estudo destaca a necessidade de estudos futuros que incluam a perspectiva de todos os membros da família, além de pesquisas qualitativas para aprofundar a compreensão do que significa uma relação significativa para esses jovens adultos. A pesquisa também aponta para a utilidade de uma abordagem longitudinal, combinando investigação e intervenção, para se obter uma compreensão mais abrangente da relação entre funcionamento familiar, rede social e desenvolvimento em várias etapas da vida. Em termos de prática clínica, a criação de grupos de apoio, tanto para pais quanto para estudantes, é sugerida como uma forma de normalizar a experiência da transição para o ensino superior e de auxiliar na resolução dos desafios envolvidos. A necessidade de potenciar espaços de construção e ampliação de redes sociais é também destacada como um aspecto importante para o bem-estar dos estudantes.
IV.Tipos de Famílias e suas Características
A análise de agrupamento identificou diferentes tipologias familiares: equilibradas, rigidamente coesas, etc. As famílias nucleares intactas e alargadas mostraram percepções mais positivas de funcionamento comparadas a famílias monoparentais, possivelmente devido a fatores como sobrecarga e recursos financeiros. Diferenças significativas na percepção de coesão, flexibilidade e emaranhamento familiar foram observadas entre diferentes tipologias familiares.
1. Famílias Nucleares Intactas vs. Outros Tipos de Famílias
O estudo comparou a percepção do funcionamento familiar entre estudantes de famílias nucleares intactas, monoparentais e reconstituídas. Estudantes de famílias nucleares intactas reportaram uma percepção significativamente mais positiva do funcionamento familiar, com maior coesão, adaptabilidade, equilíbrio e comunicação, e menor desmembramento, em comparação com as famílias monoparentais. As famílias monoparentais foram percebidas como mais disfuncionais, inclusive em comparação com casais sem filhos. Essa diferença na percepção pode estar relacionada a fatores como sobrecarga, restrições financeiras e potenciais dificuldades afetivas decorrentes da ausência de um dos pais. A pesquisa de Cerveira (2015), que analisou 1089 sujeitos de 387 famílias, forneceu base para essa comparação, destacando a percepção mais positiva em famílias nucleares intactas. A pesquisa destaca a complexidade da influência da estrutura familiar na percepção do seu funcionamento, indicando a necessidade de investigação mais aprofundada sobre as dinâmicas e desafios específicos de cada tipo de família.
2. Influência da Etapa do Ciclo de Vida Familiar na Percepção
A pesquisa também analisou como a etapa do ciclo de vida familiar influenciava a percepção do seu funcionamento. Famílias nucleares intactas com filhos em idade escolar mostraram maior coesão, melhor comunicação e menor desmembramento do que aquelas com filhos adultos. Famílias com filhos adolescentes, por sua vez, apresentaram pontuações mais elevadas em adaptabilidade e comunicação familiar em comparação com famílias com filhos adultos. Esses achados destacam a influência das diferentes fases do ciclo de vida familiar na percepção de coesão, adaptabilidade e comunicação. As mudanças inerentes a cada etapa, como a saída dos filhos de casa para o ensino superior, podem gerar tensões e dificuldades na gestão dessas mudanças, afetando a percepção do funcionamento familiar. A pesquisa ressalta a importância de considerar a etapa do ciclo de vida familiar, particularmente na fase de transição para a idade adulta, para uma compreensão mais completa da percepção do funcionamento familiar.
3. Tipologias Familiares e seu Funcionamento Resultados da FACES IV
Utilizando a FACES-IV, o estudo identificou diferentes tipologias familiares, como as famílias equilibradas, rigidamente coesas, e flexivelmente desequilibradas. As famílias equilibradas são descritas como apresentando altos níveis de funcionalidade e baixos níveis de disfuncionalidade, com boa capacidade de adaptação aos desafios. Já as famílias rigidamente coesas, apesar da proximidade emocional, podem apresentar dificuldades em promover mudanças devido à rigidez estrutural. As famílias flexivelmente desequilibradas, por sua vez, são descritas como de difícil caracterização, apresentando pontuações elevadas em todas as subescalas, exceto na coesão. A análise das diferenças entre as pontuações da FACES-IV em função de variáveis sociodemográficas (sexo e idade) revelou diferenças estatisticamente significativas em algumas subescalas desequilibradas (Emaranhada e Rígida) em função do sexo e na subescala Flexibilidade em função da idade. No entanto, a análise do tamanho do efeito mostrou magnitude insignificante, sugerindo que, apesar das diferenças estatísticas, a influência destas variáveis é reduzida. A categorização das famílias em diferentes clusters permite uma compreensão mais detalhada das características e dos potenciais desafios de cada tipologia familiar.
V.Conclusão e Implicações
Este estudo contribui para a compreensão da relação entre funcionamento familiar, rede social, e ajustamento ao ensino superior. Os resultados apontam para a importância tanto da família como da rede social no processo de adaptação dos estudantes. Sugestões para futuras pesquisas incluem a inclusão da perspectiva de todos os membros da família e estudos qualitativos para aprofundar a compreensão das relações significativas para os jovens adultos. Em termos práticos, a pesquisa sugere a criação de grupos de apoio para pais e estudantes a fim de auxiliar na transição para o ensino superior.
1. Principais Conclusões do Estudo
O estudo concluiu que o funcionamento familiar e a rede social dos estudantes estão intrinsecamente relacionados e influenciam o ajustamento ao ensino superior. Estudantes percebem suas famílias como equilibradas, com alta coesão e flexibilidade, mas relatam baixa satisfação familiar. A frequência de contato com a família impacta na percepção de emaranhamento. Famílias nucleares intactas e alargadas recebem avaliações mais positivas. As redes sociais dos estudantes, com média de 8 membros, são compostas principalmente por familiares e amigos, demonstrando coesão e reciprocidade no apoio. A entrada no ensino superior não altera significativamente o tamanho da rede, porém existe correlação entre o tamanho da rede, a coesão e a flexibilidade familiar. A pesquisa destaca a complexidade da relação entre percepção de funcionalidade familiar, satisfação familiar e a influência de fatores contextuais e desenvolvimentais.
2. Limitações da Pesquisa e Sugestões para Pesquisas Futuras
O estudo apresenta algumas limitações, como o acesso apenas à perspectiva de um dos elementos da família. Sugere-se, para futuras investigações, a inclusão da perspectiva de todos os membros da família para uma análise mais completa. A escassez de estudos nacionais e internacionais sobre redes sociais em jovens adultos nesta fase específica de desenvolvimento é mencionada, salientando a necessidade de mais pesquisas para enriquecer a discussão dos resultados. A hipótese de os participantes terem sido seletivos na escolha dos membros da rede, considerando apenas relações de maior proximidade, é levantada. Sugere-se, portanto, a administração do inventário em um contexto mais individualizado, com entrevista prévia, para obter informações mais consistentes. A realização de estudos qualitativos e longitudinais é proposta para aprofundar a compreensão da relação significativa entre os membros da rede e a trajetória relacional destes jovens adultos, ao longo de diferentes fases do desenvolvimento.
3. Implicações para a Prática Clínica
As implicações para a prática clínica incluem a criação de grupos de suporte para pais, visando a normalização da transição para o ensino superior e a mitigação dos desafios envolvidos. A formação de espaços de partilha entre estudantes (caloiros e veteranos) sobre os desafios individuais, familiares e sociais também é sugerida para facilitar a integração e o ajustamento ao novo contexto. A pesquisa destaca a relevância de potenciar espaços para a construção e ampliação das redes sociais, reconhecendo o seu papel crucial no bem-estar e na adaptação dos jovens adultos. O estudo enfatiza que a compreensão da relação entre rede social e funcionamento familiar é fundamental para auxiliar na intervenção em situações desafiadoras, permitindo uma abordagem mais holística para o acompanhamento de jovens universitários em suas diferentes trajetórias de desenvolvimento.